domingo, 25 de outubro de 2015

‘Instagram para médicos’ aposta no Brasil para crescer


O médico canadense Joshua Landy não se esquece do caso de uma jovem que morreu pouco mais de uma semana depois de retornar de uma viagem na América Latina. Dias depois da internação, a equipe que acompanhava a paciente conseguiu finalmente chegar a um diagnóstico: queimadura por taturana.

Aplicativo criado por médico canadense permite que médicos compartilhem e discutam casos
Aplicativo criado por médico canadense permite que médicos compartilhem e discutam casos 
Foto: Reprodução
 
Eles entraram em contato com especialistas brasileiros, que lhes enviariam dentro de 48 horas um soro para fazer o tratamento. Mas a jovem acabou morrendo antes disso. E Joshua sempre pensa que talvez o aplicativo que ele inventou teria ajudado a salvá-la.
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Apelidado de "Instagram dos médicos", o Figure1 é um aplicativo de compartilhamento de imagens dedicado a profissionais da saúde, em que eles podem postar exames ou fotos de pacientes (sem identificá-los) para discutir casos.

Usuário do aplicativo Figure1 compartilha foto com problema ocular que afeta homem de 45 anos e que reclama de visão embaçada
Usuário do aplicativo Figure1 compartilha foto com problema ocular que afeta homem de 45 anos e que reclama de visão embaçada 
Foto: Reprodução
 
"Com o app, é possível entrar em contato instantaneamente com médicos e outros profissionais da saúde de diferentes países e formações. Se o caso é sobre uma doença que vocês não conhece bem, como queimadura de taturana, alguém no outro canto do mundo pode ser especialista nisso. E um tratamento pode ser feito de maneira mais rápida", disse Joshua à BBC Brasil.
Para facilitar as buscas, as fotos postadas são divididas por especialidade médica (alergia, dermatologia, medicina familiar, laboratório, neurocirurgia, radiologia, etc.) ou por anatomia (pulmão, olhos, vias aéreas, membros inferiores, etc.).
Qualquer um que se cadastrar no app pode ver as imagens, mas apenas os profissionais médicos cujo perfil foi checado – o aplicativo tem uma equipe que verifica os cadastrados – podem publicar fotos e comentar.

Imagem compartilhada no aplicativo mostra um paciente com uma reação alérgica pouco comum
Imagem compartilhada no aplicativo mostra um paciente com uma reação alérgica pouco comum 
Foto: Reprodução
 
Lançado em 2013, o número de profissionais cadastrados do Figure1 subiu de 100 mil no ano passado para 500 mil neste ano. São médicos, profissionais de enfermagem e dentistas de 170 países.
"Esse alcance é muito importante. Eu mesmo tive a ideia do app de madrugada, quando estava de plantão querendo ouvir outras opiniões sobre um caso, e a maioria dos meus colegas estava dormindo. Mas no Japão, os médicos já estavam trabalhando a todo vapor."

Mercado brasileiro

Joshua conta que uma das próximas estratégias do app é investir em versões em outros idiomas – atualmente, ele só está disponível em inglês.
"A primeira versão do Figure 1 em língua não inglesa será em português do Brasil e deve ficar pronta nos próximos meses. Temos um número expressivo e crescente de usuários no Brasil, especialmente de estudantes de medicina", conta Joshua, que prefere não revelar os números exatos de brasileiros cadastrados.
"Estudantes, residentes e recém-formados, seja do Brasil ou de qualquer outro país, cresceram com o celular nas mãos. Então, para eles, é algo natural usar um aplicativo como parte do trabalho ou dos estudos."
O canadense – que apesar da nova carreira de empreendedor no mundo da tecnologia segue trabalhando como intensivista – conta que eles recebem diariamente histórias de usuários contando como o aplicativo os ajudou a solucionar casos difíceis ou a aprender mais sobre determinado tema.

Para criador do app, Joshua Landy, vantagens incluem trocar conhecimento com profissionais em todas as partes do mundo e não identificar pacientes
Para criador do app, Joshua Landy, vantagens incluem trocar conhecimento com profissionais em todas as partes do mundo e não identificar pacientes 
Foto: Reprodução
 
"Temos desde casos com exames sofisticados até médicos que trabalham em condições precárias. Um deles nos contou que trabalha em vilarejos da Amazônia peruana e, isolado e sem possibilidade de pedir exames, usa o Figure1 para ajudar em seus diagnósticos."
Para Joshua, o Figure1 é um passo além dos aplicativos de mensagens instantâneas, como o Whatsapp – já muito usado por médicos para discutir casos em grupos formado por colegas da mesma especialidade – por conta do alcance e do dispositivo que bloqueia a face do paciente ou marcas que o identificam (como tatuagens) para manter sua privacidade..
Mas será que os médicos brasileiros concordam? A BBC Brasil ouviu a opinião de cinco deles sobre como o Figure1 facilita (ou não) suas vidas.

Mayra Gasparetti, 32 anos, residente de Anestesiologia

"Achei positiva a separação por categorias. É algo que ajuda bastante. Também gostei do fato de, pelo menos na minha área, vários dos casos já terem diagnósticos e evolução do tratamento. Isso ajuda bastante no aprendizado.
Um ponto negativo é que normalmente não temos como esperar para receber uma resposta. Temos que rapidamente pedir exames e iniciar um tratamento. Então, eu geralmente discuto dúvidas de diagnósticos com meus colegas. Isso porque no meu caso, há geralmente outro colega de plantão. Já uso bastante outros apps, como os que calculam doses de anestesia para crianças, além do Whatsapp.
Acho que o Figure1 é útil para reconhecer casos raros e lembrar da conduta a ser tomada."

Mariana Franco de Oliveira, 33 anos, estudante da Faculdade de Ciências Médicas de Santos

"Gostei muito do app. Ele realmente ajuda na discussão de casos clínicos. Como ainda estou no segundo ano, não tive a oportunidade de usá-lo na prática, mas me ajudou a identificar alterações discutidas em aula.
Uso o Whatsapp para debater casos, mas nosso grupo tem apenas membros do estágio. Então, pretendo continuar usando o Figure1." 


TERRA  


Aprenda a evitar o incômodo causado pelas viroses de verão

Febre, vômitos, dores abdominais e diarreia. Se você ou alguém da família estiver com estes sintomas, pode estar com uma das famosas viroses de verão.



Mais comuns durante a estação do calor, as viroses gastrointestinais, ou enteroviroses, estão relacionadas a questões como higiene e alimentação. Alimentos como frutas e verduras não refrigerados ou não lavados adequadamente podem estar contaminados por vírus, bactérias ou parasitas, principais causadores das diarreias agudas.


Outra dica importante é ficar de olho no que se bebe. Para a ingestão, a água deve ser mineral ou fervida. O mesmo vale para o gelo usado para refrescar as bebidas. A orientação é usar a água vinda da torneira somente para banho e serviços domésticos.


