sábado, 24 de outubro de 2015

Desintegração de planeta sugere como será o fim da Terra



A destruição de um sistema solar, captada pela primeira vez pelo telescópio Kepler, da Nasa, pode dar uma resposta para uma questão que muita gente se pergunta: o que vai acontecer com a Terra quando o Sol apagar?

As observações iniciais do Kepler foram corroboradas por outros telescópios na Terra
As observações iniciais do Kepler foram corroboradas por outros telescópios na Terra 
Foto: Nasa

Por ora, não é algo com o qual devamos nos preocupar - ainda faltam cerca de 5 bilhões de anos.
Mas pesquisadores descobriram os restos de um mundo rochoso em vias de decomposição girando em torno de uma anã branca (o núcleo ardente que permanece de uma estrela quando ela já consumiu todo seu combustível nuclear), que pode fornecer pistas interessantes sobre o possível cenário do "fim do mundo".
A estrela moribunda, do mesmo tipo que nosso Sol e batizada de WD1145+017, fica na constelação de Virgo, a 570 anos-luz da Terra.
Segundo um estudo publicado esta semana pela revista , a diminuição regular da intensidade de seu brilho - uma queda de 40% que se repete a cada 4,5 horas - indica que há vários pedaços de rocha de um planeta em decomposição orbitando em espiral a seu redor.
"Isso é algo que nenhum ser humano tinha visto antes", afirmou Andrew Vanderburg, pesquisador do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian e principal autor do estudo.
"Estamos vendo a destruição de um sistema solar."
O planeta em questão, explica o cientista, seria menor que a Terra: teria tamanho semelhante ao de Ceres (o maior objeto do cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter), ainda que, no passado, possa ter sido maior. 

Um retrato do que virá 

 

Quando o Sol se apagar, em 5 bilhões de anos, ele vai se transformar, primeiro, em uma gigante vermelha e seu tamanho aumentará 200 vezes
Quando o Sol se apagar, em 5 bilhões de anos, ele vai se transformar, primeiro, em uma gigante vermelha e seu tamanho aumentará 200 vezes 
Foto: Nasa

As imagens de Kepler, corroboradas por observações e medições de outros telescópios, mostram um total de seis ou mais fragmentos rochosos e poeira.
Isso indica que o planeta está em processo de decomposição, impulsionado pela gravidade da estrela que o atrai em direção a ela.
Os restos estão evaporando, e no processo deixam uma cauda de moléculas - que explica a presença de poeira- como se fossem cometas.
Os cientistas acreditam que a morte da estrela possa ter desestabilizado a órbita de um planeta maciço vizinho a ponto de empurrar outros planetas rochosos menores em direção à estrela.
"Acreditamos que descobrimos o processo em seu início", disse Patrick Dufour, físico da Universidade de Montreal, no Canadá, e coautor do estudo.
"Isso é muito raro e muito interessante", acrescentou.

A hora final

Quando chegar a vez no nosso Sol, que ainda vive em plenitude, o mais provável é que este processo se repita.
Assim como o WD1145+017, quando o hidrogênio acabar o Sol começará a queimar elementos mais pesados como hélio, carbono e oxigênio, e se expandirá de forma massiva até se desfazer de suas camadas externas e se tornar uma anã branca de tamanho semelhante ao núcleo de nosso planeta.
Ao fazer isso, consumirá provavelmente a Terra, Vênus e Mercúrio. E, na eventual hipótese de a Terra sobreviver a esta convulsão, ela acabará destruída em pedaços à medida que a gravidade da anã branca a atrair em direção a ela.
"Podemos estar vendo como nosso próprio sistema solar vai se desintegrar no futuro", explica Vanderburg.
Por sorte, ainda faltam bilhões de anos para isso. 



BBC BRASIL / TERRA  


Aprenda a evitar o incômodo causado pelas viroses de verão

Febre, vômitos, dores abdominais e diarreia. Se você ou alguém da família estiver com estes sintomas, pode estar com uma das famosas viroses de verão.




Mais comuns durante a estação do calor, as viroses gastrointestinais, ou enteroviroses, estão relacionadas a questões como higiene e alimentação. Alimentos como frutas e verduras não refrigerados ou não lavados adequadamente podem estar contaminados por vírus, bactérias ou parasitas, principais causadores das diarreias agudas.


Outra dica importante é ficar de olho no que se bebe. Para a ingestão, a água deve ser mineral ou fervida. O mesmo vale para o gelo usado para refrescar as bebidas. A orientação é usar a água vinda da torneira somente para banho e serviços domésticos.


Confira as recomendações para garantir um verão sem imprevistos:


::: Evite a automedicação e procure um posto de saúde ou o hospital mais próximo
::: Hidrate-se muito. Consuma bastante água, soro caseiro, sucos e isotônicos
::: Lave bem frutas e verduras antes de consumi-las
::: Mantenha alimentos bem refrigerados
::: Lave sempre as mãos antes de comer
::: Evite consumir bebidas preparadas em locais sem condições de higiene ou que venham com gelo, pois a água pode estar contaminada
::: Prefira alimentos industrializados aos lanches, espetos e outros alimentos vendidos na praia
::: Lave cuidadosamente as mãos, principalmente após usar o banheiro e antes de se alimentar


 JSC



Caminhada reduz a vontade de comer doce e de fumar, aponta estudo

Participantes que caminharam em uma esteira sofreram menos sem chocolate



Estar acima do peso é uma preocupação de muita gente. Fazer dietas e exercícios pode ajudar a emagrecer e ainda a eliminar certos vícios, como o cigarro. Segundo um estudo feito em 2008, fazer caminhada acelerada ajuda a aliviar a vontade de comer ou mesmo de fumar.

Um número de pessoas — que chegavam a comer pelo menos duas barras de chocolate por dia — foram submetidas a três dias de abstinência. Foi constatado que, se os participantes caminhavam cerca de 15 minutos em uma esteira em ritmo acelerado, a probabilidade do sofrimento sem chocolate era menor.

Outra pesquisa também comparou a questão da caminhada com o vício do fumo. Caminhadas rápidas chegaram a reduzir a vontade de fumar, além dos sintomas de abstinência e do aumento do tempo entre um cigarro e outro.

— Atualmente, diversas doenças são causadas pelo excesso de peso e pelo consumo indiscriminado do fumo. Portanto, uma medida simples e de baixo custo como a caminhada pode ser uma solução importante no combate a estas doenças — explica o enfermeiro e tutor do Portal Educação, Alisson Daniel.


