terça-feira, 26 de abril de 2016

Música ajuda bebês a falar, revela estudo

A música ajuda os bebês no aprendizado da fala, revela um estudo publicado nesta segunda-feira nos Estados Unidos, que observou o comportamento de um grupo de crianças em idade de amamentação que participaram de jogos que incluíam o uso de ritmos musicais.
Os pesquisadores compararam a evolução de um grupo de 20 menores de nove meses, aos quais ensinaram a reproduzir ritmos musicais em um pequeno tambor, enquanto um segundo grupo de 19 bebês, da mesma idade, recebeu outro tipo de brinquedos, como carrinhos ou cubos.
Uma semana depois desta experiência, os bebês foram submetidos a testes para determinar as áreas exatas do cérebro onde houve maior atividade.
Constatou-se que as crianças incentivadas a participar de jogos que envolviam música tiveram maior atividade nas regiões do cérebro importantes para o aprendizado da linguagem.
A linguagem, assim como a música, tem fortes características rítmicas, afirmam os pesquisadores. O ritmo das sílabas ajuda a distinguir os sons e a compreender o que uma pessoa diz e é essa capacidade de identificar os diferentes sons que ajuda os bebês a aprender a falar.
"Nosso estudo é o primeiro realizado em bebês que sugere que se expor a ritmos musicais pode melhorar a capacidade de detectar ritmos na linguagem", explica Christina Zhao, pesquisadora do Instituto de Aprendizado e Ciências do Cérebro (I-LABS) na universidade do estado de Washington (noroeste).
Zhao é a principal autora deste trabalho, publicado na revista da Academia de Ciências dos Estados Unidos.
"Para adquirir a capacidade de falar, os bebês devem ser capazes de reconhecer os tons e os ritmos e ter a capacidade de se antecipar", explicou a pesquisadora.
"Isto significa que um estímulo musical precoce pode ter efeitos mais amplos nas capacidades cognitivas", acrescentou.



afp_tickers  / Swiss Info

domingo, 24 de abril de 2016

Calistenia: conheça a prática que está conquistando cada vez mais novos adeptos



Uma atividade física sem muitos aparelhos, utilizando o peso do próprio corpo e de preferência ao ar livre, que parece uma aula de educação física com algumas acrobacias para os mais talentosos: esta é a calistenia. A palavra vem da união dos termos "belo" e "força" em grego e tem ganhado cada vez mais adeptos nos últimos anos.

Com exercícios como pranchas, paralelas, agachamentos e abdominais, a prática é frequentemente confundida com um treinamento funcional. "A calistenia se aproxima do treino funcional porque utiliza os movimentos naturais do ser humano no treinamento, mas não utiliza tantos acessórios, apenas um espaço e barras. Aliás, ela é muito mais antiga que o treino funcional", explica Adriane Lafemina, educadora física da Personal Work. Outro diferencial é a utilização do espaço disponível como suporte para a prática, o que reflete as tendências de busca por um dia a dia com mais contato com natureza e um estilo de vida saudável.

Reprodução
 
Reprodução


Há também quem confunda a prática com o famoso cross fit, porém, mais uma vez é o desapego dos acessórios que diferencia as duas atividades: "Tanto a calistenia como o cross fit trabalham o fortalecimento muscular e a flexibilidade, porém, não é necessário o uso de equipamentos e acessórios na calistenia", reforça.

Para praticar, basta encontrar um local de sua preferência e práticas. Para a educadora física, os exercícios devem ser feitos no período de 30 minutos a uma hora, dependendo do nível do praticante. Para quem busca companhia, nas redes sociais já é possível encontrar grupos que se encontram regularmente em praças e áreas verdes para se exercitar segundo as técnicas da calistenia.


Bonde

sábado, 23 de abril de 2016

Enxaqueca: sintomas, prevenção e tratamento

Distúrbio neurológico afeta cerca de 15,2% dos brasileiros. Em infográfico, saiba quais as consequências e como conviver com a doença

Enxaqueca: sintomas, prevenção e tratamento Fernando Gonda/Arte ZH
 
Foto: Fernando Gonda / Arte ZH
 
 
Uma dor pulsante que aparece de um lado só da cabeça, geralmente acompanhada de náuseas, vômitos e tonturas. Assim é a enxaqueca, distúrbio neurológico que afeta cerca de 15,2% dos brasileiros. Classificada como um tipo de cefaleia, a doença pode durar entre quatro e 72 horas e causar sensibilidade à luz e ao barulho.
A enxaqueca tem causa genética,tornando determinadas partes do cérebro mais sensíveis a estímulos externos e internos. Entre esses estímulos pode-se citar jejum prolongado, estresse, privação ou excesso de sono, luminosidade,consumo exagerado de café, ingestão de álcool e flutuação hormonal, especialmente em mulheres. Contudo, esses gatilhos variam de acordo com cada indivíduo. 


ZERO HORA


sexta-feira, 22 de abril de 2016

Ano de 2015 foi o mais quente já registrado no planeta, confirma Nasa

Média da Terra no ano passado foi 0,90ºC acima da média do século 20.
Recorde anterior, de 2014, foi superado em 0,16ºC.