Confira as recomendações para garantir um verão sem imprevistos:


::: Evite a automedicação e procure um posto de saúde ou o hospital mais próximo
::: Hidrate-se muito. Consuma bastante água, soro caseiro, sucos e isotônicos
::: Lave bem frutas e verduras antes de consumi-las
::: Mantenha alimentos bem refrigerados
::: Lave sempre as mãos antes de comer
::: Evite consumir bebidas preparadas em locais sem condições de higiene ou que venham com gelo, pois a água pode estar contaminada
::: Prefira alimentos industrializados aos lanches, espetos e outros alimentos vendidos na praia
::: Lave cuidadosamente as mãos, principalmente após usar o banheiro e antes de se alimentar


 JSC
Aparelho promete reduzir as gordurinhas indesejadas

Objetivo do Ultra Cavity é reduzir tecido adiposo e celulite

Quando o sol começa a aparecer e a vontade de ir à praia aumenta é o momento em que as pessoas percebem que tem algumas gordurinhas sobrando aqui, outras ali... E é nessa hora que o problema tem que ser solucionado!
Se você é daquelas que já fez todo tipo de dieta, que compra tudo quanto é revista que garante que perderá "n" quilos se tomar tal chá ou tal sopa, ou passar tal creme, e nada adianta, talvez você ainda não conheça um aparelho que recentemente foi lançado no mercado, o Ultra Cavity.
O aparelho promete resultado em até um mês e uma redução média de até dois centímetros na circunferência corporal na primeira aplicação, o que equivale à redução do tamanho de um manequim.
Para tirar algumas dúvidas sobre o Ultra Cavity, a esteticista Lidiane Amaral, do Spa Urbano Personnalité, que aplica o tratamento, respondeu algumas perguntas:
— O que é o Ultra Cavity?
O Ultra Cavity utiliza uma tecnologia única no processo de cavitação, tendo no mesmo aparelho dois softwares: um para remodelamento corporal, e outro para o tratamento da celulite; e mais dois transdutores para efetuar o tratamento: um focado e um plano, pois a escolha dos transdutores será de acordo com a quantidade de gordura e região a ser tratada, através de ultra-som focalizado e do ultra-som plano cavitacional, atinge as células adiposas com precisão e proporciona redução efetiva da gordura sem pós-operatórios.
— Qual o objetivo do Ultra Cavity?
O objetivo desse aparelho é a redução de tecido adiposo e celulite, criando melhores formas para seu corpo através de remoção efetiva do excesso de células de gordura, sem cirurgia.
— Como funciona o tratamento?
Uma onda de ultra-som atinge seletivamente as células adiposas da região escolhida do corpo e as rompe sem lesionar os tecidos adjacentes, preservando vasos sanguíneos e sistema nervoso.
— Como é a sessão?
Delimitamos a área a ser tratada, aplicamos um gel e com um transdutor vamos passando sobre a gordura. Não injetamos ou cortamos nada já que esse é um tratamento totalmente não invasivo, seguro e sem dor.
— Quais as recomendações após as sessões?
O cliente deve tomar bastante líquido nos três primeiros dias após a sessão, além de evitar alimentos muito gordurosos. Pode-se associar outros tratamentos, como a corrente russa e a drenagem linfática, para acelerar a eliminação da gordura e ajudar na perda de medidas.
— Quais são as contra-indicações?
Não realizamos o tratamento em grávidas e em pessoas com doenças sistêmicas descontroladas.
— Que áreas podem ser tratadas e qual a frequência?
Qualquer região do corpo onde há acúmulo de gordura. O intervalo entre as sessões é, em média, uma semana. O número de sessões varia individualmente, de acordo com a quantidade de gordura na região.

— Qual o valor e as formas de pagamento?
As sessões individuais estão R$ 500 cada, e o pacote com 5 sessões mais o acompanhamento nutricional sai por R$ 1.800. Parcelamos em até 4x no cartão.
HAGAH SC

sábado, 8 de janeiro de 2011

Comer amêndoas pode prevenir diabetes e doenças cardiovasculares
Amêndoas propiciam melhorias na sensibilidade à insulina e reduções dos níveis do mau colesterol


Foto: Getty Images
Aos que gostam de amêndoa, uma pesquisa da Universidade de Medicina e Odontologia de Nova Jersey, dos Estados Unidos, indica um motivo a mais para consumi-la. Os testes mostram que este fruto previne diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares em pessoas com pré-diabetes.
Para chegar a essa conclusão, a equipe analisou 65 adultos pré-diabéticos. Parte deles investiu em uma dieta com a iguaria (aproximadamente 62g por dia) ao longo de 16 semanas.
Exames constataram que o grupo com refeições enriquecidas apresentaram melhorias na sensibilidade à insulina e reduções significativas dos níveis do mau colesterol (LDL), em comparação com os que não saborearam amêndoas. A publicação Journal of American College of Nutrition divulgou os resultados.
Terra
A importância da casca da jabuticaba

Apesar de pequena, a fruta tem muitas propriedades nutritivas. E a maior parte delas se encontra na casca, que geralmente é descartada

Fruta tipicamente brasileira, era declarada como bem nos testamentos das famílias no século 17. Só que a parte mais saudável, a casca, geralmente é descartada. E é justamente nela que se concentra o elemento mais nutritivo: a antocianina, que é rica em antioxidantes e ajuda a eliminar os radicais livres da circulação sanguínea. Na prática, isso diminui as chances de tumores e infarto. Os antioxidantes são responsáveis ainda por estabilizar a glicose no sangue dos diabéticos. A polpa também tem sua importância nutricional, é lá que encontram os ferro, fósforo e vitamina C. Além da niacina, vitamina do complexo B, que facilita a digestão e a eliminação de toxinas. Casca e polpa contam ainda com a pectina, substância que diminui o colesterol. Se tudo isso não for motivo para correr até a jabuticabeira mais próxima, tem mais um: a casca cozida combate a diarreia. Depois de colhida, a fruta já começa a fermentar, a solução é guardar em um saco plástico na geladeira. E partir para o ataque o mais rápido possível! Como: batida sem caroço e com casca com água e limão. Quando: a partir dos seis meses. Quanto: 50g. Risco de obesidade: baixo.
Terra
Chocolate que emagrece é promessa de empresa brasileira

Um bombom que ajuda a combater a gordura ingerida durante as refeições é o mais recente lançamento da OligoFlora, empresa paulistana especializada em oligotecnologia, técnica que atua no tratamento de disfunções orgânicas.
A promessa da empresa é a redução de até 5 quilos através da ingestão diária do chocolate aliada à massagens e ainda a uma reeducação alimentar. Todo o tratamento dura sete semanas e é realizado em 15 seções.