BEM-ESTAR DO CLICKRBS
Caçadorense pesquisa a cura do reumatismo

Farmacêutico Rossano Balena, 28, começou estudos na faculdade



Estudos que o farmacêutico Rossano Balena, 28, começou na faculdade podem resultar num grande avanço para a medicina. O caçadorense desenvolveu uma pesquisa que pode representar a cura para portadores de doenças reumáticas. Os testes oficiais iniciam agora através de parceria firmada com a Universidade Federal do Paraná.
Balena atua na área há aproximadamente oito anos e revela que procurou fazer um estudo inovador. “A artrite não tem cura, apenas tratamento. Foi a partir daí que comecei a pesquisa, buscando algo que pudesse melhorar a vida das pessoas”, conta. Segundo ele, “o medicamento é um antiinflamatório voltado para a cura do reumatismo, fibromialgia e ácido úrico (gota) de modo que a doença não tenha reincidência após o término do tratamento”.
No dia 12 de janeiro deste ano foi firmada oficialmente a parceria com a UFPR, com a presença do reitor Zaki Akel, o professor do departamento de ciências biológicas do campus, Paulo Dalsenter, a presidente da Associação dos Portadores de Doenças Reumáticas (ADORE), Maria Delvani, a advogada do farmacêutico, Camila Santin, e o deputado Stephanes Junior que vai destinar recursos para a continuidade da pesquisa.
“Fico feliz com o reconhecimento do meu trabalho e a oportunidade de ver ele sendo colocado em prática. Até então foi preciso muito esforço e até investimento do próprio bolso”, comenta Balena. Com o repasse dos recursos devem iniciar os testes oficiais exigidos pela Anvisa, para então viabilizar a comercialização do medicamento.
A expectativa, segundo o farmacêutico caçadorense, é que em até 15 meses esteja pronto o dossiê com a parte burocrática do estudo, contratos, patente internacional e fórmula.
Atualmente estima-se que 15 milhões de brasileiros sofram de doenças reumáticas, cujos principais sintomas são dor e calor nas articulações, edema (“inchaço”), rigidez matinal (dificuldade para movimentar as articulações ao acordar de manhã), fraqueza muscular e, conforme a patologia, lesões de pele, dor de cabeça, queda de cabelo, fadiga, emagrecimento e febre.
Caçador on line
 
 
 
Descoberto gel que reconstrói mama após retirada de tumor

Cirurgiões do hospital Germans Trias i Pujol, em Barcelona, desenvolveram um gel de plaquetas que restitui o volume da mama após a extração do tumor, colocado no mesmo ato cirúrgico e permite conservar o formato do peito.
A técnica, elaborada em colaboração com o Banco de Sangue e Tecidos da Universidade Autônoma de Barcelona, é pioneira no mundo e já foi aplicada em 50 mulheres com bons resultados, como informa a centro em comunicado.
O tratamento é fruto de um projeto de pesquisa liderado pelo cirurgião Joan Francesc Julián e constitui uma nova tecnologia aplicada à cirurgia que não requer reconstruções posteriores, nem a colocação de próteses mamárias para atenuar o vazio gerado pela extração de um tumor mamário.
Conforme os médicos, as plaquetas são obtidas do sangue de um doador e com elas é elaborado um gel com uma consistência similar à da mama, que restitui o volume e regenera paulatinamente as fibras de colágeno perdidas.
Embora circulem pelo sangue, as plaquetas não são células, mas fragmentos celulares, de modo que embora sejam de um doador não geram rejeição do receptor. Além disso, contêm fatores de crescimento e imunomoduladores que aceleram a reparação e regeneração do tecido.
Atualmente, sete de cada dez mulheres que têm câncer de mama precisam de uma tumorectomia ou extração do tumor, enquanto três de cada dez precisam de mastectomia, que representa a extração total do seio.
No caso das tumorectomias, até agora não se reconstruía a mama no momento da extração do tumor, mas posteriormente, e uma vez surgida uma deformidade, se recheava a área com ácido hialurônico e gordura da paciente, mas nem sempre com os resultados esperados.
A nova tecnologia foi patenteada pelas três instituições envolvidas no projeto, o hospital e o instituto Germans Trias, a Universidade Autônoma de Barcelona e o Banco de Sangue e Tecidos.
EFE/BOL

 
 
Conheça os benefícios da hidroginástica
 
 

A hidroginástica é um esporte que traz muitos benefícios para a saúde e para a forma física e pode, inclusive, ser mais eficaz que os demais exercícios.
O principal beneficio desse esporte é aliviar o estresse do dia-a-dia, deixando corpo e mente bem relaxados. Quando feita com freqüência e com acompanhamento de um profissional da área pode também melhorar a postura, dar mais flexibilidade ao corpo, melhorar a coordenação motora, fortalecer a massa muscular e aumento da resistência física.
Outra vantagem é que não é preciso saber nadar, basta manter a freqüência e aproveitar os benefícios!
Terra
 
 
Alimentos podem ser aliados do coração

Manter o motor funcionando por mais de 40 anos, sem que nenhuma pane ocorra, é uma missão impossível para muitas máquinas, mas não para o corpo humano. Conservar o sistema cardíaco em perfeito estado, por este período, é relativamente fácil. Porém, passado este período, as coisas começam a não ser tão simples. Uma boa alimentação na juventude pode prevenir muitos problemas cardíacos. É importante variar o cardápio, que deve ser composto de alimentos de baixas calorias. "Não existe alimento ‘mágico’, o importante é a variedade", afirma o cardiologista Dr. Fábio Leite Vieira. Servir-se de mantimentos que formam um prato colorido é a dica para ter certeza de que está se nutrindo de maneira correta. A cor está relacionada aos nutrientes que compõem a comida. Alimentos com pouco cloreto de sódio (sal de cozinha) são os mais indicados para o coração. Além destes, peixes são ricos em ômega 3 e 6 que fazem muito bem ao nosso sistema cardíaco. Uvas e seus derivados também são indicados. Carnes são fundamentais para uma dieta saudável. Dr. Fábio Vieira recomenda: "Devemos ingerir pelo menos duas ou três porções de carne branca - aves e peixes. E de quatro a cinco porções de carne vermelha", diz. "Lembrando novamente que a variedade é a palavra de ordem", completa. O consumo de azeite de oliva é liberado, desde que em pratos frios. "Todo óleo, após ser muito esquentado, sofre transformações que modificam o padrão de gordura para uma mais nociva. Por isso, devemos evitar reutilizar óleo de fritura que ficou muito tempo exposto às altas temperaturas", recomenda o Dr. Vieira. Nem toda gordura é vilã para o coração. As encontradas em carnes brancas de peixe são benéficas, mas passe longe das saturadas. Óleos de soja e de milho devem ser substituídos pelos óleos de canola e azeite. Nozes, castanhas e avelã são ricas em gorduras monoinsaturadas, o chamado colesterol bom, além de conter oxidantes. Estas castanhas devem ser consumidas com moderação, no máximo 50 gramas por dia. Mais do que isto pode fazer o ponteiro da balança disparar! Uma boa alimentação pede uma nutrição balanceada. "Colocando os nutrientes na ponta do lápis, teremos por volta de 50% a 60% de carboidratos, 20% a 25% de proteínas, 20% a 30% de gordura e 300 g a 400 g de frutas, verduras e legumes, ingeridos diariamente", orienta o cardiologista. O melhor é encontrar o equilíbrio entre os nutrientes, sem cometer excessos. Para que a alimentação não se torne uma inimiga, procure ajuda de um nutricionista. Assim conseguirá manter o peso, conservar o sistema cardíaco e todo o organismo.
Terra
 
