Um grupo de pesquisadores da
Universidade de Victoria, na Nova Zelândia, sugeriu que o degelo da Antártida,
como consequência da mudança climática, pode aumentar o nível do mar em até três
metros no ano 2300, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira pela revista
Nature .
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A curto prazo, a simulação
climática apontou que, no final do século, os aquecimentos da atmosféra e dos
oceanos podem levar à perda de 80% a 85% da camada de gelo da Antártida e a um
aumento do nível do mar.
Os cientistas explicaram que
as mudanças na temperatura atmosférica e oceânica podem incidir nas taxas de
fusão do gelo devido à troca de calor entre o gelo e a água ou o ar.
Embora seja difícil calcular
com precisão a contribuição das grandes camadas de gelo para o aumento do nível
do mar, o especialista do Centro de Pesquisa da Antártida, Nicholas Golledge, e
seus colegas, elaboraram um modelo por computador que contempla diferentes
cenários.
No âmbito da pesquisa
climática, esses possíveis cenários exploram em que medida o homem poderia
contribuir para a mudança climática no futuro levando em conta fatores como o
crescimento da poluição, o desenvolvimento econômico e das novas tecnologias.
Os pesquisadores desse estudo
contemplaram quatro possíveis cenários, propostos pelo quinto Relatório do
Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, que revelou que o nível do
mar em 2300 aumentará entre 0,1 e 3 metros; e no ano 5000 entre 0,4 e 9 metros.
Se a poluição causada pelo
homem continuar nos níveis atuais, a temperatura global corre o risco de
aumentar entre 8 e 10 graus em três séculos.
A única solução para atenuar o
grave impacto da poluição sobre a camada de gelo da Antártida, segundo os
autores do estudo, passa por limitar a emissão de gases estufa nas próximas
décadas.
EFE / TERRA
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