Disponível nos sabores castanha de caju, castanha-do-pará, crocante e tradicional, o bombom é composto por proteínas encontradas no feijão branco, que auxiliam na redução da absorção de carboidratos ingeridos diariamente pelo organismo.
Terra

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Quiropraxia, alívio que vem das mãos

Criada há mais de um século, técnica ajuda no tratamento da dor

Dores na lombar, no pescoço, nas articulações e até enxaqueca. São muitas as razões que levam pacientes a procurar um quiropraxista. A técnica – pouco conhecida no Brasil, mas muito comum nos Estados Unidos – ganha cada vez mais adeptos que buscam ajuda para problemas do sistema neuromusculoesquelético.
O tratamento é feito por meio de ajustes, em que o profissional manipula as articulações com um movimento rápido e preciso, que restaura a função articular e, com isso, provoca um relaxamento da tensão muscular.

Mas os benefícios não param por aí. Segundo o quiropraxista Roger Dunn, muitas pessoas chegam ao consultório para tratar dores pontuais e relatam melhoras em outras áreas da saúde. Isso ocorre porque, ao aliviar a pressão sobre os nervos comprimidos, é liberado um fluxo maior de sangue, que permite uma melhor irrigação dos órgãos.
A quiropraxista Janice Cavalcante explica que muitas situações podem gerar desvios na coluna: má postura, esforços repetitivos, sedentarismo, tombos, entre outros. Segundo ela, é importante procurar tratamento nos primeiros sintomas.
– A maioria das pessoas demora para procurar ajuda de um especialista – alerta, atribuindo esse comportamento à cultura. – Quando uma criança cai, a mãe pega no colo e diz: "Vai passar, não foi nada." E muita gente leva as dores achando que uma hora passa, quando o correto seria, além de tratar, sempre prevenir.
A consulta com um quiropraxista começa com um diagnóstico em que o profissional investiga o histórico do paciente, questiona em quais situações a dor piora ou melhora, faz um teste para avaliar as razões do desconforto e observa vícios de postura e hábitos. Após essa etapa, ele indica o tratamento e dá orientações para a recuperação e a prevenção de lesões.
O resultado do tratamento depende muito do estilo de vida que a pessoa leva. Segundo Janice, o paciente pode ser comparado a uma cartolina dobrada:
– Ele chega aqui e a gente desdobra a cartolina, mas se ele não rever os hábitos, as vértebras voltam para o mesmo lugar.
Ao procurar um quiropraxista, é importante verificar se ele é membro da Associação Brasileira de Quiropraxia. A profissão não é regulamentada no Brasil e existem muitos terapeutas sem formação atuando na área, o que pode representar um risco. Certifique-se de que o profissional tem formação em nível superior em quiropraxia. O curso é oferecido em duas universidades no país.
Diário Catarinense

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Super-herói do organismo: magnésio é indispensável para saúde

Substância está presente em folhas verdes, cereais integrais, frutos do mar e legumes

Em nosso organismo, ele regula o aproveitamento dos minerais e orienta a síntese de proteínas. Está presente em quantidade adequada nos mananciais de água de áreas de populações longevas, como Japão e norte da Europa. É o magnésio, substância que faz parte do ATP, molécula de energia celular. Ele atua em cerca de 300 reações bioquímicas realizadas diariamente por nosso corpo. Entre as mais importantes está o metabolismo das enzimas. E mais: é um antagonista natural do cálcio no sistema cardiovascular, o que reforça os nossos mecanismos de defesa e a manutenção da saúde.
A fonte natural de magnésio são os alimentos, principalmente as folhas verdes (ele está na base da clorofila), os cereais integrais, os frutos do mar, as plantas oleaginosas, as leguminosas, as sementes e os cereais. As festas de fim de ano foram um bom pretexto para consumir esse mineral. As nozes, tão comuns nas ceias, são riquíssimas em magnésio.
— Estudos publicados em diversas partes do mundo esclarecem os benefícios das nozes para a saúde — afirma o nutrólogo Edson Credidio, pesquisador da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em seu livro Alimentos Funcionais na Nutrologia Médica (Editora Ottoni).
— Elas são consideradas indispensáveis para quem deseja combater a fadiga e resguardar os ossos. Só não dá para exagerar, pois o fruto da nogueira comum é calórico.
Combate à ressaca
Outro item alimentício generoso em magnésio é a água de coco, um hidratante natural bastante conhecido dos brasileiros e que tem a vantagem, nessa temporada de festas e de excessos, de ajudar no combate à ressaca.
— Ela ajuda a recuperar as perdas dos eletrólitos: sódio, potássio e magnésio — garante o nutrológo Daniel Magnoni.
Parte da dieta
— A ingestão diária depende da necessidade de cada pessoa — afirma o neurologista e médico ortomolecular Arnoldo Velloso da Costa, autor do livro Magnésio — O Que Ele Pode Fazer por Você? (Editora Thesaurus).
Velloso revela que problemas como insônia, enxaqueca e variações dos níveis de açúcar no sangue costumam indicar que o mineral está em falta em nosso organismo. De modo semelhante, quem dorme bem, tem a saúde equilibrada, boa capacidade física e alta disposição física e mental muito provavelmente consome a substância na medida certa.
A falta que o magnésio faz:
::: Cardiovascular: Arritmias, parada cardíaca, morte súbita, palpitações, hipertensão arterial, prolapso da válvula mitral, angina devido ao espasmo coronariano. ::: Digestivo: Constipação, disfagia (dificuldade de deglutição), discinesia biliar. ::: Urinário: Cálculos renais, espasmos no ureter com cólicas. ::: Genital: Cólicas menstruais, hipertensão gestacional (pré-eclâmpsia), podendo induzir convulsões (eclâmpsia). ::: Metabolismo: Intolerância aos carboidratos, resistência insulínica, baixo cálcio sanguíneo, baixo nível de potássio sanguíneo, nível de fosfato elevado no sangue, resistência à vitamina D. ::: Músculo-esquelético: Cãibras musculares, dores musculares, cefaleias, dores cervicais, disfunção têmporo-mandibular, tensão muscular, tetania (espasmos dolorosos), tremores e abalos musculares. ::: Neurológica: Convulsões, enxaquecas, perda da audição, zumbido nos ouvidos, hiperatividade, insônia, sensação de dormência e formigamentos. ::: Mental: Agorafobia, ansiedade, depressão, irritabilidade, síndrome de pânico. ::: Outros: Sensação de aperto no peito, fadiga crônica, compulsão por carboidratos, compulsão por comidas salgadas, fotofobia com normalidade do aparelho ocular, sensibilidade a sons agudos, eritromelalgia.
DIARIO CATARINENSE

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Cientista comprova o que médicos propagavam: consumo de fibra ajuda a emagrecer

Presentes em diversos alimentos, as fibras eliminam gorduras e açúcares do organismo