Mapa de temperaturas da Terra divulgado pela Nasa (Foto: Nasa) 
 
Mapa de temperaturas da Terra divulgado pela Nasa 
 
 
(Foto: Nasa)
 
 
O ano de 2015 foi, de longe, o mais quente no planeta desde que começaram os registros de temperatura no final do século 19, superando claramente o recorde de 2014, anunciaram nesta quarta-feira (20) a agência espacial Nasa e a Agência Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), dos Estados Unidos.
Um mês depois da Cúpula do Clima em Paris, onde governantes de todo o mundo se comprometeram a lutar contra o aquecimento global, os cientistas foram taxativos em anunciar a triste notícia. Para todo o ano de 2015, a temperatura média da Terra e dos oceanos foi 0,90°C acima da média do século 20, a mais alta já registrada desde 1880.
O recorde anterior, estabelecido em 2014, foi superado em 0,16°C. Dezembro também foi o mês mais quente já registrado em 136 anos. Nos Estados Unidos, dezembro de 2015 teve temperatura média de 38,6 graus Fahrenheit (3,67°C), seis graus acima da média do século 20, afirmou a NOAA.
Ao longo dos 12 meses do ano de 2015, dez bateram os recordes de temperatura individuais. Esta é a maior margem para um recorde anual em comparação com a marca de referência anterior.


Quarto recorde

 
É também a quarta vez que um recorde de temperatura global é quebrado desde o início deste século. Desde 1997, o primeiro ano desde 1880 a ter um aumento recorde nos termômetros no planeta, 16 dos 18 anos que se seguiram foram mais quentes, aponta a NOAA.

Os recordes de calor foram observados em quase todo o mundo, inclusive na América Central, na metade norte da América do Sul, em partes do norte, sul e leste do continente europeu e no oeste da Ásia, bem como em porções significativas da Sibéria.
Os termômetros também atingiram níveis sem precedentes em grandes áreas do leste e sul da África, no nordeste e na região equatorial do Pacífico, onde ocorre o fenômeno El Niño, no noroeste do Atlântico, bem como em todo o Oceano Índico e partes do Oceano Ártico.
Em 2015, a temperatura média na superfície da Terra foi 1,33°C acima da média do século 20, a mais elevada em todo o período 1880-2015, superando o recorde anterior estabelecido em 2007, de 0,25°C.
A temperatura global média da superfície dos mares e oceanos foi de 0,74°C acima da média do século passado, batendo o recorde estabelecido em 2014 de 0,11°C.



G 1 

Ortorexia: conheça o transtorno que atinge pessoas obcecadas por alimentação saudável

A ortorexia transforma a busca por uma dieta correta em um comportamento obsessivo

Ortorexia: conheça o transtorno que atinge pessoas obcecadas por alimentação saudável sxu.hu/Divulgação
 
 
Foto: sxu.hu / Divulgação
 
 
Camila Kosachenco


Provavelmente você já ouviu falar em pessoas que deixam de se alimentar para alcançar um determinado padrão estético. Também deve ter escutado sobre aquelas que comem compulsivamente e, para aliviar a culpa, usam laxantes ou provocam o vômito. Comum no rol dos transtornos alimentares, a anorexia atinge entre 0,5% e 1% de adolescentes e população jovem adulta, conforme dados de 2004 da Organização Mundial da Saúde. Também recorrente, a bulimia é um problema para 0,9% e 4,1% de pessoas nesses grupos.
O que talvez você nem imagine é que um comportamento potencialmente saudável possa se transformar em um problema. É o que acontece com pessoas que sofrem de ortorexia nervosa, conceito ainda não classificado oficialmente como distúrbio psiquiátrico, mas já identificado em pessoas que são obcecadas por alimentos ditos ¿puros¿. Em uma revisão publicada em 2015 por pesquisadoras da Bates College, nos Estados Unidos, a ortorexia é definida como ¿uma doença disfarçada de virtude¿. 
Mais recente que a anorexia e a bulimia, o conceito de ortorexia foi criado em 1997 pelo médico norte-americano Steven Bratman, que uniu os termos gregos orto (correto) e orexis (apetite) para preencher classificar pacientes que não se enquadravam em nenhum dos termos já conhecidos. Esse novo comportamento tratou de classificar aqueles indivíduos que buscam uma alimentação saudável de forma tão obsessiva que são capazes de adotar medidas extremas para manter a pureza do organismo e, em seu entendimento, preservar a saúde. 
– São pessoas que se preocupam de forma excessiva com a qualidade da alimentação. Esse grupo vai, aos poucos, cortando e limitando a variedade da alimentação. Com isso, começam a aparecer problemas subclínicos decorrentes da deficiência de nutrientes – destaca a nutróloga e diretora do Departamento de Distúrbios Alimentares da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), Maria Del Rosario. 


