terça-feira, 17 de novembro de 2015

Dorme demais? Sono excessivo pode ser indício de doença

Conheça os riscos do sono excessivo e saiba quantas horas precisa dormir por noite


Que dormir faz bem, isso todos sabem. Porém, o sono excessivo pode ser prejudicial. Pesquisas indicam aumento no risco de doenças cardiovasculares, por exemplo. Sem contar que a sonolência também pode ser sintoma de distúrbios como a narcolepsia. 
 

   Foto: iStock
 

Os riscos do sono excessivo 
 
Para entender os riscos do exagero, pesquisadores do Centro de Controle de Doenças, órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, entrevistaram 30.397 pessoas. Publicado na revista Sleep, o estudo procurou identificar as ligações entre o sono excessivo e doenças graves, como problemas cardiovasculares.
De acordo com o resultado, 9% dos entrevistados dormiam mais que nove horas por noite. Essas pessoas tinham risco maior de apresentar doenças cardiovasculares, se comparadas a indivíduos que dormiam de sete a oito horas, período considerado ideal.
Já a narcolepsia é uma doença de difícil diagnóstico, que acomete aproximadamente uma em cada 2 mil pessoas. Vítima principalmente de "apagões" durante o dia, a pessoa que enfrenta a doença tem problemas para dormir à noite, o que prejudica seu bem-estar e sua qualidade de vida.
As causas estão ligadas principalmente a fatores genéticos. Acometidos pela narcolepsia apresentam alteração no equilíbrio dos neurotransmissores no cérebro, o que causa o sono desregulado. O diagnóstico é feito por meio de dois exames de laboratório chamados polissonografia e teste de latências múltiplas.
O tratamento é realizado com medicamentos que ajudam a aliviar os sintomas durante o dia. Também são dadas recomendações sobre como melhorar a qualidade do sono durante a noite, sendo indicados também pequenos cochilos, de, no máximo, 15 minutos.
Afinal, quanto dormir?
Especialistas da National Sleep Foundation, instituto de Arlington, na Virgínia, Estados Unidos, publicaram um painel com recomendações de horas de sono para cada faixa etária. 

Acompanhe: 
 
Recém-nascidos (0 a 3 meses)
Mínimo: 11 horas
Recomendado: entre 14 e 17 horas
Máximo: 18 horas.
Bebês (4 a 11 meses)
Mínimo: 11 horas
Recomendado: entre 12 e 15 horas
Máximo: 18 horas.
Crianças pequenas (1 a 2 anos)
Mínimo: 9 horas
Recomendado: entre 11 e 14 horas
Máximo: 16 horas.
Crianças em idade pré-escolar (3 a 5 anos)
Mínimo: 7 horas
Recomendado: entre 10 e 12 horas
Máximo: 13 horas.
Crianças em idade escolar (6 a 13 anos)
Mínimo: 9 horas
Recomendado: entre 9 e 11 horas
Máximo: 11 horas.
Adolescentes (14 a 17 anos)
Recomendado: 10 horas.
Adultos jovens (18 a 25 anos)
Mínimo: 6 horas
Recomendado: entre 7 e 9 horas
Máximo: 11 horas.
Adultos
Recomendado: entre 7 e 9 horas.
Idosos (65 anos ou mais)
Recomendado: entre 7 e 8 horas. 


TERRA  


Fique por dentro dos benefícios de praticar aulas de bike

Com o verão cada vez mais próximo, perder peso e ganhar saúde são os principais objetivos de quem está na academia. Mas como? Exercícios aeróbicos, como os praticados nas aulas de bike indoor promovem uma perda de até 800 calorias em uma hora de atividade.

O fato de não provocar impacto nas articulações, aliado à estabilidade do aparelho estacionário, faz da bicicleta a alternativa para quem busca o emagrecimento. Confira os benefícios da prática e como adotar as pedaladas para uma vida saudável.
Aulas de bike melhoram o tônus muscular nas pernas e glúteos e possibilitam alto gasto calórico. Foto: iStock, Getty Images
Aulas de bike melhoram o tônus muscular e possibilitam alto gasto calórico. 