Quem deseja emagrecer sempre ouve o mesmo conselho de médicos e nutricionistas: tenha uma alimentação rica em fibras. E eles têm razão. Essas substâncias alimentares emagrecem, pois quando uma pessoa ingere cereais, leguminosas, arroz, batatas, raízes e frutas sente logo que está satisfeita e come menos carne e outros alimentos ricos em gordura e açúcar.
O nutrólogo Celso Cukier, do Hospital São Luiz, de São Paulo, explica que as fibras emagrecem porque dão a sensação de saciedade e a pessoa come menos. Mas elas também desempenham outro papel:
— As fibras regulam a assimilação de gorduras e de açúcares no organismo, pois aprisionam as moléculas de gordura e colesterol presentes em nosso sangue. Ou seja: fazem bem à saúde.
A tese de que as fibras emagrecem não é apenas uma dica médica. Agora tem também respaldo científico. Jaimie Davis, professora do Departamento de Medicina Preventiva na Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos, apresentou no Congresso Internacional de Obesidade Abdominal, na China, um estudo comprovando a teoria.
— Quanto maior o consumo de fibras, menor o acúmulo de gordura visceral, que fica entre o intestino e outros órgãos abdominais — afirma a cientista.
:: Palavra do especialista
Os alimentos ricos em fibras emagrecem ou essa informação é um mito?
Nenhuma medida isolada permite o equilíbrio saudável do peso corporal. A ingestão de fibras, com certeza, é essencial para a manutenção da saúde, como também auxilia no tratamento da obesidade e no processo de prevenção de uma série de doenças, incluindo osteoporose, arteriosclerose, dislipidemias, diabetes, diarreia, constipação e câncer intestinal.
Além das fibras, que alimentos devem fazer parte da dieta?
Devemos ter uma dieta distribuída e diversificada, de preferência bem colorida, obedecendo, em quantidade, a pirâmide com base em carboidratos (arroz, pães, massas, mandioca, batata etc.); seguida dos vegetais e frutas; depois dos laticínios, carnes, ovos e feijões; e, no topo, em menor quantidade, óleos, gorduras e doces. O consumo excessivo de fibras pode trazer danos ao organismo? Quais? Dificilmente, as fibras trariam danos quando naturalmente presentes em alimentos selecionados para nossas refeições diárias. O consumo excessivo seria mais provável com o uso sem orientação médico-nutricional de fibras industrializadas. Seriam basicamente desarranjos intestinais, sobretudo constipação. O consumo de fibras pode engordar em vez de emagrecer? Não existe essa possibilidade.
José Roberto de Deus Macêdo é nutrólogo do Hospital Dr. Jk.
DONNA ZH
 
 
Males modernos: crescem os casos de ansiedade, pânico e estresse

Exames como os de sangue e ressonâncias apontarão transtornos mentais

O ritmo de vida cada vez mais agitado e a ansiedade à flor da pele estressam e deixam a população suscetível à depressão, mal desta e das últimas décadas. E pelo o que prevêem os especialistas os próximos anos não devem ser diferentes. Mas a depressão não vai reinar absoluta. Deverá ter a companhia de outros transtornos mentais na galeria de grandes problemas de saúde do século 21. Os transtornos de ansiedade, em ascensão devido às condições da vida moderna, deverão atingir um número crescente de vítimas nos próximos anos.
O que tende a revolucionar a área da psiquiatria são os diagnósticos. Hoje, um paciente chega ao consultório, relata os seus sintomas e o médico, por exclusão, determina o transtorno que ele apresenta. Tudo indica que o movimento veloz da ciência aprimorará exames como os de sangue e ressonâncias magnéticas, que serão capazes de dar um diagnóstico mais preciso.
— Ainda trabalhamos como no século passado. Indicamos um tratamento a partir de relatos e de exclusão de outras síndromes. A grande descoberta no futuro deve ser de técnicas aprimoradas de exames computadorizados e laboratoriais que apontem com precisão, pela área atingida do cérebro, que tipos e transtorno o paciente tem — aposta o psiquiatra Marcelo Basso de Sousa.
Mas, enquanto os grande anúncios na área de diagnóstico não chegam, as promessas são fortes para que a população desfrute de medicamentos mais potentes para a depressão. Os que estão disponíveis atuam nos hormônios cerotonina e noradrenalina. Aqueles que devem chegar ao mercado nos próximos cinco a 10 anos prometem ser neuroprotetores. Ou seja, estimularão a emissão de novas ramificações dos neurônios — ação que faz com que, inclusive, a memória seja potencializada.
EM ASCENSÃO
Confira alguns dos distúrbios que podem se intensificar nos próximos anos entre a população:
Distúrbio de ansiedade generalizada— É marcado por uma sensação constante de ansiedade, combinada a sintomas como suor nas extremidades, falta de ar, agitação e dificuldade para relaxar. Podem aparecer insônia, falta ou excesso de apetite, com comprometimento das relações sociais e da saúde sexual.
Transtorno do pânico — Aparece em decorrência de alguma situação traumática específica que a pessoa tenha vivido, além de uma predisposição pessoal. Um episódio de maior estresse pode desenvolver transtornos específicos como pânico de elevador ou de sair sozinha à rua. Pode desencadear sintomas como agitação, calor, sudorese, agitação.
Estresse pós-traumático — Similar ao estresse pós-guerra. Após uma situação extrema de tensão, como um assalto, até alguns dias depois do episódio podem surgeir sintomas como insônia, mudanças de apetite e alterações de humor, impedindo que a pessoa leve seu ritmo de vida normal.
Transtorno obsessivo-compulsivo — É marcado pela repetição de determinadas ações ou pensamentos, como verificar várias vezes se a porta está mesmo trancada ao sair de casa. Pode ser motivo de grande sofrimento psicológico para o paciente.
CADERNO VIDA - ZH

 
 
Consumo exagerado de sal aumenta risco de hipertensão em saudáveis

Uso de sal light ou temperos à base de ervas podem ser alternativas

Quem sofre de pressão alta bem sabe a importância de comer bem sem abusar do sal. O uso de sal light ou a substituição do saleiro na mesa por temperos à base de ervas podem ser boas alternativas para os hipertensos.
O excesso de sódio no organismo — a substância é um dos principais componentes do sal refinado — aumenta a pressão arterial. Portanto, o consumo exagerado também aumenta os riscos de pessoas saudáveis desenvolverem hipertensão.
Apesar de ser uma doença de base genética, a hipertensão está associada a alguns fatores de risco, como o consumo exagerado de sal e de álcool e a obesidade, segundo a cardiologista Maria Teresa Nogueira Bombig. Ela destaca que os hipertensos têm mais chances de ter acidente vascular cerebral (AVC) ou infarto.
::: Brasileiros costumam colocar muito sal na comida. Enquanto o índice diário tolerável de sal para pessoas saudáveis é de cinco a seis gramas, costumamos ingerir 12 gramas. ::: O crescimento do consumo de produtos industrializados também traz mais sódio à dieta. Embutidos e enlatados devem ser evitados. ::: Diminua o uso de sal optando por temperos como manjericão, orégano e cebola.
Donna DC
 