 
Cientistas dizem ter descoberto gene que espalha o câncer

Cientistas da Universidade de Anglia Oriental, na Inglaterra, garantem ter descoberto o gene que propicia a extensão de muitos tipos de câncer, o WWP2, cujo bloqueio com remédios poderia representar um grande avanço na luta contra a doença.O estudo foi publicado na revista científica Oncogene.
A equipe de cientistas é dirigida pelo doutor Andrew Chantry, que afirma que a identificação deste gene pode ser um grande passo para soluções médicas no prazo de uma década para deter os tipos de câncer mais agressivos. Entre eles estão o de mama, cérebro, colo do útero e pele, que se alastram especialmente rápido.
"O desafio agora é identificar um medicamento potente que invada as células cancerígenas, destruindo a atividade do gene defeituoso", manifesta Chantry. "Começamos a experimentar uma molécula que achamos que pode fazer o trabalho. Se esse for o caso, poderemos criar uma nova geração de um só remédio para vários tipos de câncer", explicou o especialista.
O WWP2 é produto de uma enzima que une os elementos químicos dentro das células e está presente em todos os organismos humanos. "Todos temos o gene mas, quando ele é defeituoso, modifica o processo e ajuda o câncer a se desenvolver e se espalhar para outras partes do corpo", manifestou o doutor Chantry.

Caso fosse desenvolvido um medicamento que desativasse o WWP2, os tratamentos convencionais e as cirurgias poderiam ser limitadas aos tumores cancerígenos primários sem o risco de se instalarem em outras partes do organismo. A previsão de Chantry é de que este tratamento menos invasivo e com menos efeitos colaterais possa ser aplicado em um prazo de cinco a dez anos.
O grupo Câncer Resarch do Reino Unido expressou sua satisfação pela descoberta, mas com certa cautela. "Nas décadas recentes, pesquisadores de todo o mundo descobriram genes que impulsionam o crescimento do câncer e esta pesquisa é mais uma em uma lista que segue crescendo", declarou Kat Arney, porta-voz da organização.

EFE

 
 
Adeus, silicone

A ciência descobre que combinar células-tronco e gordura extraídas do próprio corpo proporciona bons resultados para dar maior volume às mamas e rejuvenescer a face

Como em um passe de mágica, tirar a gordurinha que está sobrando na barriga ou no culote e usá-la para aumentar os seios de forma definitiva. Isso feito de maneira natural, sem usar nada que não seja produzido pelo próprio corpo. Mais um sonho maluco de aficionadas pela beleza? Não no que depender de uma verdadeira revolução em andamento no mundo da beleza e que pode representar o fim dos implantes das próteses de silicone. Trata-se de um novo método que usa as células-tronco – capazes de se transformar em vários tipos de tecidos do organismo – presentes na gordura para reconstituir e dar volume maior às mamas. Exatamente como o silicone, mas sem as desvantagens de ser artificial.
A novidade vem sendo testada e usada em diversos países do mundo. Na Inglaterra, por exemplo, mulheres podem ir a um consultório e, em apenas cinco horas, trocar a gordura sobressalente no abdome ou nas coxas por seios maiores. A inglesa Michelle Freeman, 42 anos, passou pelo procedimento oito meses atrás. Em vez de usar as próteses de silicone, resolveu aproveitar a gordura excedente nas coxas para garantir os dois números a mais que hoje ostenta no sutiã. “Pareceu-me a melhor opção para um resultado mais natural e com menos riscos de efeitos colaterais”, disse a inglesa à ISTOÉ. Na Áustria, o cirugião Karl-Georg Heinrich, membro das sociedades americana e europeia de cirurgia estética, faz cerca de dois procedimentos desse tipo toda semana. “Cerca de 90% das pacientes ficam satisfeitas com os resultados a longo prazo”, disse Heinrich à ISTOÉ.
A ideia de usar células-tronco para aumentar as mamas começou a ganhar fôlego quando se descobriu que o tecido adiposo (gordura) é uma fonte generosa dessas estruturas. Antes, sabia-se de sua existência em outros locais, como a medula óssea, onde a extração é complicada e a concentração é menor. A título de comparação, um grama de tecido adiposo tem cerca de 500 vezes mais células-tronco que a mesma quantidade de medula. “Muita gente pode achar ruim ter de perfurar o osso para a extração de parte da medula, mas quem vai se importar em tirar um pouco de gordura do abdome?”, brinca a pesquisadora Nance Nardi, do departamento de genética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e coordenadora do laboratório de células-tronco da Universidade Luterana do Brasil. Com acesso fácil à gordura – só em 2009, mais de 1,6 milhão de lipoaspirações foram feitas em todo o mundo – os profissionais da cirurgia plástica logo se interessaram pelas possibilidades do uso dessas células.
Verificou-se que elas possuem potencial para aumentar a eficácia de uma técnica já conhecida, mas cujos resultados podem deixar a desejar: a lipoenxertia, caracterizada pelo uso da gordura excedente em uma região para restaurar outras áreas do corpo. Desde 1983, com o médico alemão Franz Neuber – que publicou o primeiro trabalho sobre o assunto –, são testados meios para aprimorar o método. Isso porque sua eficiência sempre foi ameaçada pelo risco de o próprio corpo reabsorver a gordura transplantada, jogando todo o esforço no chão.
No entanto, estudos mostram que, quando é possível enriquecer o enxerto com células-tronco – ou seja, deixá-lo com uma quantidade dessas células muito maior do que a que teria normalmente –, a realocação da gordura tende a ser mais bem-sucedida. Isso ocorre porque com a grande concentração de células-tronco há a criação de vasos sanguíneos que manterão a gordura permanentemente alimentada, reduzindo a possibilidade de o enxerto ser metabolizado pelo organismo. “As células-tronco são colocadas de volta em um ambiente com o qual elas já estão habituadas, em uma função que elas já conhecem”, explica Leandra Baptista, professora de ciências biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

IstoÉ
 
 
Diabetes é doença grave e silenciosa

A OMS calcula que 240 milhões de pessoas sejam diabéticas no mundo

Metade dos diabéticos não sabe que tem a doença. Silenciosa, a enfermidade atinge cerca de 10% da população adulta brasileira. Muitas vezes, as pessoas só descobrem que são portadoras da doença quando ela já está em estágio avançado. A informação é do especialista e professor de Endocrinologia e Metabolismo da PUCRS, Giuseppe Repetto. Especialista em diabetes há mais de 40 anos, Repetto acompanha de perto a doença que leva à morte e à invalidez prematura um número cada vez maior de pessoas. A organização Mundial de Saúde (OMS) calcula que 240 milhões de pessoas no mundo sejam diabéticas. E que, até 2025, esse número aumentará em 50%.