Rotina é alterada aos poucos


Sem obedecer a um padrão específico e sem pré-disposição para algum sexo ou idade, a ortorexia nervosa dá seus primeiros sinais de forma sutil. Inicialmente, o indivíduo fica fixado com a alimentação: lê rótulos, corta do cardápio grupos alimentares inteiros, especialmente carnes, laticínios e glúten. Industrializados, produtos ricos em sódio, açúcar, gordura, corantes e outros itens também são eliminados. Em seguida, o paciente pode ficar obcecado com o preparo da comida, o que passa a ocupar a maior parte do seu tempo. A forma como os alimentos são cortados e até mesmo os utensílios usados geram angústia entre ortoréxicos. Por fim, a obsessão pode chegar a afetar a vida social, que é abandonada para fugir dos alimentos considerados impuros. 
– A vida exige flexibilidade para tudo. Existem situações em que é preciso escolher o ¿menos pior¿, e não o melhor, mas isso não pode gerar sofrimento – avalia a nutricionista clínica e professora do curso de Nutrição da Unisinos Ana Harb, que defende uma alimentação saudável, mas sem radicalismos. 
– Tudo que for trazer respostas positivas tem de ser introduzido na rotina. O que não pode é ser a única coisa na vida – explica a psicóloga e membro do Atendimento Multidisciplinar de Anorexia e Bulimia (Amab) Ieda Zamel Dorfman.
Como se o feitiço virasse contra o feiticeiro, aquilo que era entendido como bom passa a trazer resultados péssimos para a saúde. Nutrientes fundamentais são perdidos, e sua falta pode provocar queda de cabelo, sinais de fraqueza e emagrecimento excessivo. Em casos mais graves, o quadro de desnutrição gerado pelo problema pode levar à morte. 
Bratman descreve em seu site uma dessas histórias extremas. Ocorreu em 2003 e vitimou a instrutora de yoga Kate Finn, moradora da Califórnia, nos Estados Unidos. De acordo com o relato feito pela própria mulher em 1998, ela passou anos em busca de respostas para os distúrbios de que sofria. Adepta do veganismo, abdicou da filosofia tentando a cura para problemas digestivos – acreditava que excesso de carboidratos e falta de proteínas pioravam os sintomas. Adotou a alimentação viva. Sem êxito, abortou a restrição alimentar e mergulhava em um pote de sorvete a cada noite antes de dormir. A oscilação na balança preocupava, e médicos chegaram ao diagnóstico de anorexia. Em 1997, Kate Finn teve contato com o texto de Bratman sobre o novo conceito. 
"Ela resistiu ao diagnóstico e ao tratamento recomendado porque eles não pareciam se encaixar. Ela não tinha medo de ser gorda. Ela não queria ser magra. Ela só queria comer alimentos saudáveis. Em sua mente, ela estava doente, e, portanto, era preciso se purificar", escreveu o médico em seu site. Em função do radicalismo, Kate morreu de desnutrição. 


Conceito ainda em discussão

 
Muito se fala que alimentação saudável e atividades físicas regulares formam uma dupla imbatível para manter a saúde em dia e poderiam, inclusive, ser os ingredientes principais da receita de longevidade. No entanto, uma linha tênue separa a ortorexia de um comportamento preventivo. ¿Ortorexia não é o mesmo que devoção por uma alimentação saudável. A última é uma escolha consciente. A ortorexia é uma obsessão por alimentos saudáveis que envolve outros fatores emocionais e torna-se psicologicamente e, talvez até mesmo fisicamente, não saudável. É um distúrbio alimentar¿, pontua Steven Bratman, autor do conceito.
Embora, na origem do termo, o que difere um ortoréxico de um anoréxico seja a preocupação com a saúde e não com a imagem ou a balança, a psicóloga Ieda Zamel Dorfman não vê um distanciamento entre os problemas. Para ela, a ortorexia seria um viés dentro de um quadro de bulimia ou anorexia, por exemplo.
– A tendência, hoje, é colocar isso como se fosse algo fora desses transtornos. Mas não consigo entender como algo separado. É um item que está dentro deste transtorno – pondera. 
Impulsionado pelas redes sociais e pela mídia, o ¿comer saudável¿ se popularizou e obrigou Bratman a fazer uma atualização de seu primeiro conceito. Em 2015, ele acrescentou que ortorexia e anorexia caminham juntas. Isso porque observou uma mudança no comportamento dos anoréxicos: agora, eles não pensam mais em contar calorias, mas, sim, em comer alimentos que façam bem. Acontece que as pessoas que sofrem com esse distúrbio não conseguem dissociar produtos saudáveis daqueles que têm baixas calorias. ¿Aqueles com anorexia focam somente em evitar alimentos, enquanto aqueles com ortorexia evitam alimentos que julgam serem ruins e abraçam os que acham ser os supersaudáveis¿, escreveu. 
Na mesma linha, Bratman observa que ortoréxicos podem induzir o vômito ou mesmo apelar para laxantes a fim de eliminar toxinas. Nesse caso, seria uma associação com a bulimia.
– É muito mais uma questão psicológica do que propriamente da alimentação – diz a professora de Nutrição Ana Harb.
Para a nutróloga Maria Del Rosario, o ponto chave para uma recuperação do indivíduo é a flexibilização. Ela acredita que a pessoa precisa deixar a rigidez de lado e voltar a comer os alimentos que foram excluídos da dieta. Exames de sangue e densitometria óssea podem ser a primeira cartada usada por um especialista para comprovar que há deficiências importantes no organismo. 
Se o quadro for mais grave, é preciso a intervenção de uma equipe multidisciplinar, que inclui psicólogos, psiquiatras e nutricionistas. Nesses casos, a utilização de medicamentos não é descartada, pois a carência de alguns nutrientes, como a vitamina B12, por exemplo, pode provocar confusão mental, afirma a especialista. 
Anna Júlia inventou que sofria de diabetes para não comer doces  
 
Foto: Félix Zucco / Agencia RBS
 
 
 