Foto: iStock, Getty Images

Benefícios do ciclismo indoor

Segundo Gilberto Ambrogi, professor da academia Bio Ritmo, homens e mulheres desfrutam dos mesmos benefícios durante as aulas. “Para ambos o treino proporciona uma melhora significativa da condição cardiovascular, do tônus muscular nas pernas e glúteos, e ainda possibilita alto gasto calórico”, descreve.

Além disso, de acordo com o profissional, os ciclistas trabalham o condicionamento físico e muscular como um todo, mas principalmente dos membros inferiores. A frequência da atividade pode ajudar a tonificar as veias e melhor os movimentos do corpo, o que contribui para a redução da pressão arterial, diminuindo os riscos de doenças cardíacas.

Assim como corridas e caminhadas, subir na bicicleta ajuda a estabilizar os batimentos cardíacos. Em apenas uma aula, o professor afirma que é possível aumentar os níveis de serotonina no cérebro, hormônio responsável pela sensação de bem-estar, além de garantir mais disposição e ajudar a relaxar na hora do sono.

Tipos de aulas de bike e seus cuidados

 

É possível escolher duas modalidades de prática dentro da academia: o Spinning e o RPM. O primeiro tipo simula diferentes níveis de frequência cardíaca e de terreno ao regular o peso dos pedais. Geralmente, as aulas duram de 40 a 50 minutos e são embaladas por músicas escolhidas pelo professor.

O RPM, por sua vez, também simula diferentes terrenos, porém as aulas são planejadas e coreografadas por fisioterapeutas e médicos. Composta por sete músicas escolhidas previamente, a atividade dura de 45 a 60 minutos.

Ambrogi ressalta que qualquer pessoa apta a pedalar pode praticar a atividade. “A intensidade é facilmente modulada para cada indivíduo, inclusive aqueles que estão largando o sedentarismo ou que apresentam algum histórico de doença não restritiva também podem se beneficiar da modalidade”, pontua.

Independente da modalidade escolhida, o professor destaca que é importante regular a bicicleta na altura e postura do usuário a fim de evitar lesões. “Uma regulagem correta protege o aluno e melhora sua performance e seu conforto ao pedalar”, comenta.

Além disso, alguns cuidados são importantes para quem opta pelas aulas de bike indoor. Veja 10 itens para você aproveitar melhor os exercícios.

1. Garrafa de água e toalha

2. Ajuste da altura do selim

3. Ajuste da altura do guidão

4. Ajuste do firma-pés

5. Cadarços dos tênis devidamente amarrados

6. Postura correta

7. Tênis de cano baixo e sola reforçada

8. Roupas justas e confortáveis, como bermudas acolchoadas para ciclismo

9. Não tirar os pés dos pedais sem antes parar de pedalar

10. Respeitar orientações do professor



DOUTÍSSIMA DO TERRA 

Cientistas anunciam planeta com vento mais veloz que o som

Descoberta pode impulsionar estudos sobre os sistemas meteorológicos de planetas parecidos com a Terra

