Bactérias
presentes no intestino poderiam regular a quantidade de comida que nós
ingerimos produzindo proteínas após as refeições que enviam um sinal
para o cérebro, segundo um estudo conduzido por pesquisadores do Inserm e
da Universidade de Rouen.
— O modelo atual de regulação do
apetite envolve hormônios do intestino que alertam os neurônios quando
temos fome ou quando estamos saciados. Pela primeira vez, a influência
das proteínas bacterianas na emissão de sinais do intestino para o
cérebro foi observada — explicou o Inserm (Instituto nacional da saúde e
da pesquisa médica) em comunicado publicado nesta terça-feira.
O estudo foi publicado na revista especializada norte-americana Cell Metabolism e observou a relação entre as bactérias e a obesidade.
O estudo foi publicado na revista especializada norte-americana Cell Metabolism e observou a relação entre as bactérias e a obesidade.
—
Inúmeros estudos tentam compreender a relação entre bactérias
intestinais e obesidade. Mas até agora, não sabíamos quais delas
poderiam ser boas ou ruins para combater a doença — afirmou Serguei
Fetissov, principal pesquisador do trabalho.
Suas pesquisas mostram que as proteínas bacterianas, secretadas pelas bactérias E.coli vinte minutos após uma refeição, podem ser usadas para alertar sobre a sensação de saciedade.
Suas pesquisas mostram que as proteínas bacterianas, secretadas pelas bactérias E.coli vinte minutos após uma refeição, podem ser usadas para alertar sobre a sensação de saciedade.
O estudo foi conduzido em
ratos, mas "o que nos faz pensar que essa possibilidade se aplica ao
homem é a presença destas mesmas bactérias E.coli " no organismo humano,
disse Fetissov.
Ele ressaltou que os estudos anteriores se centravam nas bactérias presentes em grande quantidade, deixando de lado as bactérias E. coli, que representam menos de 1% da flora intestinal.
Ele ressaltou que os estudos anteriores se centravam nas bactérias presentes em grande quantidade, deixando de lado as bactérias E. coli, que representam menos de 1% da flora intestinal.
— Apenas um
estudo de uma equipe de Marselha (sul da França) havia mostrando que
existiam mais bactérias E.coli nas pessoas com menos peso ou anoréxicas
do que nas pessoas obesas — contou.
Após
os testes realizados em ratos, "agora é importante determinar se as
pessoas obesas têm essas boas bactérias capazes de produzir proteínas
que atuam sobre o cérebro, produzindo a sensação de saciedade", observou
Fetisov.
— Caso as pessoas obesas não as tenham ou não as tenham
em quantidade suficiente, temos boas razões para acreditar que é
possível tratá-los com probióticos (bactérias de substituição, ndlr).
Administrados por via oral, os probióticos agem no nível do intestino e
seriam uma ativação por via natural — ressaltou.
AFP / DIÁRIO CATARINENSE
Ver muita TV pode provocar problemas cerebrais, diz estudo
Os
jovens adultos que assistem muita televisão poderão ter problemas
cognitivos no futuro, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira, no
qual um grupo de 3.000 pessoas foi acompanhado durante 25 anos.
O
estudo destaca que os participantes que assistiam televisão mais de
três horas por dia quando eram jovens correm duas vezes mais riscos de
ter problemas cognitivos ao longo da vida adulta do que aqueles que são
mais ativos e passam menos tempo em frente a uma tela.
Um total de
3.247 adultos, de entre 18 e 30 anos, foram acompanhados durante o
estudo, publicado nesta quarta-feira no Journal of the American Medical
Association (JAMA) Psychiatry.
Os pesquisadores avaliaram suas
atividades cognitivas depois de 25 anos por meio de três provas para
avaliar sua rapidez reflexiva, as funções de execução e sua memória
verbal.
"Os participantes com hábitos de vida menos ativos, ou
seja, com pouca atividade e muita televisão, eram mais suscetíveis a ter
resultados piores nas provas cognitivas", destaca o estudo.
Contudo, a memória verbal não foi afetada por uma overdose de televisão.
Andrew
Przybylski, psicólogo da Universidade de Oxford que não participou da
pesquisa, questionou o estudo: "Em primeiro lugar, seus dados se baseiam
em uma medição feita pelos próprios participantes do tempo que passam
em frente à televisão, isto pode ser problemático".