 
Vida longa: avanços da medicina permitirão ao homem chegar saudável aos 120 anos

Nas últimas cinco décadas houve um aumento de 600% no contingente de idosos no Brasil

A engenharia genética já é capaz de selecionar embriões e dar continuidade apenas à gestação de bebês saudáveis. Pesquisas em células-tronco e o estudo de medicamentos inteligentes apontam uma esperança de cura para doenças como o câncer. Vacinas para prevenir o HIV estão em fase final de estudo. Todas essas novidades fazem parte de um conjunto de avanços da ciência que ao longo dos anos vêm propiciando uma vida mais longa ao homem.
Como reflexo dessa revolução médica, nas últimas cinco décadas houve um aumento de 600% no contingente de idosos no Brasil, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os homens da época Medieval, por exemplo, eram considerados velhos aos 30 anos. Nos anos 2000, um indivíduo de 80 vai à academia, faz caminhadas, dança e dá um baile em muitos mocinhos. Generosas, as projeções apontam uma expectativa de vida de 85 anos em 2025 e não será nada surpreendente pessoas chegando aos 120 por volta de 2050.
Essa reviravolta na área médica já era premonitória há quase duas décadas. Em outubro de 1991, quando nascia o Caderno Vida já se falava nos frutos que seriam colhidos com o conhecimento aprofundado da genética. A coordenadora do Laboratório de Pesquisa em Imunodiagnóstico da Faculdade de Farmácia, da Pontifícia Universidade Católica (PUCRS), Virgínia Minghelli Schmitt, lembra que os avanços possibilitaram, por exemplo, a geração de clones e transgênicos e potencializaram o uso da terapia com células-tronco, uma área da genética na qual se deposita a esperança de cura de doenças hoje ainda não debeladas pela medicina.
Depois da avalanche de descobertas, a batalha mais ferrenha agora reside na busca pela qualidade de vida. A tendência é de que os cuidados com a saúde caminhem cada vez mais para uma medicina especializada, onde não haverá tratamento para um problema e sim para o seu problema. De acordo com o geriatra Rodolfo Herberto Schneider, o cenário positivo se deve ao maior conhecimento das doenças — resultado de campanhas de conscientização eficientes e diagnósticos mais precisos:
— As pessoas que daqui a cinco décadas terão 80 anos são de uma geração com mais informação pela internet e que já sabem como prevenir doenças.
Maria Cristina Cachapuz Berleze, gestora do serviço de geriatria do Hospital Mãe de Deus, também é otimista. Para a médica, o trabalho deve estar centrado nos hábitos do dia a dia.
— Não é o material genético que auxilia no envelhecimento saudável, mas, sim, o estilo de vida de cada um — orienta Maria Cristina.
A geriatra Carla Schwanke, professora do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS, sugere mudanças urgentes na sociedade:
— É preciso dar início a um levante na escola, na pediatra, na mídia, na ginecologista, no educador físico da academia, no cardiologista. Todos precisam estar afinados no objetivo de um envelhecimento de sucesso.
Já que viveremos mais, o que devemos fazer para sermos idosos saudáveis?
A resposta e as projeções para os próximos anos estão reunidas nas próximas páginas. Veja o que a medicina do futuro tem a oferecer.
LONGEVIDADE
A evolução da medicina
Até anos 50
As pessoas morriam de doenças infectocontagiosas, como pestes e tuberculose.
Anos 50 em diante
Houve uma revolução na área médica com o lançamento de antibióticos e melhora na higiene hospitalar. As pessoas passaram a morrer de doenças crônico-degenerativas.
Anos 70
Foi a vez da tecnologia do DNA recombinante, que possibilitou a síntese de medicamentos. A insulina, por exemplo, que até então era extraída de animais e vendida a preços exorbitantes, passou a ser fabricada a partir do gene humano da insulina, resultando na produção em larga escala a preços mais acessíveis.
Anos 80
Os diagnósticos avançaram em termos de precisão, sobretudo em razão da revolução da informática.
Anos 90
— A genética molecular humana passou a ser usada em diagnósticos e tratamentos.
— Desde 1995, com a chegada de computadores e softwares de imagem mais potentes, exames como a ressonância magnética foram capazes de detalhar ainda mais o corpo humano e colaborar para que os procedimentos cirúrgicos fossem mais eficientes.
CADERNO VIDA - ZH

 

 

Fonte de vitalidade: idosos aderem ao pilates para manter saúde em dia

Atividade de baixo impacto pode ser personalizada de acordo com limitações da terceira idade


Foi-se o tempo em que restavam aos avós atividades pacatas como tricotar, jogar gamão e afins. Hoje, eles estão cada vez mais ativos, levando vantagem sobre muitos garotões por aí.

Não é à toa que a melhor idade venha aderindo em massa ao pilates, programa de condicionamento físico que proporciona múltiplos benefícios. O praticante pode, simultaneamente, trabalhar a flexibilidade, incrementar a consciência corporal e ganhar massa muscular. A atividade é de baixo impacto e personalizada, já que as turmas costumam ter, no máximo, três alunos.
A bailarina Alice Becker é uma das responsáveis pela introdução do método no Brasil. Ela travou contato com os ensinamentos de Joseph Pilates há 18 anos, nos Estados Unidos, enquanto se recuperava de uma grave contusão no joelho.

Os resultados promissores levaram-na a abrir uma empresa especializada em cursos e equipamentos. Segundo ela, o método é perfeito para o público maduro.

— Com a idade, as pessoas tendem a perder o equilíbrio, elas ficam com medo de cair e acabam restringindo seus movimentos. Os exercícios são pensados de forma a ajudar a superar os desafios de cada um. Aos poucos, recupera-se a confiança — avalia.
Funcionalidade Outra vantagem, segundo Alice, é que os treinos simulam atividades do dia a dia.

— Os movimentos têm enfoque funcional: o aluno aprende a se sentar de maneira correta, a agachar, enfim, a realizar as funções normais, conquistando um corpo que execute bem essas funções.
João Bosco, 69 anos, concilia treinos regulares de pilates com os gramados de futebol. Orgulhoso de suas atividades, o aposentado relata que a prática lhe rendeu força física e uma melhor postura.

— Estou com porte de militar. Além disso, senti melhoras no meu equilíbrio e hoje eu atravesso a rua com mais segurança comemora. Ele buscou o método para combater — dores no joelho que vinha sentindo.

— Fortaleci a musculatura da coxa - isso me ajudou no futebol e me deixou mais ativo para brincar com os meus netos —  detalha.
O educador físico Luís Fernando Jardim, que trabalhou com musculação durante 13 anos, dedica-se ao ensino de pilates há dois.

— É um trabalho feito de forma global, enquanto na musculação os exercícios são segmentados. A riqueza dessa técnica está em conceber o corpo como um todo e observar a individualidade de cada aluno —  resume.
Foco na respiração No pilates, os exercícios são feitos de forma precisa. Durante os movimentos, é necessário manter o foco na respiração e na contração constante dos músculos abdominais.