Pesquisadores britânicos descobriram um exoplaneta no qual os ventos sopram a uma velocidade de 8.690 quilômetros por hora, sete vezes acima da velocidade do som, e com temperatura ambiente de 1.200 graus.
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Uma ilustração do HD 189733b, um dos exoplanetas mais estudados pelos astrônomos
Uma ilustração do HD 189733b, um dos exoplanetas mais estudados pelos astrônomos
Foto: Universidade de Warwick / Divulgação
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O HD 189733b fica a 63 anos-luz da Terra, fora do Sistema Solar, na constelação Vulpecula. Ele foi descoberto em 2005, mas apenas agora os cientistas da Universidade de Warwick conseguiram observar o clima no planeta. "Esta é o primeiro mapa meteorológico de fora do nosso Sistema Solar. Já sabíamos que havia vento em exoplanetas, mas nunca conseguimos medir e mapear diretamente um sistema meteorológico", afirmou Tom Louden, do Grupo de Astrofísica da universidade britânica.
Os ventos no HD 189733b são 20 vezes mais velozes dos que os mais rápidos já registrados em nosso planeta. A medição da velocidade foi feita graças a observações do telescópio Harps, no observatório La Silla, no Chile. "A velocidade (do vento) no HD 189733b foi medida usando uma espectroscopia de alta resolução de absorção do sódio presente na atmosfera. Como parte da atmosfera do HD 189733b se aproxima e afasta da Terra (por causa da órbita e outros movimentos), o efeito Doppler muda o comprimento de onda deste elemento, o qual permite medir a velocidade", acrescentou Louden.
O efeito Doppler é a mudança da frequência de uma onda produzida pelo movimento relativo da fonte em relação ao seu observador. Neste caso, o objeto em movimento é o exoplaneta. "A superfície da estrela (em torno da qual o exoplaneta gira) é mais brilhante no centro do que na borda", disse Louden. "E como o planeta se move em frente à estrela, a quantidade relativa de luz que ficava bloqueada em diferentes partes da atmosfera muda."
"Pela primeira vez usamos esta informação para medir as velocidades em lados opostos do planeta de forma independente, o que nos deu nosso mapa de velocidades", acrescentou o cientista.
 

O clima em outros planetas 

 
Os pesquisadores afirmam que este trabalho pode ajudar a estudar com mais detalhes as correntes de vento em outros planetas parecidos com a Terra e que estão fora do Sistema Solar. "Estamos muito animados por termos descoberto uma forma de mapear sistemas meteorológicos em planetas distantes. Quando desenvolvermos mais a técnica, conseguiremos estudar o fluxo do vento com mais detalhe e fazer mapas meteorológicos de planetas menores. Esta técnica vai permitir que façamos imagens de sistemas meteorológicos de planetas parecidos com a Terra", afirmou Peter Wheatley, que também faz parte do Grupo De Astrofísica da Universidade de Warwick.
O HD 189733b pertence a uma categoria de planetas conhecidos como "júpiteres quentes".
Eles são chamados assim porque têm uma massa parecida com a de Júpiter e podem percorrer sua órbita em menos de três dias.
No caso do HD 189733b, ele é 10% maior que Júpiter e tem uma temperatura de 1.200 graus.
Devido ao seu tamanho e ao fato de estar relativamente perto de nosso Sistema Solar, ele é um dos exoplanetas mais estudados pelos astrônomos. 


BBC BRASIL / TERRA 


El Niño se intensificará e terá efeitos devastadores 

 

Os episódios do El Niño se intensificam no final do ano e alcançam a fase máxima entre outubro e janeiro do ano seguinte