Os envolvidos
não efetuaram provas cognitivas no início do estudo, o que permitiria
ter dados de referência. Além disso, "quase um de cada três não
participaram do final do estudo", o que fragiliza as conclusões do
trabalho, lamentou Przybylski.
ksh/bdx/are/val/lm/pr / D C
ksh/bdx/are/val/lm/pr / D C
Conheça os tipos de arroz e os benefícios de cada um
Um dos ingredientes mais vistos nas refeições brasileiras é, com certeza, algum dos tipos de arroz.
Como acompanhamento do tradicional feijão, o mais comum é o branco
polido, mas existem outras versões desse grão disponíveis no mercado.
Conhecer as variedades é importante para usufruir desse alimento tão
nutritivo.
Diferentes culturas usam diferentes tipos de arroz
Os tipos de arroz variam conforme o gosto e também conforme a descendência cultural.
Os japoneses têm sua preferência, os italianos e os tailandeses também.
Alguns pratos típicos desses locais pedem o grão utilizado na origem.
Hoje
já é possível encontrar uma grande variedade nas prateleiras do
supermercado. Cada variedade tem propriedades nutricionais diferentes,
além da textura após o cozimento.
Conheça mais sobre os tipos de arroz
A nutricionista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Nadia Almeida de Souza, explica as diferenças entre cada tipo de arroz e como preparar da melhor maneira.
1. Integral
Esse tipo é fervido com casca, por uma hora, em tanques abertos e espalhados no chão para secar. Ele não é descascado nem polido, assim contém mais fibras e vitaminas que o arroz branco.
Dos tipos de arroz, é o grão com a maior quantidade de gordura boa,
que ajuda a regularizar o funcionamento intestinal, além de aumentar a
sensação de saciedade. Esse grão pode ser cozido em panela de pressão
por 10 minutos após o início da pressão.
2. Polido ou arroz branco
É a base da alimentação dos brasileiros, rico em carboidratos
e pouca proteína. Combinado com o feijão, ele forma um composto de
aminoácidos mais completo. Essa versão, porém, pode causar constipação
intestinal. Para cozinhar uma xícara de arroz, use duas xícaras de água e
cozinhe por 20 minutos.
3. Selvagem ou preto
Dos tipos de arroz, esse é de grão longo e fino, coloração negra por fora e branca por dentro. Essa variedade contém mais proteínas e fibras que o arroz comum.
Sua única desvantagem é o tempo de cozimento. Por ser mais duro que o arroz branco, são necessárias três xícaras de água para cada medida igual do grão.
4. Arroz sanishiki ou japonês
É a variedade utilizada na culinária japonesa. Esse arroz não precisa de sal e óleo
no cozimento. A variedade possui maior quantidade de carboidratos, por
conter mais amido em sua parte externa. Para cozinhar, basta combinar a mesma medida de água e de arroz em uma panela.
5. Parboilizado
Dentre os tipos de arroz, esse grão inteiro é deixado em água fervente por oito horas. O procedimento deixa a casca solta, facilitando a moagem.
Essa variedade tem um valor nutricional maior
que o arroz comum, pois as vitaminas são permeadas para dentro do grão.
No cozimento, ele fica mais soltinho, mas apresenta um sabor acentuado.
Ao cozinhar, utilize duas xícaras e meio de água para duas xícaras de
arroz.
6. Jasmim ou aromático
É um arroz de textura macia e úmida,
muito utilizado na culinária tailandesa. O arroz jasmim fica em segundo
lugar em relação à quantidade de proteínas e seu aroma é bem forte.
Para o cozimento, é possível utilizar chá de jasmim no lugar da água, na medida de uma xícara de arroz e duas e meia de líquido.
7. Arroz arbóreo
É uma variante italiana de grão médio e levemente amarelado. Sua textura cremosa o torna ótimo para o preparo de risotos.
A desvantagem dessa variedade de arroz é que ela possui maior quantidade de carboidratos
por ter mais amido, que é o que deixa aquela textura aveludada nos
pratos. Para cada medida de arroz, use quatro de água ou caldo.
DOUTÍSSIMA / TERRA
Caminhar distraído pode afetar a saúde, diz estudo
As
pessoas costumam pensar que é seguro caminhar e enviar mensagens de
textos em seus celulares ao mesmo tempo, mas cuidado: andar distraído
pode se tornar um grande problema, segundo um estudo publicado nesta
quarta-feira.