Saúde e vida social prejudicadas

 
Extremamente preocupada com a estética do seu corpo, a estudante de Nutrição Anna Júlia Moll, 19 anos, chegou a criar doenças e problemas alimentares fictícios para justificar o fato de não comer determinados alimentos. Com um quadro que se encaixa no que Bartman definiu em 2015 como uma anorexia com padrões de ortorexia, Anna Júlia não recebeu o diagnóstico de nenhum especialista, mas percebeu que sofria de ortorexia durante uma aula de psicologia.
– Eu achava que era normal, o que fazia era comum para mim. Era comida saudável e, se é saudável, estou certa – relata.
O problema começou quando, aos 16 anos, tornou-se obcecada por tudo que comia. Só ingeria o que ela mesma preparava, sem sal e sem gordura, e pesava obsessivamente os alimentos. Nem as refeições feitas pela mãe eram confiáveis:
– Minha mãe sempre colocava algo para eu comer. Ela tentava me enganar, mas eu não comia.
Nessa época, Anna Júlia chegou a se alimentar basicamente de frango temperado com limão, brócolis, batata-doce e ovos. Nenhum tipo de gordura, nem mesmo azeite de oliva, era permitido. 
Para ter certeza do que estava consumindo, prestava atenção em cada detalhe dos rótulos das embalagens e ainda costumava ficar de olho nas compras alheias no supermercado. Inflexível, percebeu que havia passado dos limites quando ¿decidiu¿ que era diabética e que não podia consumir laticínios:
– Achei que precisava parar de comer doces e lactose porque, assim, iria perder barriga. Aí, pensei: ¿A partir de hoje, eu vou ter diabetes e intolerância à lactose, e não vou comer mais isso. Se comer, vou passar mal¿. Me obrigava a não comer, e não comia.
Esse quadro de fixação por alimentos saudáveis veio depois que a jovem perdeu 36kg, chegando aos 50kg em função de uma anorexia que ela não admitia. Comendo apenas salada em todas as refeições, chegou a ter anemia e parou de menstruar. Depois do acompanhamento médico, o quadro evoluiu para uma obsessão por tudo que era dito saudável.
Vivendo em regime de isolamento, Anna Júlia se afastou das amigas, deixou de frequentar festas e sair à noite para não cair em tentação.
– Perdi uma parte da minha juventude e adolescência. Agora, eu escolhi ser mais feliz. Aquilo de pensar muito no que tu vais comer te deixa neurótica. Quero que a comida seja um prazer – fala a estudante que, depois de ingressar na faculdade, conseguiu alcançar o equilíbrio na alimentação e se permite três refeições livres por semana.


Não há mocinhos nem vilões

 
Assim como as redes sociais – onde as pessoas mostram-se sempre bonitas e felizes –, a mídia também tem papel fundamental na discussão de questões relacionadas à alimentação, na avaliação da nutróloga e diretora do Departamento de Distúrbios Alimentares da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), Maria Del Rosario. Não é incomum surgirem produtos tachados como ¿bons¿ ou ¿ruins¿, criando aquilo que a nutróloga chama de ¿demonização dos alimentos¿ sem que haja comprovação científica.
O mesmo efeito é percebido em perfis de pessoas que pregam um estilo de vida saudável em blogs e no Instagram. Elas podem influenciar e incentivar pessoas que já enfrentam algum problema.
– Sabemos que a internet é uma ferramenta boa e também perigosa. Dependendo do estado psíquico, se tiver uma blogueira na ponta, a pessoa pode ir atrás dela como se fosse um guru. E vai seguir sem distinguir o que está demais e o que está de menos – diz a psicóloga Ieda Zamel Dorfman, que ainda menciona a existência de sites que ensinam as meninas a serem anoréxicas ou bulímicas. Segundo a especialista, celebridades e até mesmo amigas podem ser influenciadoras de determinados comportamentos.


Blogueira virou exemplo de superação


Um caso que se tornou conhecido foi o da norte-americana Jordan Younger, que criou em 2013 o blog The Blond Vegan (A Loira Vegana, em tradução livre), no qual dividia com os leitores a rotina da sua dieta vegana. Em 2015, ela se viu obrigada a admitir que sofria com um distúrbio alimentar e chegou a trocar o nome do site para The Balanced Blonde (A Loira Balanceada, também em tradução livre). Com mais de 134 mil seguidores no Instagram, a jovem ficou viciada em alimentos chamados ¿detox¿, que têm como objetivo desintoxicar e limpar o organismo. 
Perda de peso e falta de menstruação foram alguns dos efeitos contrários que ela obteve com a restrição. Após declarar que tinha distúrbios alimentares, Jordan foi tema em sites, jornais e revistas voltados para jovens.