O atual fenômeno meteorológico El Niño, o mais forte dos últimos 15 anos, está prestes a se transformar em um dos mais potentes dos últimos 65 anos e continuará se intensificando até o final do ano.
Condições meteorológicas do planeta têm se alterado por conta da mudança climática
Condições meteorológicas do planeta têm se alterado por conta da mudança climática
Foto: Paulo Laizo / vc repórter
Durante a apresentação nesta segunda-feira (16) do boletim sobre este fenômeno, que alerta que as condições meteorológicas extremas vão se agravar nos próximos três meses, a Organização Mundial da Meteorologia (OMM), vinculada à Organização das Nações Unidas, pediu que as medidas de prevenção aumentem.
O El Niño é um fenômeno natural resultado da interação entre o oceano e a atmosfera na região equatorial do Oceano Pacífico. Habitualmente, os episódios do El Niño se intensificam no final do ano e alcançam a fase máxima entre outubro e janeiro do ano seguinte, embora frequentemente persistam até o primeiro trimestre antes de começar a perder força.
Em agosto deste ano, as temperaturas da superfície do mar já chegaram a atingir 1,3 e 2 graus centígrados acima da média, superando em 1 grau o nível habitual do El Niño. Estimativas apontam que, no restante do ano, a temperatura da superfície da água do mar irá superar a temperatura normal em 2 graus centígrados, por isso a atual passagem do El Niño estará entre as três mais fortes registradas desde 1950.
O maior problema recai no fato de as condições meteorológicas do planeta terem se alterado por causa da mudança climática e as condições não são as mesmas de uma década e meia atrás: tendência geral para um aumento da temperatura do oceano, derretimento das geleiras do Ártico e diminuição de mais de 1 milhão de quilômetros quadrados da camada de neve no hemisfério norte.
A OMM teme que a interação entre o aquecimento global e o fenômeno possam ter efeitos desconhecidos e muito prejudiciais. Neste ano, o El Niño contribuiu para uma grande seca na América Central e acredita-se que em partes da América do Sul, especialmente no Equador e no Peru, possa provocar os mesmos desastres que no último grande episódio entre 1997-1998.
Nessa ocasião, o Equador e o Peru foram atingidos por níveis de chuvas mais de dez vezes superior ao normal, o que provocou inundações, erosões e deslizamentos, o que gerou mortes, além da destruição de imóveis. Além disso, o episódio deste ano contribuiu para uma estação muito forte de ciclones tropicais no Pacífico Norte. O furacão Patricia, que chegou ao México em 24 de outubro, foi o ciclone tropical mais intenso do ocidental.
O El Niño costuma estar relacionado à secas no sudeste asiático e o episódio deste ano contribuiu para aumentar os incêndios florestais na Indonésia, os piores registrados até o momento e que tiveram graves consequências para a população. 


TERRA 

Remédio contra alcoolismo poderia eliminar vírus da aids 

 

Um medicamento usado para tratar o alcoolismo em combinação com outras substâncias poderão contribuir para a erradicação do vírus da aids nas pessoas soropositivas em tratamento — é o que aponta um estudo divulgado nesta terça-feira.
O medicamento, chamado disulfiram, acorda o vírus adormecido no organismo infectado, permitindo assim destruir tanto o vírus quanto as células que o abrigam — e isso sem efeitos colaterais, notam os autores da pesquisa, publicada na revista especializada The Lancet HIV.


Atualmente um tratamento antirretroviral (ART), um coquetel de medicamentos padrão chamado terapia tripla, permite manter o vírus (hiv) em controle nos pacientes soropositivos, mas sem deixá-los completamente livres.
O vírus permanece à espreita no organismo das pessoas tratadas, de forma latente (inativo). Este reservatório, difícil de alcançar, é um dos maiores obstáculos para o desenvolvimento de um tratamento para proporcionar alguma cura.

"Acordar" o vírus latente é uma estratégia promissora para livrar o paciente do hiv.
Mas "despertar o vírus é apenas o primeiro passo para eliminá-lo", disse Julian Elliot, diretor de pesquisa clínica no departamento de doenças infecciosas no Hospital Alfred de Melbourne (Austrália), primeiro autor do estudo.

—Agora, temos que trabalhar a maneira como nos livrarmos das células infectadas — acrescentou.
Outras drogas foram também testadas para atacar o reservatório de hiv, mas sem muito sucesso, ou que se mostraram tóxicas. No ensaio clínico liderado por Sharon Lewin, diretora do Instituto Doherty em Melbourne, 30 pessoas em tratamento antirretroviral receberam doses crescentes de disulfiram durante um período de três dias.
Na dose mais elevada, a estimulação do hiv adormecido sem reações adversas nos pacientes, foi obtida, de acordo com os autores.

— Este teste mostra claramente que o dissulfiram não é tóxico e é seguro de usar, e que poderia muito provavelmente ser o único a mudar a história — disse Lewin em comunicado divulgado por seu instituto.