Cerca de 78% dos adultos americanos admitem que
caminhar distraído é um sério problema, mas somente 29% deles opina que é
um problema para eles em particular, indicou o estudo publicado pela
academia americana de cirurgiões ortopédicos.
A maioria dos
entrevistados admitiu que caminhar distraidamente - por estarem
conversando, escutando música ou enviando mensagens de texto - é
perigoso. No entanto, 31% deles o fazem de qualquer jeito, confiantes de
suas habilidades para realizar várias tarefas ao mesmo tempo.
A
academia divulgou um estudo de 2013 que mostra um aumento notável em
acidentes de pedestres entre 2004 e 2010, aos quais o uso do telefone
foi um fator-chave.
A mensagem, não obstante, não parece chegar
aos usuários de smartphones. Muitos assumem que isto é algo que acontece
com frequência.
A pesquisa constatou que 48% dos americanos não
pensam se podem ou não caminhar distraídos, 28% estão confiantes de que
"podem caminhar e fazer outras coisas" e 22% "estão ocupados e querem
maximizar o tempo".
"Hoje em dia, os perigos dos 'zumbis digitais'
estão aumentando. Cada vez mais, pedestres caem de escadas, tropeçam em
canteiros, chocam uns nos outros ou invadem a pista dos carros, o que
causa um aumento de lesões que vão desde hematomas a torções e
fraturas", disse Alan Hilibrand, porta-voz da associação.
"Muitos de nós precisamos simplesmente deixar de lado nossos aparatos e nos concentrar naquilo que nos rodeia."
A
pesquisa, orientada pela empresa Ipsos, entrevistou 2.008 adultos entre
os dias 8 e 20 de outubro e tem uma margem de erro de 2,5 pontos
percentuais.
rl/jm/lm/val/mp
Especialistas alertam para os riscos de dietas que abolem alimentos importantes para a saúde
Depois de interpretar o deus mitológico Thor nos filmes da Marvel, o
ator australiano Chris Hemsworth divulgou uma foto na pele de seu novo
personagem quase irreconhecível – magro, sem os braços musculosos e
abdome tonificado.
O ator passou por uma dieta de 500 calorias por dia para emagrecer
para seu novo papel. Hemsworth, porém, não está sozinho quando o assunto
é loucura para emagrecer. Com a chegada do verão cada vez mais próxima,
muitas pessoas fazem de (quase) tudo para perder aqueles quilinhos
extras.
A correria para emagrecer aquece a propagação de “dietas milagrosas”,
que prometem grande emagrecimento em tempo recorde. Mas a nutricionista
Ana Gonçalves, alerta: cada indivíduo possui uma necessidade
nutricional e vitamínica diferente.
“O problema é que as pessoas acham que a dieta do vizinho ou a dieta
da moda vai ser boa para elas. Mas dietas são individualizadas. Dependem
das necessidades específicas de cada um”, explica.
Para a nutricionista Bianca Genoese, alimentação é “80% do trabalho”.
Mas, além do cardápio balanceado, é preciso investir em exercícios e se
aceitar. “Ninguém aguenta fazer dieta a vida inteira. As pessoas podem
escorregar, comer um chocolate e uma pipoca de vez em quando. É preciso
consciência para se segurar no dia seguinte, e aliar exercícios à
dieta.” (AD).
O SUL
Cientistas testam efetividade da aspirina na prevenção do câncer de cólon
Pesquisadores do Centro Nacional do Câncer do Japão e do Centro de
Doenças de Adultos de Osaka iniciaram um estudo com 7.000 pacientes, o
maior até o momento, para testar a efetividade da aspirina na prevenção
do câncer de colón.
Esse exame clínico já foi realizado com centenas de pessoas e a partir
de agora se estenderá a outros 7.000 pacientes para dar sequência ao
estudo dirigido pelo médico Hideki Ishikawa, da Universidade de Kioto,
informou nesta segunda-feira o jornal "Yomiuri".
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Participarão pacientes com idades entre 40 e 69 anos e que tenham sido
submetidos previamente a uma intervenção cirúrgica para a retirada de um
pólipo com altas possibilidades de mutação do câncer.
Cerca de 25 % dos pacientes que passaram pela cirurgia para a retirada
de um pólipo com mais de um centímetro de diâmetro poderia desenvolver
câncer de cólon ou de reto, segundo dados da equipe médica que iniciou o
estudo sobre a aspirina.
Iniciada em outubro, está previsto que a pesquisa dure sete anos,
quatro deles dedicados a realizar testes nos pacientes e outros três
posteriores para analisar os resultados.