O médico explica que a diabetes tipo 1 é menos frequente, atingindo cerca de 10% dos diabéticos. Entretanto, a de tipo 2 é a mais comum. Possui fator hereditário e costuma se manifestar na maturidade. "Metade dos nosso diabéticos do RS não sabem que têm a doença. Provavelmente, eles já sejam há muito tempo e a doença já tenha causado vários estragos", diz Repetto.

O especialista ressalta que alguns fatores, como obesidade, podem ser um alerta para a possibilidade de a pessoa estar com diabetes. "Existem várias manifestações que são explícitas da doença, como mulheres cujos fetos morrem ou ganham bebês muito grandes ao nascer", observa. A recomendação é que as pessoas façam exame pelo menos uma vez por ano. A doença também está entre as principais causadoras de cegueiras, amputações de membros, insuficiência renal e mortes por doenças cardiovasculares. "Se o indivíduo descobrir precocemente, será mais fácil tratá-la", alerta.
C do Povo
 
 
Chá da folha de sucupira tem efeito analgésico, diz estudo

Sucupira é uma árvore comum no cerrado e em parte da Mata Atlântica

Novos potenciais medicinais das plantas não param de ser descobertos. Ao observar o uso e os relatos sobre o chá da folha de sucupira — conhecido por amenizar dores nas articulações e na garganta —, pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) resolveram estudar as propriedades da planta e descobriram que seu extrato tem eficientes atividades analgésica e antitumoral. A sucupira é uma árvore comum no cerrado e em parte da Mata Atlântica.
Ainda é o que se chama de pesquisa básica, sem mecanismos concretos de utilização (como um medicamento), mas que traz oportunidades de desenvolvimento de novos remédios.

— De um dado popular até chegar a um fármaco levam-se anos — enfatiza um dos autores do estudo, Humberto Moreira Spíndola, farmacêutico do Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Química, Biológicas e Agrícolas (CPQBA) da Unicamp.
Isso ocorre porque é necessário comprovar se os ativos de fato funcionam e se são seguros.
Para testar as propriedades, os cientistas avaliaram os extratos de folhas e sementes da sucupira e descobriram que, nessas últimas, encontravam-se potentes atividades analgésicas e antitumorais. As folhas não tiveram a mesma atividade, provavelmente por não conterem os mesmos princípios ativos, informa Mary Ann Foglio, orientadora de Spíndola.

Na avaliação dos extratos dessas sementes, foram descobertas duas substâncias envolvidas tanto na atividade analgésica quanto na antitumoral: a geranilgeraniol e a vouacapano. Da união delas, os cientistas desenvolveram um novo extrato para testar em células (in vitro) e em ratos e camundongos (in vivo).

Para descobrir a atividade antitumoral, o extrato foi injetado em células de diversas linhagens de câncer. Segundo Spíndola, os resultados foram positivos em todas as células, demonstrando capacidade de combate ao tumor. O extrato, contudo, teve maior eficiência sobre o câncer de próstata. Nos testes com camundongos, o tumor foi induzido e também foi observada a ação positiva contra os cânceres.

— Mas não podemos afirmar que daria certo em humanos, já que os tumores de animais são mais simples. Precisamos de mais estudos — sustenta o autor da pesquisa.
Os resultados das atividades analgésicas são mais próximos da realidade. Nos testes com ratos e camundongos, as substâncias do extrato da semente da sucupira mostraram potencialidade em inibir a dor.
CADERNO VIDA - ZH

 
Obesidade infantil pode trazer problemas para a saúde

Doença crônica se dá pelo sedentarismo, má alimentação e fatores genéticos

Hoje em dia, meninos e meninas se entretêm facilmente em frente à TV, videogame e computador, deixando de lado as atividades físicas muitas vezes. O problema é que essa falta de exercícios das crianças, aliada a maus hábitos alimentares, resultam em jovens com obesidade, doença crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, uma em cada dez crianças do mundo, ou 10%, está acima do peso, sendo que cerca de 30 a 45 milhões delas são obesas, representando 2% a 3% de toda população infantil entre 5 e 17 anos.
-- A obesidade se dá principalmente por causa dos hábitos de vida relacionados ao sedentarismo e à má alimentação. Em casos específicos, pode ser resultado de um herança genética também – afirma o médico Clóvis Francisco Constantino, presidente da Sociedade de Pediatria de São Paulo.
Segundo a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) de 2008/09, realizada pelo IBGE, 40,6% da população brasileira adulta está com excesso de peso e 11,1% são obesos. Quando o índice de gordura de alguém é de até 20%, a pessoa está com sobrepeso.
Se o número for maior que isso, o paciente pode ser considerado obeso. A enfermidade ainda causa diferentes riscos à saúde, podendo resultar em complicações como a diabetes do tipo mellitus, a hipertensão arterial e os distúrbios metabólicos, por exemplo. A doença, que também pode ser determinada fatores genéticos, se dá principalmente pelo maior consumo de energia do que é gasto durante o dia.
Um pouco pelos inúmeros brinquedos e entretenimento à disposição delas e outro tanto pela falta de segurança nas ruas, as crianças e adolescentes praticam cada vez menos atividades aeróbicas, o que faz com que tenham um gasto de energia menor que o consumo. Antes, quando elas estavam muito irrequietas, os pais diziam: “Vão brincar lá fora”, num sinal claro para que pequenos fossem à rua para se divertir ou praticar algum esporte. Atualmente, elas ficam menos agitadas, já que normalmente estão entretidas pela TV ou computador.
Em miúdos, significa que elas consomem mais energia do que gastam. Como resultado final, elas acabam engordando, ou, pior, ficando obesas. Isso se dá, também, pelos maus hábitos alimentares nessa faixa etária. Na era do fast-food, as refeições costumam ser muito calóricas: hambúrgueres, batata frita e refrigerante, além das guloseimas como salgadinhos, chocolates e balas. Ou, em outras palavras: gordura, carboidratos e açúcares em excesso.
– Não restringimos alimentos para os pacientes. Até porque a infância e a adolescência são fases de desenvolvimento. Apenas disciplinamos e reorganizamos a dieta alimentar da pessoa, junto com uma orientação para o aumento dos exercícios físicos – afirma o médico.
Esse é o remédio – ou melhor, tratamento – para curar a doença de forma eficiente e sem riscos: uma dieta balanceada e exercícios físicos. Existem também um procedimento cirúrgico, que, normalmente, só é usado em casos extremos. Mesmo assim, a cirurgia, sozinha, não vai curar o paciente. É necessário, para manter e até melhorar os resultados, adotar uma dieta e praticar atividades físicas, tudo sobre orientação profissional, seja de um pediatra, de um nutrólogo ou de um nutricionista.
HAGAH SC
 