O próximo passo, segundo os pesquisadores, é testar esta droga em combinação com outras, tendo como alvo o próprio vírus.
— O resultado obtido continua insuficiente — disse à AFP Brigitte Autran, especialista em imunologia e em aids da Universidade Pierre et Marie Curie/Inserm, em Paris, e coautora de um comentário acompanhando o artigo.

— Ainda estamos muito longe de encontrarmos a solução para obtermos uma verdadeira cura dos pacientes soropositivos e até mesmo uma remissão que permitiria suspender o tratamento — afirmou a especialista.
Com mais de 34 milhões de mortes até hoje, o hiv continua sendo um grande problema de saúde pública, segundo a Organização Mundial da Saúde. No final de 2014, registrava-se cerca de 36,9 milhões de pessoas vivendo com o hiv.


AFP /  DIÁRIO CATARINENSE 

Beber café diminui risco de morrer de certas doenças

 

Consumo de três a cinco xícaras da bebida reduz chance de morrer cedo de doenças cardíacas, suicídio, diabetes ou mal de Parkinson
Tanto o café comum quanto o descafeinado aparecem como benéficos / STAN HONDA / AFP


Pessoas que relatam beber entre três e cinco xícaras de café ao dia têm menor propensão a morrer prematuramente de doenças cardíacas, suicídio, diabetes ou mal de Parkinson. É o que revela uma pesquisa norte-americana nesta segunda-feira.

Tanto o café comum quanto o descafeinado aparecem como benéficos, disseram os pesquisadores da Chan School de Saúde Pública da Universidade de Harvard em estudo publicado na revista especializada Circulation.

O estudo comparou as pessoas que não bebem café, ou beberam menos de duas xícaras por dia, com aquelas que relataram valores "moderados" de consumo de café, ou até cinco xícaras diárias.

O estudo não prova relação de causa e efeito entre o café e a probabilidade reduzida de certas doenças, mas descobriu uma aparente ligação que se alinha com a pesquisa anterior, e que os cientistas disseram que ainda investigarão mais.

"Componentes bioativos presentes no café reduzem a resistência à insulina e a inflamação sistemática", disse a principal autora do estudo, Ming Ding, doutoranda do departamento de Nutrição.

"Isso poderia explicar alguns dos nossos resultados. No entanto, mais estudos são necessários para investigar os mecanismos biológicos que produzem esses efeitos".

Nenhum efeito protetor contra o câncer foi encontrado neste estudo. Algumas pesquisas anteriores já apontavam para uma ligação entre o consumo de café e um menor risco de certos tipos de câncer. 

O estudo foi baseado em dados recolhidos a partir de três grandes questionários incluindo cerca de 300 mil enfermeiros e outros profissionais de saúde que concordaram em responder sobre suas próprias condições médicas e hábitos em intervalos regulares ao longo de 30 anos.

"Em toda a população do estudo, o consumo moderado de café foi associado à redução do risco de morte por doença cardiovascular, diabetes, doenças neurológicas como a doença de Parkinson, e o suicídio", afirma o estudo.

Os pesquisadores também apontaram como potenciais fatores de confusão o tabagismo, índice de massa corporal, atividade física, consumo de álcool e dieta. Mas o fato de que a pesquisa baseou-se em estudos que usam comportamento auto-relatado pode levantar questões sobre sua confiabilidade.

E os especialistas alertam que o café - uma substância adorada por muitos - pode ser bom para todo mundo.

"Consumo regular de café pode ser incluído como parte de uma dieta saudável e balanceada", afirmou Frank Hu, professor de nutrição e epidemiologia em Harvard.

"Algumas populações como grávidas e crianças devem tomar cuidado com o consumo elevado de cafeína proveniente do café e outras bebidas".
 