Seria a primeira vez que se realiza um teste destas características com
um remédio, que em princípio não é usado para tratar a doença que se
procura prevenir.
No entanto, alguns estudos já assinalaram os benefícios que a ingestão
de aspirinas pode ter em alguns pacientes que sofrem ou têm risco de
padecer determinados processos cancerígenos.
Neste mesmo ano um grupo de cientistas britânicos das universidades de
Newcastle e de Leeds demonstrou que tomar uma aspirina ao dia poderia
ajudar pessoas que sofrem de sobrepeso a prevenir o desenvolvimento de
câncer de cólon.
Além disso, a ingestão de ácido acetilsalicílico poderia reduzir o
risco de sofrer alguns tipos de câncer de pele ou as possibilidades de
contrair câncer de estômago e intestino, segundo publicaram recentemente
as revistas "Nature" e "Annals Of Oncology".
EFE / TERRA
Manter o nível correto de glicose no sangue exige estilo de vida saudável
Dieta regrada e prática de exercícios físicos são necessidades de quem convive com o diabetes
Foto:
Gonza Rodrigues / Arte ZH
Juliana Forner
Centenas de milhões de pessoas
pelo mundo precisam seguir um modelo de vida rigoroso para manter a saúde em
dia. São os pacientes diagnosticados com diabetes mellitus. O organismo dessas
pessoas não produz o hormônio chamado insulina, produz em quantidade
insuficiente ou não consegue empregá-lo de maneira eficiente — essas duas
situações fazem com que a glicose não seja transformada em fonte de energia,
permanecendo no sangue e aumentando o chamado nível glicêmico. De acordo com
dados de 2013 da Federação Internacional de Diabetes, 382 milhões de indivíduos
são afetados pela doença crônica. No Brasil, eram cerca de 14 milhões em 2012,
conforme o Ministério da Saúde.
Regular a alimentação e fazer exercícios são medidas de extrema importância para quem tem diabetes. Alvaro Reischak de Oliveira, professor de fisiologia do exercício da UFRGS, explica que a prática regular de atividades físicas diminui a quantidade de glicose no sangue:
— Com um bom controle glicêmico, maior será a sobrevida do paciente. Além disso, o exercício contribui para a diminuição de peso, o que reduz a resistência à insulina.
Com relação à dieta, alimentos integrais e vegetais, ricos em fibras, são os indicados para diabéticos, pois têm baixo índice glicêmico — ou seja, levam mais tempo para transformar o carboidrato em açúcar no organismo. Na lista do que deve ser evitado estão os doces e os carboidratos simples, como mel, pão francês, suco de frutas e macarrão. Por ser o nutriente que mais afeta a glicemia, o carboidrato deve ter sua ingestão muito controlada entre os diabéticos.
— Cem por cento do carboidrato ingerido é convertido em glicose num período que pode variar de 15 minutos a duas horas após a ingestão, enquanto que de 35% a 60% das proteínas consumidas são convertidas em glicose em três a quatro horas. Somente 10% das gorduras são convertidas em glicose após cinco horas ou mais da ingestão — esclarece Joise Munari Teixeira, nutricionista clínica do Hospital São Lucas da PUCRS.
Por mais trabalhoso que seja, contabilizar a quantidade de carboidratos ingeridos é um procedimento fundamental na vida de quem tem diabetes. De acordo com Cigléa do Nascimento, nutricionista da equipe de endocrinologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, a prática serve como uma estratégia nutricional para manter o paciente com a glicose controlada: monitorando a quantidade de carboidratos presente nos alimentos consumidos, é possível determinar quanta insulina precisa ser aplicada para equilibrar a glicose no organismo.
— De acordo com o que comer, o paciente vai receber insulina a mais ou a menos. Com o tempo, vai percebendo quais alimentos aumentam a glicose no sangue e começa a evitá-los. Também é uma forma de conscientização — explica.
A contagem de carboidratos pode ser feita pelas pessoas com diabetes tipo 1 (quando nenhuma ou quase nenhuma insulina é liberada no corpo) e também por quem tem a do tipo 2 (quando o organismo não consegue utilizar a insulina que produz ou quando não há uma produção suficiente do hormônio). Contudo, a técnica é mais utilizada por quem precisa aplicar doses de insulina.