 
Nova técnica impede que HIV se multiplique

Pesquisadores norte-americanos desenvolveram molécula que localiza e mata células doentes

Uma nova técnica desenvolvida por pesquisadores americanos para combater a multiplicação das células infectadas pelo HIV demonstrou ser promissora no controle do vírus em camundongos. Cientistas do Beckman Research Institute, nos Estados Unidos, conseguiram desenvolver em laboratório uma combinação de moléculas de RNA que, quando aplicadas no sangue dos camundongos, procuram e invadem as células infectadas pelo HIV, preservando as células saudáveis.
Os resultados acabam de ser publicados pela revista Science. A molécula combinada funciona como uma espécie de míssil guiado: ao localizar células doentes, ela se liga à cápsula que envolve o HIV e inicia um processo de degradação do vírus.
--- O RNA assume uma forma específica, que se une seletivamente à proteína da capa do vírus HIV — afirmou à reportagem, por e-mail, o professor John J. Rossi, um dos autores do estudo.
Os pesquisadores deixaram os ratos imunodeprimidos, injetaram células humanas saudáveis e, depois, o HIV. Houve forte queda nas concentrações de HIV, indicando um bloqueio da multiplicação do vírus.
— É a primeira vez que um grupo consegue realizar essa experiência em células vivas em um modelo animal — diz o infectologista Esper Kallás, da Universidade de São Paulo (USP).
Para ele, os resultados podem servir para outras doenças. 
 Teoricamente, pode-se aplicar a técnica para qualquer outro vírus, até mesmo para algo relacionado ao câncer.

AE

 
 
Substância do chocolate pode ajudar a aliviar tosse, diz pesquisa

No reino Unido, 7,5 milhões de pessoas sofrem com a doença

Por isso uma empresa britânica de remédios está ajudando a desenvolver outro remédio à base de uma droga chamada teobromina. Ela inibe a queima inadequada do nervo vago, uma característica fundamental da tosse persistente.

— O interessante é que a teobromina é encontrada em pequenas quantidades em produtos à base de cacau — explicou a empresa.

— A descoberta da teobromina no cacau, pode representar uma alternativa mais vantajosa à tosse persistente do que os perigosos opiáceos utilizados até então, além do que parece ser mais atrativo, principalmente para as crianças, saber que o remédio para tosse é o chocolate — completa a farmacêutica e tutora do Portal Educação Carolina Marlien.

De acordo com Alyn Morice, da clínica Hull Cough, por enquanto é "teoricamente possível" obter teobromina suficiente em uma barra de chocolate para aliviar a tosse, mais estudos ainda devem ser feitos para revelar a dose exata necessária.
O chocolate tem diversos benefícios para o corpo quando consumido com moderação. É rico em vitaminas e sais minerais e tem alto teor de flavonoides, que ajudam a reduzir os riscos de doenças cardiovasculares e proporcionam sensação de prazer e bem-estar. Agora, pesquisadores afirmam ter encontrado outro benefício do doce: ajuda quem sofre de tosse persistente.

Segundo estudiosos, uma das substâncias isoladas do cacau dificulta a ação de irritação da tosse. Em levantamento recente com a população do Reino Unido, 7,5 milhões de pessoas relataram sofrer com a tosse persistente a cada ano.

BEM-ESTAR DO CLICRBS
Os remédios utilizados atualmente para evitar os sintomas, são à base de opiáceos, como xaropes que contêm codeína, um narcótico. Porém, segundo a agência que controla os produtos naquela região, pessoas menores de 18 anos não devem tomar essa medicação, pois as desvantagens superavam os benefícios.

 
 
Venda de calmante dispara no Brasil
A venda do ansiolítico clonazepam disparou nos últimos quatro anos no Brasil, fazendo do remédio o segundo mais comercializado entre as vendas sob prescrição.
Entre 2006 e 2010, o número de caixinhas vendidas saltou de 13,57 milhões para 18,45 milhões, um aumento de 36%. O Rivotril domina esse mercado, respondendo por 77% das vendas em unidades (14 milhões por ano).

O levantamento foi feito pelo IMS Health, instituto que audita a indústria farmacêutica, a pedido da Folha. O tranquilizante só perde hoje para o anticoncepcional Microvlar (em média, 20 milhões de unidades por ano).
Para os psiquiatras, há um abuso na indicação desse medicamento tarja preta, que causa dependência e pode provocar sonolência, dificuldade de concentração e falhas da memória.
Eles apontam algumas hipóteses para explicar o aumento no consumo: as pessoas querem cada vez mais soluções rápidas para aliviar a ansiedade e o clonazepam é barato (R$ 10, em média).
Médicos de outras especialidades podem prescrever o ansiolítico e há falta de fiscalização das vigilâncias sanitárias no comércio da droga.
Procurada, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não se manifestou sobre o assunto.
Para o psiquiatra Mauro Aranha de Lima, conselheiro do Cremesp (Conselho Regional de Medicina), é "evidente" que existe indicação inapropriada do remédio, especialmente por parte de médicos generalistas, não familiarizados com a saúde mental.
Muitos pacientes, segundo ele, já chegam ao consultório com queixas de ansiedade e pedindo o Rivotril. "As pessoas trabalham até tarde, chegam em casa ansiosas e querem dormir logo. Não relaxam, não se preparam para o sono. Tomar Rivotril ficou mais fácil", diz ele, também presidente do Conselho Estadual Sobre Drogas.