Band  

Veja dicas de como incluir as frutas na alimentação 

 

Apesar de saudáveis, o consumo deve ser moderado em função da frutose

Veja dicas de como incluir as frutas na alimentação Jean Pimentel/Agencia RBS
Foto: Jean Pimentel / Agencia RBS
A presença de vitaminas, sais minerais, fibras e antioxidantes é motivo suficiente para explicar por que as frutas dividem com as hortaliças o segundo degrau da pirâmide alimentar. Ricas em nutrientes, elas reduzem riscos de doenças cardiovasculares e auxiliam no controle do colesterol — só para citar alguns benefícios. Mas, mesmo quando se trata de um alimento tão saudável como as frutas, o excesso de consumo não é recomendado.
Vanessa Franzen Leite, nutricionista especializada em obesidade e emagrecimento, explica que a frutose — o açúcar das frutas — e o alto índice glicêmico (IG) de algumas delas podem prejudicar quem quer reduzir medidas. O IG é a velocidade na qual os carboidratos são transformados em açúcar. Quanto maior, mais rapidamente eles são digeridos e maior é o nível de açúcar no sangue, sendo necessário liberar mais insulina para normalizar a glicemia — contribuindo para o ganho de peso e o acúmulo de gordura corporal.
Mas ainda que algumas frutas tenham o índice glicêmico alto, suas fibras diminuem a absorção de açúcar, de carboidrato e de gordura — o que faz com que elas sejam digeridas mais lentamente do que refinados como pão, arroz e farinha brancos e doces.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo mínimo de 400g de frutas e hortaliças por dia, o que equivale, em média, a cinco porções. Para quem quer emagrecer, no entanto, Vanessa indica a ingestão de uma a três frutas diárias e enfatiza a importância do acompanhamento nutricional, pois a quantidade pode variar de acordo com necessidades de cada organismo.
— As frutas devem fazer parte da alimentação de todos, mas são mais calóricas e contêm mais carboidratos que os vegetais. Então, para quem precisa perder peso, recomenda-se dar mais ênfase às hortaliças — esclarece Vanessa.

As frutas, quando combinadas com proteínas, gorduras ou fibras, têm sua carga glicêmica diminuída — uma estratégia que também proporciona maior sensação de saciedade.
Jacira Santos, nutricionista da Associação Gaúcha de Nutrição, alerta para o consumo de determinadas frutas durante as refeições. De acordo com ela, as mais ácidas como laranja, ameixa, melão e melancia, por exemplo, devem ser consumidas sozinhas.

— O excesso de ácido prejudica a digestão dos carboidratos e acaba provocando fermentação, o que resulta em flatulência — afirma Jacira.
A ingestão de sucos naturais também requer atenção, pois eles não se igualam ao consumo da fruta in natura.
— Quando batidos, os sucos perdem boa parte das fibras da fruta e isso facilita a absorção da frutose pela corrente sanguínea — afirma Vanessa.
Veja sugestões das nutricionistas de lanches com frutas:
Combine uma fruta com:
— Duas nozes
— Uma colher de sopa de linhaça
— Um iogurte light
— Uma fatia de queijo light

Ou
— Frutas picadas com granola — mesmo que preparado com frutas calóricas como o abacate e a banana, é um lanche intermediário que proporciona saciedade por causa do açúcar e da fibra.



ZERO HORA 

Hábitos saudáveis para evitar a depressão 

 

Unir exercício físico e dieta balanceada contribui para prevenir transtornos psíquicos e emocionais, apontam psiquiatras


Foto: Felipe Carneiro / Agencia RBS
Priorizar uma alimentação saudável e fazer exercícios físicos regularmente representam inúmeras vantagens para o corpo e reduzem o aparecimento de diversas doenças. Mas estudos recentes apontam que manter um estilo de vida saudável também é importante para a saúde cerebral. Esse foi um dos temas abordados durante a 33ª edição do Congresso Brasileiro de Psiquiatria (CBP), que ocorreu na semana passada em Florianópolis.
A presidente da Sociedade de Pesquisa Internacional em Psiquiatria Nutricional, Felice Jacka, afirma que o tema da psiquiatria nutricional ganhou foco a partir de 2009 e que pesquisas em diversos países conseguiram comprovar a relação entre alimentação saudável e prevenção de transtornos mentais como depressão:
— Nos últimos três anos, muitos cientistas publicaram estudos sobre isso e o resultado é o mesmo: a dieta saudável previne, ao mesmo tempo que a não saudável é um fator de risco para os distúrbios mentais.