— Hoje, sabe-se que a contagem de carboidratos oferece um resultado bastante objetivo e facilita o cálculo da dose de insulina a ser administrada em cada refeição, trazendo maior satisfação e melhor controle glicêmico — explica Joise Munari Teixeira, nutricionista clínica do Hospital São Lucas da PUCRS.
Joise também tem a doença — ela foi diagnosticada há 20 anos com diabetes tipo 1. A especialista começou a fazer contagem de carboidrato há pelo menos oito anos, ainda na adolescência, com a ajuda dos pais. Aos poucos, com o uso no dia a dia, aprendeu a fazer sozinha. Para ela, o principal benefício é a maior flexibilidade na dieta:
— A contagem dá mais liberdade. A alimentação não precisa ser tão regrada, principalmente com relação aos horários.
A advogada Luciane Neeme Steinbach, 36 anos, que também tem diabetes tipo 1, concorda. Ela conta que o início foi penoso, mas considera que o hábito é essencial e hoje já está acostumada:
— O começo é mais complicado, mas tu acabas assimilando, e vale a pena. Isso me deu uma independência muito grande. Não tenho mais medo de fazer exercício pesado ou mais longo, por exemplo.
Os tipos
A contagem de carboidratos pode ser aplicada por meio de dois métodos: por grama e por substituição
Por grama
— O paciente deve somar a quantidade de carboidrato ingerida por refeição com base nas informações do rótulo do alimento ou em manuais de contagem de carboidrato.
— A glicemia deve ser medida antes e depois da refeição. Se estiver diferente da meta estabelecida com a ajuda de nutricionista, é preciso aplicar a insulina necessária para normalizar o nível de glicose no sangue.
— Essa quantidade dependerá da sensibilidade da pessoa ao hormônio, mas, como regra geral, tem-se uma unidade de insulina a cada 15g de carboidrato para adultos e uma unidade a cada 30g de carboidrato para crianças.
Por substituição
— Os alimentos são agrupadas de forma que cada porção corresponda a 15g de carboidrato. A glicemia também deve ser medida antes e depois das refeições.
— São estimuladas trocas de produtos do mesmo grupo alimentar ou até de grupos diferentes (porções de amido por porções
de fruta, por exemplo), desde que ambos forneçam aproximadamente a mesma quantidade do nutriente.
— Esse método é mais simples, mas menos preciso que o de contagem.
É preciso se mexer
O remador britânico Steve Redgrave já havia conquistado quatro medalhas olímpicas de ouro e treinava para sua quinta Olimpíada quando foi diagnosticado com diabetes tipo 1, em 1997. Inicialmente, achou que sua carreira havia acabado, mas, incentivado por um médico, não desistiu do objetivo. Três anos depois, em Sidney, o atleta não só competiu como conquistou mais um primeiro lugar.
A portalegrense Vera Feldens, 65 anos, também é diabética e pode não ter subido em pódios de competições mundiais, mas também coleciona importantes conquistas. Da Volta à Ilha — corrida de revezamento de 150 quilômetros que contorna Florianópolis —, ela já participou quatro vezes, sendo a última com 61 anos. São cerca de 20 quilômetros percorridos por pessoa. Desde que foi diagnosticada com a doença, aos 27 anos, faz exercícios regularmente. Com 45 anos, começou a depender do tratamento com insulina, mas inseriu a natação na rotina e conseguiu tirar o medicamento à base do hormônio de sua vida.
As histórias de Redgrave e Vera demonstram como uma pessoa com diabetes pode praticar qualquer tipo de exercício físico — inclusive os de alto impacto — e também dimensionam a importância da prática frequente de atividades para regular a glicemia. Daniel Umpierre de Moraes, pesquisador do Hospital de Clínicas de Porto Alegre na área de fisiopatologia do exercício, explica que a doença está relacionada a condições como pressão alta, menor resistência muscular e maior sobrepeso.
— Além da melhora do controle glicêmico, o exercício promove a redução da pressão arterial e o aumento da resistência muscular, mesmo em casos em que não há diminuição de peso — complementa.
Todos os tipos de exercício (aeróbicos, de resistência e a combinação de ambos) são indicados. A recomendação é de que eles sejam praticado todos os dias.
Cuidado com a hipoglicemia
Alvaro Reischak de Oliveira, professor de fisiologia do exercício da UFRGS, explica que a atividade física tem a capacidade de fazer com que a sensibilidade à insulina cresça, aumentando a captação de glicose. Por isso, uma pessoa não diabética tem a produção do hormônio automaticamente diminuída ao fazer exercícios. No entanto, quem convive com a doença não possui esse controle biológico, podendo ocorrer uma hipoglicemia — falta de insulina no sangue.