Lima explica que entre as medidas adotadas pelo Cremesp para conter o abuso no uso do remédio estão cursos de educação continuada voltados a médicos generalistas.
Na sua opinião, a precariedade do atendimento de saúde mental no país também propicia o abuso do remédio.
INDICAÇÃO DE AMIGO
O psiquiatra José Carlos Zeppellini conta que recebe muitos pacientes que não tinham indicação para usar o remédio e que se tornaram dependentes da droga.
"Em geral, começaram a tomá-lo por sugestão de amigos e vizinhos, em um momento de tristeza, após terminar um namoro, por exemplo. Não é doença. Depois, não conseguem parar de tomá-lo porque têm medo de não se adaptar. É mais uma dependência psíquica do que física", acredita ele.
Entre os usuários do Rivotril, existe um misto de glamorização e demonização em relação à droga.
Páginas no Facebook, classificadas na categoria entretenimento, tratam o Rivotril como "remedinho maravilhoso". Outros grupos on-line, porém, discutem a dependência e os efeitos colaterais do remédio.
A AÇÃO DO TRANQUILIZANTE
ANSIEDADE
Estimula a ação de um ácido (conhecido como gaba) no cérebro, que inibe a ativação de áreas relacionadas ao medo e à ansiedade
SONO
Reforça os estágios do sono REM, que correspondem aos períodos de sonhos, mas reduz os estágios não REM. Essas fases são justamente as que restauram as atividades nos neurônios
INDICAÇÕES
Tratamento de vários transtornos mentais, como síndrome do pânico, distúrbio bipolar, depressão (usado como coadjuvante de antidepressivos). O remédio não é recomendado para aliviar tensões do cotidiano
EFEITOS COLATERAIS
Sonolência, movimentos anormais dos olhos, movimentos involuntários dos membros, fraqueza muscular, fala mal articulada, tremor, vertigem, perda de equilíbrio, dificuldades no processo de aprendizagem e de memorização
DEPENDÊNCIA
O tempo varia de pessoa para pessoa. Pode acontecer em um mês ou em um ano. Pacientes que tomam clonazepam não podem consumir álcool.
B O L
 
 
Psiquiatra reflete sobre como a pílula anticoncepcional revolucionou a sociedade


Flávio Gikovate comenta as mudanças que o medicamente proporcionou à vida feminina

O lançamento da pílula anticoncepcional, no início dos anos 60, deu às mulheres a opção de decidir quando e quantos filhos gerar. Esse fator, aliado à série de inovações tecnológicas e culturais em andamento na época, acelerou o processo de transformação social e o comportamento das pessoas.
A seguir, o psiquiatra Flávio Gikovate responde a cinco perguntas sobre como os pequenos comprimidos mudaram os rumos da história feminina e da humanidade nos últimos 50 anos.
Quais foram os principais impactos do surgimento da pílula anticoncepcional em relação aos costumes da sociedade?
Flávio Gikovate — A pílula criou condições muito favoráveis para a efetiva emancipação sexual da mulher. A liberdade sexual, ao lado da emancipação financeira que as mulheres começaram a galgar durante a 2º Guerra Mundial, foram preponderantes para afrouxar a dependência da mulher em relação ao homem em todos os aspectos. Em paralelo a isso, a mudança na forma de o casal dançar — com a introdução do rock 'n roll, agora dançam separados — e o apelo da tecnologia — TV, computadores etc — trouxe à tona com muita força o aspecto da individualidade. Mas realmente não sei se as coisas teriam andado da forma como andaram se a pílula anticoncepcional não tivesse sido criada.
É possível comparar a revolução que a pílula proporcionou para a mulher com algum outro marco histórico na vida feminina?
Flávio Gikovate — Acredito que a revolução causada pela pílula possa se comparar ao que significou a 2ª Guerra Mundial para as mulheres. Naquela época, a ida dos homens para os campos de batalha forçou as mulheres a ocuparem postos no mercado de trabalho aos quais antes não tinham acesso. Elas passaram experimentar a independência financeira e, mesmo com o fim da guerra, não deixaram de trabalhar fora. Isso tornou a sociedade mais igualitária. E essa independência econômica se tornou ainda mais marcante com a pílula, anos mais tarde. Isso porque com a pílula, a mulher passou ter oportunidade adiar a maternidade para priorizar a carreira profissional.
Como exatamente a pílula anticoncepcional influenciou a vida profissional das mulheres?
Flávio Gikovate — A possibilidade de programar a gravidez deu à mulher a possibilidade de postergar a maternidade para um período de mais maturidade, quando ela já tem uma carreira profissional consolidada. Além disso, poder optar por quando ter filhos abriu para as mulheres as portas de universos profissionais antes restritos aos homens. Basta vermos que há 50 anos, apenas 10% dos alunos de medicina da Universidade de São Paulo (USP) eram mulheres. Na turma em que me formei eram pouquíssimas médicas. Hoje, nas faculdades de medicina, temos cerca de 60% de mulheres. Na Poli (escola de engenharia da USP), apenas 1% das vagas do curso de engenharia era ocupada por alunas. Atualmente, são 33%. Creio que alcançando níveis de formação cada vez mais avançados, em 20 anos as mulheres passarão a ganhar mais que os homens.
O que significou a pílula anticoncepcional para o papel da mulher na família?
Flávio Gikovate — O que posso dizer é que cada vez mais mulheres optam por adiar ao máximo a maternidade ou escolhem não ter filhos. Isso impacta a família. Podemos olhar o caso da Itália, onde cerca de um terço das mulheres não têm filhos. E isso é uma tendência mundial. Por outro lado, as mudanças dos últimos 50 anos foram muito radicais e grande parte dos indivíduos não conseguiu acompanhar essas mudanças do ponto de vista psicológico. Daí vermos o aumento desenfreado da obesidade e do consumo de drogas e álcool, por exemplo.
De acordo com o IBGE, a taxa de fecundidade brasileira decresceu da média nacional de 6,3 filhos em 1960 para 5,8 filhos em 1970, chegando ao patamar de 2,3 filhos em 2000. Na sua opinião, qual foi o papel da pílula anticoncepcional neste caso? Você acredita que o comportamento da brasileira está evoluindo de forma a diminuir ainda mais a taxa de fecundidade?
Flávio Gikovate — As brasileiras estão seguindo a tendência mundial e tendo cada vez menos filhos. Atualmente, a taxa de fecundidade nacional já está em menos de dois filhos por mulher. Acredito que essa tendência já tenha se consolidado no Brasil.
DONNA ZH ONLINE

 
 
Cigarro é um dos causadores da celulite


Açúcar, gordura, sedentarismo e pouco consumo de água são os fatores mais conhecidos entre as causas da celulite, mas a medicina alerta que outras interferências internas e externas provocam ou aumentam o mal. Vida estressante, tabagismo e predisposição genética também são vilões nesta história.
Estrutura da pele com celulite

Antes de falarmos sobre estes agentes, vamos entender como a celulite se instala no corpo e quais são seus efeitos. A dermatologista Denise Steiner revela que a celulite altera a estrutura da pele de dentro para fora e pode até provocar dor. “A pele sem celulite tem a epiderme a derme e a hipoderme sobrepostas. Na celulite, ocorre a formação de traves onde ficam presas as células gordurosas e as fibras do tecido conjuntivo. Estas traves são formadas por colunas do tecido conjuntivo que ficam perpendiculares a pele. As células gordurosas ficam presas, são hipertrofiadas e acumulam mais gordura. Os vasos ficam com as paredes mais rígidas. O tecido conjuntivo (fibras) também fica endurecido, no que se chama fibrase (caroços). A visão clínica repercute o que acontece internamente. Há depressões porque o tecido conjuntivo puxa a pele para baixo e há aspecto de “casca de laranja”, porque a gordura vasa pelas traves. Os vasos e nervos são comprimidos e provocam dor”, esclarece Denise.
Vilões
 
Estresse - Essa condição inicialmente emocional interfere no organismo como um todo. O principal fator é o aumento do hormônio chamado cortisol. Este hormônio da família da cortisona favorece a retenção hídrica, interfere na vascularização da pele e, além disso, provoca fome direcionada para vontade de doces.