Importância da atividade aeróbica com frequência


Ela defende que consumir alimentos pobres em nutrientes pode levar à deficiência de antioxidantes e fibras, o que representa um impacto negativo sobre o nosso sistema imunológico e flora intestinal, que estão diretamente relacionados à depressão.
— Uma dieta rica em gorduras saturadas e açúcares refinados tem um impacto negativo nas proteínas chamadas neurotrofinas, que são importantes contra a depressão, pois protegem o cérebro contra o estresse oxidativo e promovem o crescimento de novas células cerebrais — explica a especialista.
Além disso, a atividade física auxilia na prevenção e no tratamento contra a depressão e outros transtornos. Mas o coordenador do Centro de Estudos de Alzheimer da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Jerson Laks, que estuda os reflexos do assunto em idosos, ressalta que é importante fazer atividade física, principalmente aeróbica, pelo menos três vezes por semana ou um total de 150 minutos.
— Existem muitos hormônios que são de neurogênese, de criação de novas ligações e da manutenção da atividade neuronal, que melhoram quando você faz exercício físico. Então se você nunca fez exercícios, nunca é tarde para começar a fazer — reforça.
Conforme Laks, a atividade física regular diminui o risco de Alzheimer em idosos em 45% e outras demências em 25%. Além disso, aliada a antidepressivos, aumenta em 25% a resposta ao tratamento contra depressão.


KARINE WENZEL / O SOL DIÁRIO 

Pesquisadores desenvolvem método para detectar câncer com uma pequena amostra de sangue 

 

Além de revelar a doença, foi possível identificar e localizar o tumor


Pesquisadores desenvolvem método para detectar câncer com uma pequena amostra de sangue Fernando Gomes/Agencia RBS
Foto: Fernando Gomes / Agencia RBS
Com apenas uma gota de sangue pesquisadores suecos da Umeå University conseguiram detectar, classificar e localizar um tumor cancerígeno. O novo método foi capaz de identificar a doença com 96% de precisão.
— Ser capaz de detectar o câncer em um estágio inicial é fundamental. No futuro, isso pode tornar desnecessários os procedimentos invasivos de biópsia nos casos de câncer de pulmão, por exemplo. Durante o estudo, quase todas as formas da doença foram identificadas, o que prova que os exames com amostras de sangue têm um grande potencial — garantiu Jonas Nilsson, pesquisador da Universidade e coautor do artigo.

As avaliações foram feitas com base na análise das plaquetas, que podem constituir uma fonte de identificação do câncer completa e de fácil acesso.

O estudo foi realizado com 283 pessoas das quais 228 já tiveram algum tipo de câncer e 55 nunca tiveram nenhuma evidência da doença. Entre os 39 indivíduos que foram detectados precocemente com câncer foi possível identificar e classificar a doença em 100% dos casos.

A pesquisa foi realizada em colaboração com especialistas da Holanda e dos Estados Unidos.
 

Pesquisadores confirmam novo tipo de doença cardíaca 

 

Trata-se de um transtorno que afeta pessoas mais velhas, a síndrome de Bayés



Há mais de 30 anos que especialistas suspeitam da existência de uma nova doença cardíaca: uma alteração quase imperceptível na atividade elétrica do coração capaz de levar à morte.
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Foto: iStock
 