Diário Gaúcho 

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Catarinense está por trás de loja de produtos exclusivos para canhotos


Catarinense está por trás de loja de produtos exclusivos para canhotos No Destro/Reprodução

 Abridor de latas é um dos produtos mais vendidos 


Foto: No Destro / Reprodução


O nome No Destro já dá uma pista: quem usa a mão direita não é bem-vindo ali. A loja virtual é especializada em produtos para canhotos e foi criada pelo catarinense Ricardo Michels Silva, de Camboriú.
Por incrível que pareça, ele é destro. A ideia de criar a No Destro, lançada há mais de um ano, veio depois de observar uma ex-namorada, esta sim canhota, tentando descascar com dificuldade uma laranja . Formado em Matemática, Ricardo é funcionário público na Prefeitura de Camboriú e toca a loja sozinho nos períodos de folga.
Produtos comuns do dia a dia, como abridor de latas, tesouras e canetas  são os mais vendidos. A loja tem um foco na linha escolar, portanto há bastantes opções de materiais como cadernos  desenvolvidos para serem folheados a partir do lado esquerdo e réguas especiais para quem desenha linhas da direita para a esquerda. Esses dois itens, inclusive, foram desenvolvidos pelo próprio Ricardo.
— Como queria focar mais em produtos para a escola, precisava desses itens e não os achei no mercado. Então, procurei quem fabricava e mandei fazer do jeito que devia ser feito — conta Ricardo, que investiu um total de R$ 10 mil na loja virtual.
Para o futuro, ele ainda pretende incluir mais itens úteis como colheres para crianças pequenas, apontador de lápis e facas.


Diário Catarinense 

Oito hábitos brasileiros que não pegam bem em outras culturas


Oito hábitos brasileiros que não pegam bem em outras culturas   Reprodução/Facebook


Foto: Reprodução / Facebook


Tomar um sorvete na rua, fazer sinal de positivo com o polegar para cima¿ Alguns gestos e comportamentos soam tão naturais para nós, que nem imaginamos que algumas culturas possam considerá-los mal-educados. Ao fazer uma viagem internacional, é sempre bom ficar atento a comportamentos que possam ser vistos como rudes ou ofensivos.
A lista abaixo, com alguns hábitos que devem ser evitados ao visitar certos países, foi elaborada pelo site KAYAK.

    
Mascar chiclete em público – Cingapura


Mascar chiclete em público não é só considerado falta de educação por lá: é proibido por lei. A multa por cuspir a goma de mascar na rua e sujar as vias públicas pode passar de R$ 1 mil.


Fazer "joinha" – Países no Oriente Médio


Em muitos países do Oriente Médio, fazer sinal de positivo com o polegar para cima equivale a mostrar o dedo médio para alguém. Se você quiser mostrar aprovação, talvez seja melhor simplesmente sorrir.


Dar gorjeta – Japão e Coreia do Sul


Ao visitar um bar ou restaurante no Japão ou na Coreia do Sul, o simples ato de deixar uma gorjeta para o garçom pode gerar confusão. Na maioria dos casos, eles irão educadamente recusar, pois sentem orgulho em fazer seu trabalho bem feito e não acham que precisam de um incentivo extra além do salário que já recebem. Se você forçar, pode ser que seja até mesmo perseguido pelo garçom na rua para que ele possa lhe entregar o troco.


Aperto de mão firme – Filipinas


Cumprimentar alguém com um firme aperto de mão é mais do que normal no Brasil. Mas, nas Filipinas, um aperto de mão forte é considerado agressivo e até desrespeitoso em certas ocasiões. 


Comer onde não sirvam comida – Ruanda


Em Ruanda, é considerado rude comer em qualquer local que não seja um restaurante, bar ou hotel. Fazer um lanchinho no ônibus? Refrescar-se com um sorvete na rua? Pode esquecer. 


Atrasar-se – Alemanha


Marcar de encontrar com os amigos às 19h e chegar às 20h não é nada raro no Brasil. Mas em países como a Alemanha, deixar os outros esperando passa a impressão de que você acha o seu tempo mais importante do que o dos outros. 


Encher a comida de tempero – Itália, Espanha e Japão


Em culturas gastronômicas como Itália, Espanha e Japão, pedir pelo molho de tomate, pimenta ou shoyu para colocar na refeição pode causar estranhamento. Antes de solicitar seu tempero favorito em um restaurante mais requintado, veja se ele já está na mesa: caso contrário, talvez seja um bom momento para ampliar o seu paladar.


"Limpar o prato" – Tailândia e China


Muita gente se lembra de não poder deixar a mesa de jantar até terminar toda a sua comida. Mas, na China e na Tailândia, se você for convidado à casa de alguém e não deixar sobrar nada no prato, pode causar a impressão de que o anfitrião não preparou uma quantidade suficiente. 


Diário Catarinense

Nascido para correr? Estudo sugere que gosto por exercícios começa no útero da mãe


Nascido para correr? Estudo sugere que gosto por exercícios começa no útero da mãe Guto Kuerten/Agência RBS