Herança genética - A celulite não é puramente hereditária, mas a genética influencia muito. O tipo de corpo, pele, predisposição para alterações hormonais, tendência ao sedentarismo são pontos com forte fator hereditário. Quem tem celulite na família deve prevenir o problema evitando dietas desequilibradas e mantendo sempre atividade física. Deve evitar também aumentar o peso.

Tabagismo - Sobre o cigarro, a doutora conclui que: “o fumo é altamente prejudicial, pois interfere na oxigenação da pele e também aumenta a oxidação e inflamação da pele. O colágeno é destruído e a pele fica flácida amarelada”.
Terra

 
 
Estudo sugere que casais sem filhos têm dieta mais saudável


Pode ser exagero dizer que as crianças deixam você doente, mas um estudo britânico descobriu que casais com crianças têm uma dieta menos saudável do que os casais sem filhos.
Pesquisadores usaram dados de uma pesquisa do governo britânico com 7.014 famílias, que registravam suas compras de alimentos num diário por período de duas semanas, em 2003 e 2004.
As famílias de renda mais alta comeram mais carne, frutas frescas e vegetais, em comparação às outras. A idade influenciou o consumo de gorduras e açúcar o que é reduzido em lares com pessoas de mais idade.
Talvez o mais surpreendente é que o novo estudo, publicado na edição de dezembro do " European Review of Agricultural Economics", descobriu que os casais sem filhos eram os que comiam de forma mais saudável.
Mesmo depois de controlar fatores como idade, renda e outros, em comparação a uma família com crianças, um casal sem filhos consumiu cerca de 2 kg mais frutas e vegetais por pessoa ao longo do período de duas semanas.
Ter crianças em casa também reduziu a demanda por carne, e aumentou o consumo de laticínios, cereais e batata.
"Isso confirma o que nós, como pais, já sabemos", disse um autor do estudo, Richard Tiffin, professor de economia da Universidade de Reading, na Inglaterra. "Por alguma razão, a dinâmica social numa casa com crianças torna a dieta em geral menos saudável".
NEW YORK TIMES B O L
 
 
Médicos alertam para risco das dietas de desintoxicação

As dietas de desintoxicação, que prometem livrar o organismo de agrotóxicos e melhorar o metabolismo, não passam de enganação, dizem especialistas.
Esses regimes, populares no verão, elegem alimentos e receitas que seriam capazes de "limpar" o fígado.
São poucos dias de um cardápio radical, com muito líquido, frutas e combinações duvidosas --como limão com água morna ou pimenta.
"Dieta de desintoxicação é um dos maiores mitos que eu conheço. Nenhum cardápio desintoxica o fígado", diz Raymundo Paraná, presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia.
Segundo o médico, uma das funções do fígado é justamente transformar substâncias nocivas em neutras.
Além disso, a comida, mesmo que em grandes quantidades, não é tóxica, de acordo com Marcio Mancini, endocrinologista do Hospital das Clínicas de SP.
"Não ficamos intoxicados depois de festas em que comemos muito. Nosso organismo compensa os excessos. Podemos nos intoxicar apenas com drogas, medicamentos, álcool ou metais pesados, mas é a longo prazo."
Uma dieta de "detox" radical, que exclua grupos de alimentos, pode causar anemia, deficiência de vitaminas e, pior, intoxicar o fígado.
"O chá-verde, em excesso, é comprovadamente tóxico", afirma Paraná, da Sociedade de Hepatologia. O chá é um dos ingredientes mais usados no "detox".
MAIS LEVE
A psicóloga Mana Mendonça, 34, já fez dias de "detox" só com líquidos, mas sua receita preferida é a de um suco verde, que ela bebe todos os dias pela manhã.
"Vai couve, pepino, cenoura, maçã e linhaça. No começo, eu achava bem ruim e fedido. Hoje acho gostoso."
Ela acredita que a bebida tira as toxinas do corpo e ajuda a emagrecer. "Eu me sinto leve e, quando não tomo, sinto diferença. Meu intestino não funciona direito."
Para a homeopatia, apesar de o organismo eliminar toxinas, dietas de desintoxicação são necessárias.
"O açúcar refinado, a gordura que ingerimos, tudo isso dificulta a eliminação de substâncias nocivas. A intoxicação impede a saúde plena", afirma Carlos Alberto Fiorot, presidente da AMHB (associação de homeopatia).
Para o nutrólogo Daniel Magnoni, do Hospital do Coração, essas dietas só têm efeito psicológico.
"A pessoa toma mais líquidos, come frutas, o intestino funciona melhor e ela tem a sensação de que está se desintoxicando. Mas não serve para nada."
B O L
 
 
Mito ou verdade: tomar muito líquido ajuda a combater resfriado?

O conselho para vencer um resfriado é consagrado pelo tempo: tomar bastante líquido e descansar.
Embora seja difícil argumentar contra o descanso, alguns cientistas suspeitam que se entupir de líquidos - isto é, além da quantidade normal necessária em um dia - pode não fazer muito bem.

Em teoria, tomar mais bebidas, como água e suco, ajuda a substituir fluidos perdidos com a febre e evaporação do trato respiratório, além de ajudar a soltar muco. Porém, quando uma equipe de cientistas da Universidade de Queensland, na Austrália, buscaram determinar se esse era de fato o caso, descobriram uma surpreendente escassez de dados na literatura médica.
Para o relatório, publicado no "BMJ" em 2004, "examinamos referências de artigos relevantes e contactamos especialistas no assunto", eles escreveram, mas foram incapazes de encontrar qualquer teste clínico nas últimas quatro décadas que tenha estudado especificamente se o aumento da ingestão de líquidos reduz a gravidade de uma infecção.
Eles encontraram alguma evidência de que, em algumas crianças com pneumonia moderada a grave, o aumento no consumo de líquidos pode contribuir para a hiponatremia, uma deficiência de sódio no sangue. No entanto, outros cientistas apontaram, em resposta, que essas descobertas não devem ser extrapoladas por qualquer infecção respiratória além da pneumonia.
Por fim, os australianos não argumentaram contra a manutenção de uma hidratação adequada durante um resfriado ou outra infecção respiratória superior, mas disseram que o conselho de beber mais líquidos do que o usual deve ser rigorosamente estudado, pois é muito disseminado.
Conclusão: os estudos não validam o antigo conselho de beber muito mais líquido para ajudar a combater um resfriado.