— Quando você aciona essa caixa de força, são recrutados os músculos responsáveis pela estabilidade do corpo —  ensina o professor Fábio Pires. Com o progresso da consciência corporal, as pessoas aprendem a usar os músculos na medida certa, previnindo lesões.
História do Pilates ::: Joseph Pilates nasceu em Mönchengladbach, na Alemanha, em 1881. Ele sofria de raquitismo e febre reumática. Talvez por isso, dedicou a vida a estudar métodos que o ajudassem a melhorar sua condição física. ::: Na juventude, Pilates estudou e especializou-se em musculação, mergulho, esqui e ginástica. No período da Primeira Guerra, foi mandado para uma ilha inglesa onde trabalhou num hospital com exilados e mutilados. ::: Lá, ele iniciou o desenvolvimento da técnica que utilizava molas nas macas do hospital para a realização de exercícios de reabilitação. Anos depois, retornou à Alemanha, onde permaneceu pouco tempo. ::: Finalmente, em 1923, Pilates mudou-se para Nova York e abriu seu primeiro Studio de Pilates. A partir dos anos 1940, seu trabalho começou a ter repercussão, principalmente entre os dançarinos. Trabalhou até sua morte, em 1967, aos 87 anos. Sua esposa, Clara Pilates, assumiu a direção do estúdio, dando continuidade ao seu legado. 
CORREIO BRAZILIENSE
 
 
Futuro da medicina: remédios poderão combater o câncer

Perfil da doença será mais crônico do que letal

Isso não significa que uma vitória definitiva é esperada para breve, mas a multiplicação de "remédios inteligentes" (veja box) capazes de combater com maior precisão tumores específicos. Embora o número de casos deva continuar em elevação pelos próximos 30 anos, devido ao envelhecimento da população mundial, a chance de um paciente sobreviver será cada vez maior.
Em vez de buscar uma substância milagrosa, capaz de derrotar todo tipo de neoplasia, nos últimos 10 anos os cientistas se empenharam em estudar como cada tipo de tumor se comporta: investigar seu DNA, como se origina e se esconde do sistema imune dos pacientes, de que maneira se espalha pelo corpo. Essa pesquisa vem apontando pontos frágeis capazes de serem explorados por uma nova classe de medicamentos.
— Quanto mais entendemos como os tumores se formam e se comportam, mais eficazes são os novos remédios que produzimos — afirma o diretor do Serviço de Oncologia e professor da Faculdade de Medicina da PUCRS, Bernardo Garicochea.
Ele dá um exemplo. Recentemente, percebeu-se que 25% das vítimas de câncer de mama apresentam níveis elevados de uma proteína chamada HER-2. Em seguida, descobriram que a proliferação se devia ao fato de que essa substância era vital para o tumor. Ao desenvolver um remédio que reduz a quantidade de HER-2, os médicos ganharam terreno na guerra contra o câncer de mama. Um método semelhante foi desenvolvido para um tipo de câncer de intestino.
— Há dezenas de exemplos como esses, em que defeitos genéticos viram método de tratamento. Conhecimento é poder — comenta Garicochea.
Nas próximas décadas, deverá haver centenas de remédios como esses, chamados "inteligentes" porque atuam sobre as células cancerosas e poupam as demais, à disposição da medicina. Eles poderão ser usados em combinação com técnicas tradicionais, como a quimioterapia, e até substituí-las ao longo do tempo. Conforme o oncologista do Hospital de Clínicas Gilberto Schwartsmann, além de escolher o produto mais eficiente para o tipo específico de tumor do paciente, os médicos poderão basear sua escolha no tipo biológico do doente.
— Podemos dizer que haverá um tratamento para cada paciente. Quando a Dilma (Rousseff) teve câncer, o tratamento combinou quimioterapia com um remédio que bloqueou uma proteína específica do tumor que ela teve — exemplifica Schwartsmann.
Hoje, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais da metade dos casos de câncer no mundo já encontram cura. Até 2030, como o envelhecimento da população mundial se intensificará, o número de casos deverá crescer. Por isso, apesar dos avanços na medicina, acredita-se que o número de mortes pode passar de 7,9 milhões, em 2007, para 11,5 milhões ao ano. Novas descobertas poderão refazer essa conta.
A aposta de Liane
Até a década de 90, os poucos casos de vítimas de câncer que a corretora de imóveis Liane de Araújo, 55 anos, conhecia haviam morrido. Por isso, em 1997, assustou-se quando soube que estava com câncer de mama, combatido com doses de radioterapia, quimioterapia e uma cirurgia. Liane ilustra os avanços que a medicina vem conquistando na guerra contra a doença.
— Na minha época, a gente tinha de tirar também uns gânglios que ficam na axila. Hoje, não — compara.
A experiência fez com que Liane tomasse a decisão de ajudar outras mulheres a prevenir ou derrotar o câncer. Voluntária no Instituto da Mama, em Porto Alegre, atualmente ocupa o cargo de vice-presidente e demonstra confiança em novas vitórias da ciência sobre a doença.
— Talvez, em 15 anos, possamos ter uma vacina contra o câncer de mama — aposta.
Três fases da doença
Confira, com base em alguns exemplos, a evolução dos tipos e tratamentos dos tumores desde o século passado e a projeção para o futuro:
Em 1900
Tipo
Na virada do século 19 para o 20, a prevalência da doença era muito inferior à de hoje entre a população. Nos Estados Unidos, por exemplo, 4% das mortes decorriam de neoplasias, contra 26% atualmente. Entre os tipos mais comuns, estava o câncer estomacal. O consumo de água impura e de alimentos mal conservados levava a seguidas infecções, que, em muitos casos, acabavam por desencadear tumores. Com a melhoria das condições de vida, esse tipo de câncer entrou em declínio.
Tratamento
Quase sempre, a doença era descoberta quando provocava fortes dores — o que indicava estágio avançado e virtual impossibilidade de cura. O tratamento mais comum eram analgésicos à base de opiáceos, destinados a aplacar as dores violentas. Em raros casos, era possível fazer uma extração do órgão. Quase sempre, a medida era inútil porque o câncer já havia se espalhado.
Resultado
Na grande maioria das vezes, o diagnóstico representava uma sentença de morte dolorosa.
Hoje
Tipo
O forte apelo desenvolvido pela indústria tabagista ao longo de várias décadas multiplicou a quantidade de casos de câncer de pulmão pelo mundo — transformando-o na modalidade de neoplasia responsável pelo maior número de mortes: cerca de 1,3 milhão de vítimas por ano.
Tratamento
O combate à doença inclui recursos já tradicionais, como quimioterapia e radioterapia, mas já começa a fazer uso dos chamados "remédios inteligentes". Esses medicamentos são produzidos para atacar tipos específicos de câncer, utilizando informações sobre os genes do tumor. Assim, são capazes de localizar e atacar com maior eficácia os focos da doença.
Resultado
A doença ainda é considerada grave, mas não é mais uma sentença de morte. De todos os tipos de câncer, em mais da metade dos casos já há cura.
Em 2030
Tipo
Acredita-se que casos de câncer de mama, nas mulheres, e de próstata, nos homens, deverão continuar aumentando nas próximas décadas. Uma das razões para isso é o progressivo envelhecimento da população, que favorece o surgimento de tumores desses tipos.
Tratamento
A quimioterapia e a radioterapia ainda deverão fazer parte do arsenal médico, mas cada vez mais o tratamento será individualizado. Cada subtipo de tumor deverá ter um remédio específico, que também levará em consideração as características biológicas do doente. Além disso, pacientes que tiverem predisposição genética identificada, por meio de exames, para determinados tipos de câncer, poderão receber cuidados e tratamentos preventivos.
Resultado
Não deverá haver uma cura genérica para o câncer, mas tratamentos cada vez mais precisos para cada tipo de tumor, e sistemas mais eficazes de detecção precoce. Em um cenário otimista, no futuro, a neoplasia pode se transformar em uma doença de perfil mais crônico do que letal.