Foto: Guto Kuerten / Agência RBS


Pesquisadores do Baylor College of Medicine, de Houston, nos Estados Unidos, descobriram que filhos de mulheres que fazem, voluntariamente, exercícios na gravidez se tornam adultos fisicamente mais ativos. A pesquisa foi publicada no científico The FASEB Journal.
Para o professor de pediatria e especialista em nutrição e genética humana e molecular do Centro de Pesquisas em Nutrição Infantil da Baylor, um dos autores do trabalho, embora a investigação tenha sido feita com ratos, "vários estudos em humanos relataram resultados consistentes com os nossos".
Por exemplo, estudos de observação constataram que as mulheres que são fisicamente ativas quando estão grávidas têm crianças que também tendem a se mexer mais. Um dos fatores é que mães poderiam passar aos seus descendentes uma predisposição genética para praticar exercícios.
– Nossa pesquisa com ratos é importante porque pudemos analisar todos os efeitos da equação. Foram estudados camundongos geneticamente idênticos e a quantidade de atividade física das mães antes da gravidez foi cuidadosamente controlada – disse Waterland.
A equipe de pesquisadores selecionou ratos fêmeas que gostavam de correr. Eles foram divididos em dois grupos: um teve acesso a rodas de corrida antes e durante a gravidez, e o outro, não. Durante o início da gestação, as fêmeas que  correram uma média de 10 quilômetros por noite. Elas se exercitaram menos com o avanço da gravidez, mas, mesmo no início do terceiro trimestre,  correram (ou andaram) por pelo menos três quilômetros a cada noite.
Os pesquisadores descobriram que os ratos nascidos de mães que se exercitaram durante a gravidez eram cerca de 50% mais ativos fisicamente do que aqueles nascidos de mães que não foram tão ativas. A atividade aumentada persistiu até a idade adulta e até melhorou a capacidade para perder gordura durante três semanas de programa de exercício voluntário. O estudo apoia a ideia de que o movimento durante a gravidez influencia o desenvolvimento do cérebro fetal, tornando a prole mais ativa fisicamente ao longo da vida. 
– Embora a maioria das pessoas assuma que a tendência de um indivíduo ser ativo é determinado pela genética, os nossos resultados mostram claramente que o ambiente pode desempenhar um papel importante durante o desenvolvimento fetal – apontou Waterland.
Se um efeito semelhante for confirmado em humanos, pode representar uma estratégia eficaz para combater a epidemia mundial atual de sedentarismo e obesidade. O aumento da atividade física tem importantes implicações para a saúde, indicam os pesquisadores. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a atividade física insuficiente é um dos 10 principais fatores de risco para morte no mundo.Vários grupos de peritos, incluindo o Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas, têm recomendado que, na ausência de complicações, as mulheres grávidas que façam 30 minutos ou mais de exercício moderado por dia. 
– Acho que nossos resultados oferecem uma mensagem muito positiva. Se gestantes sabem que o exercício não só é bom para elas, mas também pode oferecer benefícios ao longo da vida para seus bebês, acredito que elas estarão mais motivadas para se mover — salienta Waterland.


Diário Catarinense 

sábado, 9 de abril de 2016

Infarto: causas, sintomas e tratamentos

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a cada dois minutos, um brasileiro morre de alguma doença cardíaca. Entre os principais problemas que atingem o órgão, o infarto e o AVC são os que mais causam mortes no país. Metade dos casos de infarto é fulminante.
Há poucos sinais que alertam o corpo de que o infarto está por vir. Dor no braço, no queixo e nas costas podem ser banalizados, mas são sintomas de aterosclerose – formação de placas de gordura dentro dos vasos que levam sangue ao coração. Quando esses vasos entopem, causam necrose no músculo cardíaco e, consequentemente, o infarto.


Diário Gaúcho 


Conheça a pitaia, fruta cheia de nutrientes e com poucas calorias


Conheça a pitaia, fruta cheia de nutrientes e com poucas calorias André Ávila/Agencia RBS


Foto: André Ávila / Agencia RBS


Uma fruta ainda exótica para os brasileiros, originária de regiões tropicais, tem chamado a atenção por suas propriedades nutritivas e pelo potencial em dietas de emagrecimento. É a pitaia — termo indígena que significa "fruto de escamas"—, também conhecida como fruta-dragão.
Como o nome sugere, a pitaia tem pele escamosa, com aparência semelhante à da alcachofra. Sob sua casca — que pode ser rosa ou amarela —, esconde-se uma polpa vistosa — branca ou avermelhada —, salpicada de pequenas sementinhas e rica em fibras, vitamina A e minerais como ferro, zinco, potássio e manganês. O sabor da fruta é doce, e a textura, gelatinosa.
A pitaia ficou conhecida entre os adeptos de dietas emagrecedoras na forma de seu extrato — o koubo. Agora, com a recente produção em maior escala no país, inclusive no Rio Grande do Sul, e comercialização em redes de supermercado, a fruta começa a aparecer timidamente nos pratos dos brasileiros.
— Antes falavam muito do koubo e não falavam da pitaia em si. Agora, não se vê quase prescrição de koubo, mas a pitaia está em evidência, sendo usada em preparações — observa a nutricionista Aldryn Sonis.

A fama de alimento "milagroso" no controle do peso tem fundamento. Por conter significativa quantidade de fibras, que ajudam a inibir a fome, e baixo teor calórico — 100g da fruta têm, em média, 50 calorias —, a pitaia pode, de fato, ser uma grande aliada de quem deseja perder alguns quilinhos.
— Dentre as frutas, ela é uma das que provocam maior duração da saciedade — afirma a nutricionista Antoniela Vieira.
Além disso, a pitaia ainda ajuda no controle do diabetes e do colesterol, previne doenças cardíacas, fortalece o sistema imunológico e é antioxidante.
Aldryn destaca que, por conta de seu sabor suave, a fruta vai bem em inúmeras receitas:
— O sabor dela se disfarça bem. Podem ser feitos suco, batida com iogurte natural e geleia. E a variedade que tem a polpa vermelha fica bonita nas receitas, porque confere uma cor rosa pink.


