Um grupo de cientistas nos Estados Unidos descobriu um novo método para
eliminar células nas quais o HIV permanece latente e invisível para o
sistema imunológico e os remédios antivirais, revela um estudo publicado
nesta terça-feira pela revista britânica "Nature".
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A pesquisa, desenvolvida pelo Instituto de Alergias e Doenças Infecções
de Maryland, conseguiu "desenvolver especificamente" um novo anticorpo
que futuramente pode reduzir o número de células que abrigam o vírus de
imunodeficiência humana (HIV) em pacientes com aids.
Em comunicado divulgado pela "Nature", os cientistas John Mascola e
Gary Nabel afirmam que esse anticorpo ativa células nas quais o HIV
permaneceu latente e, ao mesmo tempo, comanda as chamadas "células T"
para que as destrua.
"É capaz de provocar a produção de proteínas do HIV por células
infectadas com HIV extraídas de pacientes e isoladas, o que as torna
visíveis, ou seja, um alvo mais fácil para as células imunológicas",
explica o texto.
Esse tratamento, segundo os autores do estudo, foi bem aceito pelos
macacos submetidos testes, o que indica que pode ser aplicado em testes
médicos com humanos.
A erradicação do vírus que causa a aids ainda representa um desafio
para os cientistas, pois o HIV pode permanecer "adormecido" e se
instalar em "depósitos" de células com infecção latente.
Por esse motivo, a eliminação do HIV desses "depósitos" é um passo
significativo para a erradicação total do vírus no corpo humano,
destacam Mascola e Nabel.
"O anticorpo desenvolvido pode nos aproximar um pouco mais desse
objetivo, mas sua efetividade em testes pré-clínicos aplicados em
modelos animais e humanos ainda deve ser avaliada", afirmaram os
pesquisadores.
EFE / TERRA
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