— O controle da pessoa não diabética é absolutamente fisiológico, enquanto o da diabética é farmacológico. Então, para evitar problemas, o paciente deve fazer uma combinação de alimentação prévia com redução da dose de insulina antes do exercício — salientou Alvaro.
Segundo Beatriz D'Agord Schaan, endocrinologista e professora da Faculdade de Medicina da UFRGS, se o exercício é prolongado, como uma maratona, mais de uma ingestão de glicose durante a atividade pode ser necessária. Vera, por exemplo, levava uma bala na touca de natação quando participava de competições a nado, para o caso de uma hipoglicemia.
— Nunca precisei usar. No final, largava para Iemanjá — conta.
DIÁRIO GAÚCHO
Regular a alimentação e fazer exercícios são medidas de extrema importância para quem tem diabetes. Alvaro Reischak de Oliveira, professor de fisiologia do exercício da UFRGS, explica que a prática regular de atividades físicas diminui a quantidade de glicose no sangue:
— Com um bom controle glicêmico, maior será a sobrevida do paciente. Além disso, o exercício contribui para a diminuição de peso, o que reduz a resistência à insulina.
Com relação à dieta, alimentos integrais e vegetais, ricos em fibras, são os indicados para diabéticos, pois têm baixo índice glicêmico — ou seja, levam mais tempo para transformar o carboidrato em açúcar no organismo. Na lista do que deve ser evitado estão os doces e os carboidratos simples, como mel, pão francês, suco de frutas e macarrão. Por ser o nutriente que mais afeta a glicemia, o carboidrato deve ter sua ingestão muito controlada entre os diabéticos.
— Cem por cento do carboidrato ingerido é convertido em glicose num período que pode variar de 15 minutos a duas horas após a ingestão, enquanto que de 35% a 60% das proteínas consumidas são convertidas em glicose em três a quatro horas. Somente 10% das gorduras são convertidas em glicose após cinco horas ou mais da ingestão — esclarece Joise Munari Teixeira, nutricionista clínica do Hospital São Lucas da PUCRS.
Por mais trabalhoso que seja, contabilizar a quantidade de carboidratos ingeridos é um procedimento fundamental na vida de quem tem diabetes. De acordo com Cigléa do Nascimento, nutricionista da equipe de endocrinologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, a prática serve como uma estratégia nutricional para manter o paciente com a glicose controlada: monitorando a quantidade de carboidratos presente nos alimentos consumidos, é possível determinar quanta insulina precisa ser aplicada para equilibrar a glicose no organismo.
— De acordo com o que comer, o paciente vai receber insulina a mais ou a menos. Com o tempo, vai percebendo quais alimentos aumentam a glicose no sangue e começa a evitá-los. Também é uma forma de conscientização — explica.
A contagem de carboidratos pode ser feita pelas pessoas com diabetes tipo 1 (quando nenhuma ou quase nenhuma insulina é liberada no corpo) e também por quem tem a do tipo 2 (quando o organismo não consegue utilizar a insulina que produz ou quando não há uma produção suficiente do hormônio). Contudo, a técnica é mais utilizada por quem precisa aplicar doses de insulina.
— Hoje, sabe-se que a contagem de carboidratos oferece um resultado bastante objetivo e facilita o cálculo da dose de insulina a ser administrada em cada refeição, trazendo maior satisfação e melhor controle glicêmico — explica Joise Munari Teixeira, nutricionista clínica do Hospital São Lucas da PUCRS.
Joise também tem a doença — ela foi diagnosticada há 20 anos com diabetes tipo 1. A especialista começou a fazer contagem de carboidrato há pelo menos oito anos, ainda na adolescência, com a ajuda dos pais. Aos poucos, com o uso no dia a dia, aprendeu a fazer sozinha. Para ela, o principal benefício é a maior flexibilidade na dieta:
— A contagem dá mais liberdade. A alimentação não precisa ser tão regrada, principalmente com relação aos horários.
A advogada Luciane Neeme Steinbach, 36 anos, que também tem diabetes tipo 1, concorda. Ela conta que o início foi penoso, mas considera que o hábito é essencial e hoje já está acostumada:
— O começo é mais complicado, mas tu acabas assimilando, e vale a pena. Isso me deu uma independência muito grande. Não tenho mais medo de fazer exercício pesado ou mais longo, por exemplo.