CADERNO VIDA - ZH
 
 
Consumo de aveia ajuda no controle do colesterol e do peso

Cereal também regula índice glicêmico, diabetes e funções intestinais

Consumir aveia todos os dias, preferencialmente no café da manhã, ajuda o corpo a repor as energias durante o resto dia e auxilia na prevenção de doenças imunológicas, gastrointestinais, cardíacas e metabólicas. De acordo com o médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), Durval Ribas Filho, além de ser uma conhecida fonte de fibras, o cereal contém quantidade valiosa de proteínas, vitaminas, ácidos graxos insaturados e minerais, e também apresenta capacidade antioxidante, o que previne o aparecimento de doenças.
— As principais indicações da ingestão de aveia estão relacionadas à regulação da função intestinal, monitoramento de peso, diabetes e hiperglicemia, síndrome metabólica e controle do colesterol — explica o médico.
Ele cita que, no caso do colesterol, os benefícios são ainda mais evidentes, pois o consumo de aveia dentro de uma dieta balanceada reduz consideravelmente os níveis da doença e de absorção de carboidratos de alto índice glicêmico. Mesmo com todas as vantagens do consumo do cereal, Ribas alerta que é preciso ter ponderação.
— Como todo tipo de alimento, não é bom exagerar na alimentação com aveia, pois ela pode predispor ao meteorismo e flatulência — salienta.
Controle do colesterol

O benefício mais evidente do consumo de aveia, segundo o médico nutrólogo, é o controle do colesterol e doenças cardiovasculares. De acordo com ele, no Brasil, a ANVISA já reconheceu esse benefício e registrou a aveia como um alimento funcional para manutenção dos níveis da doença.
— A relação está entre a absorção de carboidratos de alto índice glicêmico e os lipídeos, vitaminas e proteínas da aveia.
Regulação da função intestinal
Estima-se que os problemas intestinais atinjam 28% da população mundial.
---- As fibras presentes na aveia favorecem um melhor equilíbrio do intestino, com o favorecimento da proliferação das bactérias 'do bem'. Isso contribui para uma melhora no sistema imunológico e contribui para o não desenvolvimento de doenças — comenta o presidente da ABRAN.
Controle de peso

Entre os principais fatores que levam à obesidade estão a hiperalimentação, alimentos com alta densidade calórica, sedentarismo e má distribuição calórica durante o dia. De acordo com o Dr. Ribas, o consumo de cereais integrais promove maior saciedade e, consequentemente, mais controle de ingestão de alimentos.

— Alimentos ricos em fibras tendem a ser menos calóricos. Eles exigem mais mastigação e apresentam maior tempo de digestibilidade, o que pode auxiliar na perda de peso.

Diabetes e hiperglicemia
— Uma dieta com alimentos com baixo índice glicêmico, como a aveia, ajuda a controlar o diabetes pela manutenção da glicemia e diminui os riscos de hiperglicemia — explica o especialista. O cereal ainda pode melhorar os níveis basais de glicose e insulina.

Síndrome Metabólica

A síndrome metabólica é um conjunto de fatores de risco relacionados à obesidade, entre eles doenças cardiovasculares, hipertensão arterial e diabetes.
— A aveia atua através de fibras solúveis em alta concentração, o que evita picos glicêmicos e insulínicos e reduz o aparecimento da síndrome metabólica — analisa o Ribas.

BEM-ESTAR DO CLICRBS


 
Brasil entra no grupo de países com baixo índice de cárie, diz pesquisa

Em 2003, indicador do país era 2,8. Em 2010, alcançou 2,1. Para OMS, países com baixa prevalência de cárie têm entre 1,2 e 2,6


O Brasil entrou no grupo de países com baixa prevalência de cárie, de acordo com os resultados da segunda edição da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SB Brasil 2010), divulgada nesta terça (28), em Brasília, pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão.

Em 2003, quando foi divulgada a primeira edição da pesquisa, o país tinha índice 2,8, e, em 2010, 2,1. Os países com baixa prevalência são os que têm indicador CPO entre 1,2 e 2,6, segundo classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O indicador CPO é composto pela soma de dentes cariados, perdidos e obturados em uma mesma faixa etária. O índice pode variar de 0 a 32 e representa, em média, o número de dentes doentes na boca de uma pessoa.
Por região
Das cinco regiões brasileiras, em quatro houve redução do índice no período, de acordo com a pesquisa. A região Nordeste baixou seu índice de 3,1 para 2,7; o Centro-Oeste foi de 3,1 para 2,6; o Sudeste saiu de 2,3 para 1,7; e o Sul baixou de 2,3 para 2.
A única região em que o índice cresceu foi a Norte: de 3,1 em 2003 para 3,2 neste ano.
"Fica um indicativo de que nós precisamos adaptar as políticas públicas de saúde bucal às características da região Norte. São municípios de pequeno porte, com acesso diferenciado. A expectativa do ministério é que nós levemos equipamentos portáteis para atender as populações que ainda não têm acesso e expandir as equipes de saúde bucal. É uma região que requer um tratamento diferenciado", afirmou o coordenador nacional de Saúde Bucal, Gilberto Pucca.
A pesquisa também apontou o número de idosos que necessitam de prótese dentária. Atualmente, mais de 3 milhões de idosos precisam de prótese total, nas duas arcadas dentárias. Outros 4 milhões necessitam de prótese em apenas uma das arcadas.
"[Quanto a] esses milhões de idosos ainda sem acesso à prótese, o conjunto de laboratórios de próteses públicos já são capazes de produzir 500 mil por ano. E nada impede - pelo contrário, estimulamos - que os municípios possam credenciar laboratórios privados para que essa redução possa se dar em um período mais rápido", disse o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
Segundo ele, é necessário avaliar a questão com uma "outra perspectiva". "Quando você pega décadas de abandono e descaso sem nenhuma política de um lado, e de outro lado você tem uma nova geração em que houve uma brutal redução da cárie dentária, o que aponta para o futuro é uma melhoria do quadro", declarou.
Metodologia
A Pesquisa Nacional de Saúde Bucal 2010 entrevistou 38 mil pessoas divididas em cinco grupos etários, originárias de 177 municípios, incluindo todas as capitais, Distrito Federal e 30 municípios do interior de cada região.
Outros dados do estudo apontam que o número de crianças que nunca tiveram cárie até os 12 anos de idade cresceu de 31% para 44%, o que significa que 1,4 milhão de crianças nessa idade não têm nenhum dente cariado atualmente.
Considerando essa mesma idade, a pesquisa aponta uma queda de 26% na média de cáries dentárias nessas crianças. A idade de 12 anos é usada como referência pela OMS porque é nela que a dentição permanente está praticamente completa.
Novo ministro
O ministro José Gomes Temporão afirmou que se reunirá na tarde desta terça (28) com seu substituto na pasta, o atual ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
"Vou estar repassando para ele toda a agenda, o livro de encargos, os problemas em curto prazo, e trocar algumas ideias. Ele também é um médico sanitarista, de boa formação, então acho que a saúde vai estar bem entregue nas mãos do ministro Padilha', disse.
Gazeta do Povo
 