Agora, uma equipe da Sociedade Espanhola de Cardiologia (SEC) concluiu que, na verdade, trata-se de um transtorno que afeta pessoas mais velhas, a síndrome de Bayés, que pode ser detectada por um simples cardiograma.
O médico Manuel Martínez-Selléz, da SEC, via com preocupação como pessoas portadoras dessa síndrome sofriam derrames cerebrais com mais frequência e tinham riscos maiores de demência e morte.
Martínez-Selléz fez um estudo com 80 centenários e 269 septuagenários e demonstrou que trata-se de uma situação de pré-arritmia. "Agora sabemos que as pessoas que sofrem este bloqueio interauricular têm um batimento adiantado das aurículas. E sabemos que pode levar à arritmia", disse Martínez-Selléz à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC.
O bloqueio interauricular é um transtorno entre as aurículas do coração, duas cavidades na parte superior do órgão. "Trata-se de uma doença porque é uma alteração do circuito elétrico do coração, neste caso, do circuito elétrico das aurículas, que associa-se a um risco demonstrado tanto de acidente cerebrovascular como de demência."
As pessoas com esta alteração têm facilidade para formar um coágulo na aurícula esquerda do coração. 


Diagnóstico melhor 

 
O fato de ser uma doença abre as portas para melhorar o diagnóstico de doenças cardíacas que surgem com a idade. A síndrome leva o nome do cardiologista Antonio Bayés de Luna.
A Organização das Nações Unidas estima que haverá cerca de 400 milhões de pessoas acima de 80 anos no ano de 2050, o que será um desafio para a área da saúde.
Para a equipe de pesquisadores, o principal aspecto positivo do estudo é melhorar o diagnóstico de idosos com este sintoma. "Estamos convencidos que os portadores desta alteração se beneficiarão de um tratamento antiarrítmico e anticoagulante que ajudará a prevenir o infarto cerebral e a demência", disse Martínez-Selléz. 


BBC BRASIL / TERRA 

Você fica muito tempo em frente à TV? Cuidado, isso aumenta o risco de morte




Segundo estudo, há um aumento do risco de morte por câncer, AVC, Parkinson e diabetes

Estudo mostra que ficar em frente à TV por muito tempo aumenta risco de doenças e até de morteFicar em frente à televisão por mais de três horas por dia encurta a vida e aumenta o risco de morte por oito tipos de doenças diferentes, diz um estudo do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos que foi publicado no periódico American Journal of Preventive Medicine. Essa pesquisa mostra os efeitos maléficos de ficar diante da telinha por horas a fio.

 
Os pesquisadores analisaram mais de 221 mil pessoas entre 50 e 71 anos, sem doenças crônicas no início do estudo. Essa análise de dados já confirmou a associação com um aumento do risco de morte por câncer e doenças cardiovasculares, como infarto e AVC.
“ Pessoas que revelaram ficar sentados assistindo algo de três a quatro horas por dia tiveram 15% a mais de probabilidade de morrer"
Estudos anteriores já suspeitavam desse acontecimento. Os cientistas também descobriram que há um risco de morte mais alto também para outras doenças, como diabetes, gripe, pneumonia e Parkinson, além de doenças no fígado. Eles descobriram que, tirando aqueles que assistiam televisão durante menos de uma hora por dia, as outras pessoas que revelaram ficar sentados assistindo algo de três a quatro horas por dia tiveram 15% a mais de probabilidade de morrer, ainda no período desse estudo. Essa estimativa, segundo a Ansa, não era influenciada de fatores com o uso de álcool ou cigarro.

Pessoas que revelaram ficar sentados assistindo algo de três a quatro horas por dia tiveram 15% a mais de probabilidade de morrer

De acordo com a pesquisa, cerca de 80% dos americanos assistem a televisão por três horas e meia, em média, diariamente. Esse tempo consumiria, então, o espaço que seria dedicado à atividade física.
Repense o tempo livre; você pode sair da frente da TV e ter hábitos mais saudáveis“Nesse contexto, nossos resultados se inserem em uma massa crescente de pesquisas que indicam que ficar sentado por muito tempo pode causar efeitos negativos na saúde”, explicou à Ansa a autora principal do estudo, Sarah Keadle.
“Dada a crescente idade da população e a alta prevalência de assistir à TV no tempo livre, pode ser importante uma intervenção de saúde pública, mais do que até hoje foi reconhecida”, diz.


 

I G  / Getty Images /  Thinkstock

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