Os tipos
A contagem de carboidratos pode ser aplicada por meio de dois métodos: por grama e por substituição
Por grama
— O paciente deve somar a quantidade de carboidrato ingerida por refeição com base nas informações do rótulo do alimento ou em manuais de contagem de carboidrato.
— A glicemia deve ser medida antes e depois da refeição. Se estiver diferente da meta estabelecida com a ajuda de nutricionista, é preciso aplicar a insulina necessária para normalizar o nível de glicose no sangue.
— Essa quantidade dependerá da sensibilidade da pessoa ao hormônio, mas, como regra geral, tem-se uma unidade de insulina a cada 15g de carboidrato para adultos e uma unidade a cada 30g de carboidrato para crianças.
Por substituição
— Os alimentos são agrupadas de forma que cada porção corresponda a 15g de carboidrato. A glicemia também deve ser medida antes e depois das refeições.
— São estimuladas trocas de produtos do mesmo grupo alimentar ou até de grupos diferentes (porções de amido por porções
de fruta, por exemplo), desde que ambos forneçam aproximadamente a mesma quantidade do nutriente.
— Esse método é mais simples, mas menos preciso que o de contagem.
É preciso se mexer
O remador britânico Steve Redgrave já havia conquistado quatro medalhas olímpicas de ouro e treinava para sua quinta Olimpíada quando foi diagnosticado com diabetes tipo 1, em 1997. Inicialmente, achou que sua carreira havia acabado, mas, incentivado por um médico, não desistiu do objetivo. Três anos depois, em Sidney, o atleta não só competiu como conquistou mais um primeiro lugar.
A portalegrense Vera Feldens, 65 anos, também é diabética e pode não ter subido em pódios de competições mundiais, mas também coleciona importantes conquistas. Da Volta à Ilha — corrida de revezamento de 150 quilômetros que contorna Florianópolis —, ela já participou quatro vezes, sendo a última com 61 anos. São cerca de 20 quilômetros percorridos por pessoa. Desde que foi diagnosticada com a doença, aos 27 anos, faz exercícios regularmente. Com 45 anos, começou a depender do tratamento com insulina, mas inseriu a natação na rotina e conseguiu tirar o medicamento à base do hormônio de sua vida.
As histórias de Redgrave e Vera demonstram como uma pessoa com diabetes pode praticar qualquer tipo de exercício físico — inclusive os de alto impacto — e também dimensionam a importância da prática frequente de atividades para regular a glicemia. Daniel Umpierre de Moraes, pesquisador do Hospital de Clínicas de Porto Alegre na área de fisiopatologia do exercício, explica que a doença está relacionada a condições como pressão alta, menor resistência muscular e maior sobrepeso.
— Além da melhora do controle glicêmico, o exercício promove a redução da pressão arterial e o aumento da resistência muscular, mesmo em casos em que não há diminuição de peso — complementa.
Todos os tipos de exercício (aeróbicos, de resistência e a combinação de ambos) são indicados. A recomendação é de que eles sejam praticado todos os dias.
Cuidado com a hipoglicemia
Alvaro Reischak de Oliveira, professor de fisiologia do exercício da UFRGS, explica que a atividade física tem a capacidade de fazer com que a sensibilidade à insulina cresça, aumentando a captação de glicose. Por isso, uma pessoa não diabética tem a produção do hormônio automaticamente diminuída ao fazer exercícios. No entanto, quem convive com a doença não possui esse controle biológico, podendo ocorrer uma hipoglicemia — falta de insulina no sangue.
— O controle da pessoa não diabética é absolutamente fisiológico, enquanto o da diabética é farmacológico. Então, para evitar problemas, o paciente deve fazer uma combinação de alimentação prévia com redução da dose de insulina antes do exercício — salientou Alvaro.
Segundo Beatriz D'Agord Schaan, endocrinologista e professora da Faculdade de Medicina da UFRGS, se o exercício é prolongado, como uma maratona, mais de uma ingestão de glicose durante a atividade pode ser necessária. Vera, por exemplo, levava uma bala na touca de natação quando participava de competições a nado, para o caso de uma hipoglicemia.
— Nunca precisei usar. No final, largava para Iemanjá — conta.