Diário Catarinense 


Beber café todos os dias pode reduzir os riscos de câncer colorretal 

 



Mesmo os descafeinados apresentaram resultado positivo nos homens e mulheres que participaram do estudo

Beber café todos os dias pode reduzir os riscos de câncer colorretal Valentyn Volkov/Shutterstock
 
Foto: Valentyn Volkov / Shutterstock
 
 
Tomar aquele santo cafezinho preto – mesmo descafeinado – ganhou um novo estímulo. Pesquisadores da University of Southern California (USC) descobriram que o consumo diário de café diminui os riscos de desenvolver câncer colorretal.
O estudo foi feito com 5.100 homens e mulheres que foram diagnosticados com a doença nos últimos seis meses e com 4 mil pessoas sem histórico para esse tipo de câncer. Os participantes relaram sobre o consumo diário da bebida – se espresso, passado, descafeinado ou filtrado – e de outros líquidos. A pesquisa reuniu ainda informações sobre hábitos dos participantes que poderiam ter influencia no risco de câncer colorretal, como histórico familiar de câncer, alimentação, atividades físicas e tabagismo.
– Nós descobrimos que quanto mais café consumido, menor o risco (para desenvolver câncer colorretal) – disse Stephen Gruber, diretor do Centro Norris Comprehensive Cancer da USC e principal autor do estudo.
Os dados mostraram que mesmo o consumo moderado de café, entre uma a duas porções por dia, foi associada com uma redução de 26% na probabilidade de desenvolver cancro colorretal após o ajuste para fatores de risco conhecidos. Além disso, o risco de desenvolvimento da doença continuou a diminuir até 50%, quando os participantes beberam mais do que 2,5 porções de café por dia. A indicação de diminuição do risco foi observado em todos os tipos de café, tanto com cafeína e descafeinado.
– Ficamos um pouco surpresos ao ver que a cafeína não parece ser a questão – disse Gruber. – Isso indica que a cafeína por si só não é responsável por propriedades protetoras do café.
O café contém diversos elementos que contribuem para a saúde colorretal em geral. A cafeína e polifenóis, por exemplo, podem atuar como antioxidantes, o que limita o crescimento de potenciais células de câncer do cólon. Melanoidina gerados durante o processo de torra podem incentivar a mobilidade do cólon. Já os diterpenos podem prevenir o câncer, aumentando a defesa do corpo contra danos oxidativos.
Parte da pesquisa também foi realizada por uma equipe liderada pelo diretor do Centro Nacional de Controle do Câncer de Israel, Gad Rennert. De acordo com o especialista, mesmo naquelas populações em que a bebida não seja tão disseminada.
– Embora o consumo de café em Israel seja menos comum, nossos resultados indicam semelhanças na redução do risco em relação àquelas que consumem vários tipos de café – disse Rennert.
O estudo está disponível na revista Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention, que é publicaao pela Associação Americana de Pesquisa do Câncer.
– A partir desta evidência, precisamos fazer uma investigação adicional antes de advogar para o consumo de café como uma medida preventiva – acrescentou Gruber. 
O câncer colorretal é o terceiro tipo mais comum de tumor diagnosticado em homens e mulheres nos Estados Unidos. Cerca de 5% dos homens e pouco mais de 4% das mulheres desenvolvem a doença durante sua vida útil. A American Cancer Society (ACS) estima que, nos Estados Unidos, mais de 95 mil novos casos de câncer de cólon e 39 mil novos casos de câncer retal serão diagnosticados em somente neste ano.



Diário Catarinense




Alimentação balanceada favorece emagrecimento saudável





Quem deseja perder peso costuma achar que basta cortar alguns alimentos e criar um déficit calórico para chegar mais perto do objetivo. O problema é que dietas restritivas não costumam ter efeito a longo prazo. Se o seu objetivo é mudar de vez, a melhor opção ainda é ir em busca de uma alimentação balanceada.

Dieta ou alimentação balanceada?

 

Ter uma alimentação balanceada significa consumir as quantidades adequadas de alimentos de todos os grupos, a fim de levar uma vida saudável. A dieta é comumente associada a um regime alimentar para perda de peso, mas a verdade é que também pode ser vista como a forma como nos alimentamos.
Seguir uma boa dieta significa ter um estilo de vida nutricional que promove a saúde e a qualidade de vida. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma alimentação saudável pode proteger o corpo humano contra várias doenças, principalmente as não transmissíveis.
Entram aqui obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, certos tipos de câncer e condições esqueléticas. Para obter a nutrição adequada você deve consumir a maioria de suas calorias diárias a partir de frutas e vegetais frescos, grãos integrais, legumes, nozes e proteínas magras.


alimentação balanceada
 
Uma alimentação balanceada inclui diversos grupos alimentares a cada refeição. 
 