 
Laticínios podem diminuir risco de diabetes tipo 2


O ácido graxo trans-palmitoléico pode diminuir o risco de desenvolver diabetes tipo 2
 

Foto: Getty Images
Gosta de saborear queijo, leite, iogurte, manteiga? Pois saiba que o hábito pode ser benéfico à sua saúde. De acordo com uma pesquisa americana, um componente dos laticínios, o ácido graxo trans-palmitoléico pode diminuir o risco de desenvolver diabetes tipo 2.
Cientistas da Escola de Saúde Pública de Harvard e colaboradores de outras instituições examinaram 3736 pessoas, acompanhadas ao longo de 20 anos. Amostras de sangue armazenadas em 1992 foram utilizadas nos testes, como informou a publicação Annals of Internal Medicine.
Em comparação com os participantes de níveis baixos do ácido, os com taxas elevadas apresentaram chance 60% menor de ter diabetes. Segundo o site Science Daily, o composto não é produzido pelo organismo. Por ser obtido justamente a partir da gordura do leite, melhor não exagerar no consumo de seus derivados. Mais estudos são necessários para comprovar seus benefícios.
 Terra
 
 
Filhos podem piorar alimentação dos pais, diz pesquisa

Casais sem filhos comem quase 1,5 kg a mais de frutas e hortaliças em uma quinzena


Foto: Getty Images
É comum ouvir pessoas dizerem que os hábitos alimentares dos pais influenciam os dos filhos, certo? E, de acordo com um estudo da Universidade de Reading, na Inglaterra, os casais com crianças são mais propensos a refeições não-saudáveis em comparação com os que não as têm. A equipe de cientistas constatou que pares sem filhos comem quase 1,5 kg a mais de frutas e hortaliças em uma quinzena. Os pais compram menos carne e estocam mais leite, laticínios, cereais e batata.
O pesquisador Richard Tiffin disse ao jornal Daily Mail que um dos motivos para lançarem mão de dietas desbalanceadas é o fato de a garotada não ser fã de frutas e hortaliças. Outra razão é a falta de tempo para preparar alimentos e escolhê-los nos mercados.
Terra
 
 
Vitamina D e Sol diminuem risco de câncer de mama

Uma dieta com fontes de vitamina D combinada à exposição solar pode reduzir o risco da doença

Foto: Getty Images
Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres. E, de acordo com uma pesquisa francesa, uma dieta com fontes de vitamina D combinada à exposição solar (que também produz vitamina D) pode reduzir o risco da doença.

Cientistas do Centro de Investigação em Epidemiologia e Saúde da População acompanharam 67.721 pessoas do sexo feminino entre 41 e 72 anos ao longo de uma década. Suas dietas e os níveis de raios ultravioletas de onde viviam foram levados em consideração. Até o fim do período de análise, 2871 desenvolveram a patologia.
A equipe constatou que habitar regiões com maiores níveis de raios UV está associado a uma probabilidade menor (de quase 10%) de ter o problema em comparação com quem está em locais com taxas menores de UV. Mas o maior efeito protetor foi observado na associação de elevada radiação ultravioleta e mais consumo de vitamina D (alimentos ou suplementos). As chances são até 43% menores. Dieta rica em vitamina D, mas sem sol, não trouxe benefícios.
O pesquisador Pierre Engel disse ao jornal Daily Mail que é importante lembrar do crescimento do risco de câncer de pele ao mencionar o sol. Mas afirmou que acredita que o aumento dos níveis de vitamina D por exposição razoável ao sol (tomando as precauções necessárias) e alimentos específicos deva ser incentivado.
Testes sugerem que a vitamina D possa ter uma série de efeitos anticâncer, como retardar a propagação das células doentes. O levantamento mostrou que cerca de 45% da vitamina D referente à alimentação das voluntárias veio de peixes e frutos do mar, 16% de ovos, 11% de produtos lácteos, 10% de óleos e margarinas, e 6% de bolos.

Terra
Otimismo ajuda as mulheres

Segundo pesquisa, otimismo é um aliado do coração das mulheres


Foto: Getty Images

Pesquisadores norte-americanos constataram que as mulheres otimistas têm menos chances de sofrer com as doenças cardíacas e podem viver mais tempo do que aquelas consideradas pessimistas.

O estudo, publicado na revista Circulation, foi realizado com aproximadamente cem mil mulheres durante oito anos e mostrou que as otimistas possuem 9% menos riscos de desenvolver problemas no coração e 14% menos chances de morrer por qualquer outra causa. Já as mulheres que apresentaram sentimentos negativos, como o pessimismo, ou falta de confiança em seus semelhantes, mostraram ter 16% mais chances de sofrer com o coração e morrer.

Outro dado interessante levantado durante a pesquisa é que as mulheres otimistas praticam mais exercícios e, consequentemente, são mais magras. Segundo os pesquisadores, isso pode acontecer porque as pessimistas estão mais propensas a apresentar problemas de pressão alta e índices altos de colesterol. Uma outra possível explicação levantada pelos pesquisadores para essa relação é que aquelas mais otimistas podem ser mais capazes de enfrentar adversidades e de cuidar de si próprias quando ficam doentes.

Apesar dessas evidências, os pesquisadores acreditam que são necessárias novas pesquisas para obter um diagnóstico completo de como essas características psicológicas podem afetar a saúde. De antemão, os estudiosos ressaltam que as mulheres, além de se preocuparem com os aspectos psicológicos, devem também fazer escolhas mais saudáveis como não fumar e cuidar da alimentação.


Terra

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