NEW YORK TIMES B O L
 
 
Tempo demais sentado eleva risco cardíaco

Levantar mais vezes, mesmo que seja para beber água ou mudar o canal da televisão, diminui o risco de desenvolver doenças cardíacas.

A conclusão é de pesquisadores da Universidade de Queensland, Austrália, em estudo publicado hoje na versão on-line da revista "European Heart Journal".
Segundo a pesquisa, até quem é sedentário, mas faz várias pausas para levantar durante o dia, tem menor risco do que quem faz atividades físicas e fica longos períodos sentado.
A pesquisa acompanhou 4.757 pessoas com mais de 20 anos entre 2003 e 2006. Cada voluntário recebeu um aparelho que monitorou a atividade física durante sete dias.
Também foram medidos os níveis de quatro marcadores de risco de doença cardiovascular: a quantidade de uma proteína que sinaliza a formação de aterosclerose, os níveis de HDL (colesterol "bom"), triglicérides e a circunferência abdominal.
Quem se movimentou mais teve todos os índices melhores.
A diferença mais significativa foi na circunferência abdominal: os participantes que ficaram menos tempo sentados sem pausas tiveram, em média, 4,1 centímetros a menos de cintura do que as pessoas que ficaram paradas na mesma posição.
"Já se sabe que a atividade física moderada ou intensa reduz o risco cardiovascular. O surpreendente é que o estudo mostra que mesmo as pequenas quebras no sedentarismo já ajudam", diz Raffael Fraga, cardiologista do Incor (Instituto do Coração).
Segundo Fraga, uma das explicações é que mesmo as atividades físicas mais leves aumentam o gasto energético total diário e, consequentemente, ajudam a diminuir a circunferência abdominal.
A gordura intra-abdominal está relacionada à probabilidade maior de desenvolver aterosclerose e também ao aumento do colesterol.
"Qualquer redução na gordura abdominal já representa uma queda de risco. Quatro centímetros é uma diferença muito grande", diz o cardiologista Ricardo Pavanello, do HCor (Hospital do Coração).
O recomendado, segundo a Federação Internacional de Diabetes, é que mulheres tenham no máximo 80 cm de cintura e homens, 94 cm.
DOSES HOMEOPÁTICAS
Para o cardiologista Antonio Sergio Tebexreni, da Unifesp, a pesquisa mostra que qualquer atividade física é importante.
"É possível dividir os 30 minutos de exercícios em etapas. Se você se movimentar várias vezes durante o trabalho, já é válido."
Além de aumentar o gasto energético total, sair da cadeira e movimentar os músculos das pernas ativa a circulação sanguínea.
"Isso melhora a pressão arterial e ajuda no gasto calórico. Facilita o trabalho do coração, além de prevenir a formação de coágulos."
O cardiologista Nabil Ghorayeb, do HCor, discorda do estudo. Segundo ele, a atividade física só traz benefícios quando é realizada a longo prazo e frequentemente.
"Levantar poucas vezes não muda a vida de ninguém", diz o médico. Para ele, qualquer mudança de hábito para o sedentário faz diferença nas estatísticas, mas isso não quer dizer que o risco cardíaco vá ficar menor.
B O L
 
 
Escovas de dentes podem acumular bactérias prejudiciais à saúde em apenas dois meses

Escovas de dentes com dois ou três meses de uso podem ficar cheias de coliformes fecais se não forem higienizadas corretamente

Escova de dente não deve ficar na pia, nem ser enxugada na toalha


Umidade, pouca circulação de ar e restos de comida formam o ambiente mais propício que existe para a proliferação de fungos e bactérias. Não é difícil concluir, portanto, que as escovas de dentes são alvos frequentes de micro-organismos. Para piorar, elas nem sempre ficam dentro do armário do banheiro, por isso estão expostas às gotículas lançadas do vaso sanitário para o ar quando alguém dá a descarga sem fechar a tampa.

Ficou com nojo? Então é bom higienizar as cerdas de vez em quando e, se isso não for possível, trocar a escova com frequência maior que a recomendada. É o que se pode concluir de uma pesquisa realizada na Veris Faculdades, em Campinas, que analisou a presença de diferentes tipos de micro-organismos no utensílio, inclusive coliformes fecais e outras bactérias que podem causar problemas gastrointestinais e febre.
As pesquisadoras Tássia Bulhões e Adriana Perez analisaram dez escovas de dente – metade com dois ou três meses de uso e a outra metade, com apenas um mês. Todas elas apresentaram micro-organismos, mas aquelas usadas por apenas 30 dias tiveram índices bem mais baixos.
Cada escova com mais de um mês de uso continha uma média de 1.100 coliformes fecais, 11 mil bactérias do tipo estafilococos coagulase negativa e cerca de 6.500 bolores e leveduras. Aquelas usadas por somente 30 dias apresentaram apenas 13 estafilococos, uma colônia de fungos e poucos coliformes fecais. A bactéria Pseudomonas aeruginosa, encontrada nas escovas usadas por mais tempo, não apareceu nas mais novas.
“Muitos desses micro-organismos têm sua população dobrada em poucos minutos e, se o usuário tem alguma lesão na boca ou gengivite, as portas ficam abertas para infecções que podem ser graves se a pessoa estiver com o sistema imunológico comprometido”, explica a orientadora do trabalho, a professora de microbiologia Rosana Siqueira dos Santos.

Higienização
O estudo chama a atenção para a necessidade de higienizar a escova de dentes todo dia, ou pelo menos uma vez por semana, deixando as cerdas de molho por dez minutos em um recipiente com antisséptico bucal ou solução à base de clorexidina, produtos facilmente encontrados na farmácia. “Se a pessoa não tiver nada em casa, pode mergulhar a escova em água fervente também por dez minutos”, afirma a professora.
Se o usuário não conseguir higienizar a escova, ela sugere trocá-la uma vez por mês, e não acada dois ou três meses, como os próprios fabricantes recomendam.
Outras dicas para evitar a contaminação incluem tirar todo excesso de água com algumas batidinhas após usar a escova, e nunca secá-la com a toalha (que também costuma ser cheia de micro-organismos), nem com papel higiênico (que fica muito próximo do vaso sanitário). Depois do ritual, é bom guardar a escova no armário e o mais longe possível da privada, lembrando sempre que é preciso dar a descarga com a tampa fechada.
Por fim, Santos lembra que as embalagens para guardar a escova, bastante usadas no trabalho ou em viagens, também devem ser higienizadas com frequência.
B O L

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