Foto: iStock, Getty Images
 

Benefícios de comer corretamente

 

Há vários benefícios associados à dieta balanceada – que vão além da manutenção da saúde. Confira quais são alguns deles:
  • Perda de peso
Comer alimentos saudáveis pode promover a perda de peso. Primeiro porque eles são menos calóricos e segundo porque permitem que o seu corpo funcione corretamente. Consumir bastante proteína, por exemplo, é capaz de ajudar a construir a massa muscular magra.
Já os carboidratos ajudam a dar a energia para atividades físicas – fundamentais para o emagrecimento. Saiba que em dietas restritivas o corpo encontra outras fontes de energia – dentre as quais seus músculos. É por isso que seu metabolismo desacelera, sua saúde óssea diminui e o risco de doenças aumenta.
  • Sistema imunológico
Ter uma dieta equilibrada é bastante importante o bom funcionamento do sistema imunológico. É que ela ajuda a assegurar que vitaminas, minerais e outros nutrientes necessários para que ele funcione corretamente estejam disponíveis.
Leve em consideração que mesmo deficiências mínimas de certos nutrientes podem prejudicar a função do sistema imunológico. Principalmente quando há carência de vitaminas A, do complexo B, C e E, zinco, ferro e selênio.
  • Saúde do coração
De acordo com a American Heart Association, uma dieta saudável é uma das suas melhores armas contra doenças cardiovasculares. Recomenda-se adicionar peixes à alimentação pelo menos duas vezes por semana, principalmente aqueles ricos em ácidos graxos ômega 3, capazes de ajudar a diminuir os riscos de doença arterial coronariana.
  • Energia
Um dos benefícios mais notáveis ​​de uma dieta equilibrada é a energia. Manter o seu corpo abastecido com as proporções corretas de vitaminas, minerais e nutrientes pode dar a você a energia que precisa para aproveitar ao máximo o seu dia.
Carboidratos saudáveis, como grãos integrais, frutas, vegetais e legumes possuem uma digestão mais lenta, mantendo o açúcar no sangue e os níveis de insulina estáveis ao longo do dia. Isso resulta em mais energia.
DOUTÍSSIMA / TERRA 



Cosméticos e produtos de higiene para as crianças precisam ser escolhidos e usados com cautela 

 



Especialista diz que quanto mais precoce for a exposição aos produtos químicos, maior o risco de alergia no futuro

Cosméticos e produtos de higiene para as crianças precisam ser escolhidos e usados com cautela Tadeu Vilani/Agencia RBS
 
Gabriela, cinco anos, usa apenas maquiagem infantil e está sempre supervisionada pela mãe, Maurem 
 
Foto: Tadeu Vilani / Agencia RBS
 
Fernanda da Costa

Não é incomum encontrar crianças maquiadas, com unhas pintadas ou gel nos cabelos. São os pequenos consumidores que fazem do Brasil um dos maiores mercados mundiais para cosméticos infantis. De produtos de higiene básica, como sabonete e xampu, a perfumaria e maquiagens, médicos alertam para que os pais avaliem muito bem a segurança e a necessidade dos itens destinados às crianças.
Por ser mais sensível, a pele dos pequenos pode sofrer reações alérgicas graves em contato com esses produtos químicos.
— A pele das crianças é mais fina e porosa do que a dos adultos, por isso absorve mais os produtos e tem maior risco de apresentar reações — explica a dermatologista Lia Dias Pinheiro Dantas, médica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
Além disso, as glândulas sebáceas das crianças não produzem tanta oleosidade, desenvolvida a partir da adolescência, conforme a dermatologista Luciana Boff de Abreu, do Hospital São Lucas da PUCRS. A especialista completa que, assim como a pele, os cabelos das crianças também são mais finos e exigem cuidado.
A orientação é que os pais usem somente produtos infantis e específicos para a faixa etária dos filhos. Também é necessário ficar atento à data de validade e ao registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A dermatologista Mariana Soirefmann, secretária científica da Sociedade Brasileira de Dermatologia no Rio Grande do Sul, ainda indica a escolha de produtos antialérgicos, suaves e com menos perfume ou corante, que sejam dermatologicamente testados.
O modo de usar e a quantidade certa para aplicar na pele também devem ser respeitados.
Quanto aos produtos para adultos, as médicas são unânimes em dizer que eles jamais devem ser usados nas crianças. Eles podem causar desde alergias a dermatites de contato, reações inflamatórias cujos sintomas podem ser erupções, bolhas, descascamento, escurecimento da pele, fissuras, secura, urticária, vermelhidão ou úlceras. Até mesmo os produtos infantis podem causar reações, caso as crianças sejam alérgicas.
— Quando um produto causa reação alérgica na criança, recomenda-se suspender o seu uso e consultar um dermatologista ou pediatra para indicar o tratamento mais adequado a cada caso — explica Mariana.
Mesmo que os cosméticos não causem alergias, a pele das crianças fica mais sensível com a aplicação dos produtos químicos. Por isso, os pais precisam avaliar a necessidade de cada item. Fora os produtos de higiene básicos usados diariamente, as dermatologistas indicam aplicação de protetor solar, creme hidratante e repelente, que podem proteger as crianças. Maquiagens, esmalte e gel para cabelo devem ter o uso adiado ao máximo.
— Quanto mais precoce for a exposição aos produtos químicos, maior o risco de alergia no futuro — diz Luciana.
Evitar o uso precoce significa ter de aprender a dizer não para as crianças. A professora de Direito Maurem Rocha, 39 anos, permite que a filha Gabriela, cinco anos, use batom e esmaltes desenvolvidos para as crianças, que saem com água. Outras maquiagens não são permitidas.
— Quando ela pede maquiagens, eu digo que não precisa, pois já é linda sem. Tem de ser algo lúdico, nos momentos em que ela está brincando com as bonecas, e acaba passando em mim e nela também. Não algo para ficar bonita — afirma.


Diário de Santa Maria