DIÁRIO GAÚCHO
Rebolar faz bem: quadril mais soltinho traz benefícios
Muitas pessoas acham que exercícios e aparelhos são
indispensáveis para manter o corpo em forma e fortalecido. Mas o simples
rebolar pode ser uma ótima
atividade para buscar esse objetivo e fortalecer os músculos do quadril,
importantes para o suporte do restante do corpo. Por isso, vale a pena colocar
uma música com bom ritmo e soltar o quadril.
Quadril fortalecido pode beneficiar a saúde
Os quadris fornecem a maior parte da força que o corpo
precisa para correr e saltar. Deficiências de força e flexibilidade nessa área
podem impactar negativamente seu dia a dia, ocasionando problemas como dor,
diminuição de mobilidade e até mesmo dificuldades para simples
tarefas diárias – saltar sobre uma poça de água na rua, por
exemplo.
É que essa região possui importantes músculos, que dão
o suporte para o corpo se mover e geram força numa variedade de ângulos e
posições. A fraqueza e a diminuição da flexibilidade em qualquer um deles é
capaz de comprometer desempenho e, possivelmente, gerar dor
através de estresse e tensão inadequadas em atividades
cotidianas.
Em determinados casos são possíveis, inclusive,
fraturas no quadril, principalmente em idosos. Segundo um estudo da Universidade
de Sydney, na Austrália, fumar, estar abaixo do peso na terceira idade, com
sobrepeso aos 20 anos, e perda de peso significativa são fatores associados ao
aumento de risco de fratura no
quadril.
Rebolar pode ajudar a fortalecer o quadril
Movimentos sinuosos no quadril são característicos de
danças do Oriente Médio e algumas delas oferecem significativos
benefícios fitness. Por exemplo, a dança do ventre pode ajudar
a manter a densidade óssea e reforça simultaneamente coordenação e
fortalecimento de pernas, quadris, costas e ombros.
Além disso, movimentos assim costumam ensinar a ter
controle muscular abdominal preciso e a relaxar as articulações
dos quadris.
Não importa há quanto tempo e desde quando você tem
relações sexuais, movimentar o quadril é capaz de fortalecer a região pélvica. É
que quando a pélvis se move o mesmo acontece com sua energia
sexual, tornando-a mais confiante e disposta. Com isso, uma possível
consequência é a maior facilidade de atingir o orgasmo – ou de tê-los de forma
mais poderosa.
Muitas pessoas acham que rebolar é difícil, mas na verdade é quase tão fácil
como andar. Você tem tudo o que precisa: pernas, pés, joelhos e
quadris. É necessário apenas alguém que explique como usá-los para essa
finalidade.
A maioria das pessoas indica mover os
quadris de um lado para o outro e esse é um ótimo início, mas a
realidade é que há outros movimentos poderosos para
fazer.
Para começar a soltar os quadris vá em frente a um
espelho e tente mexer de um lado a outro, como se estivesse fechando a porta do
carro. Faça várias vezes e, de preferência, escutando uma música estimulante e
que dê vontade de dançar. Depois de aprender o básico, as variações
ficam fáceis e você aprende com um pouco de
prática.
Movimentos mais avançados incluem fazer o
rebolado mais rápido ou lento, ou tentá-lo com pés juntos ou
separados e joelhos levemente dobrados – tente apenas depois de aprender o
básico. Escolha bem a música, já que ela é capaz de ser um grande estímulo.
Agora é só seguir em frente. A prática leva à
perfeição!
DOUTÍSSIMA / YAHOO
Casos de câncer no país podem chegar a 1,2 milhões em 2 anos
Inca prevê que a doença seja a maior causadora de mortes no Brasil em 2020
Quase 600 mil brasileiros
desenvolverão novos casos de câncer em 2016, estima o Instituto Nacional de
Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca). Para o ano seguinte, a previsão é que
esse número se repita, chegando a quase 1,2 milhão de casos em dois
anos.
A estimativa para os anos de
2016 e 2017 foi divulgada nesta sexta-feira (27), como parte da campanha do Dia
Nacional de Combate ao Câncer. De acordo com o instituto, 300.870 mulheres e
295.200 homens devem apresentar a doença por ano.
O câncer de pele não melanoma
deve ser o de maior incidência no país para ambos os sexos, com 175.760 casos
previstos por ano, número que corresponde a 29% dos casos estimados.
O segundo câncer mais
incidente em mulheres deve ser o de mama, com 57.960 casos em cada ano. Em
homens, o de próstata deve vir em seguida, com 61.200 casos.
As mulheres terão ainda entre
os tipos mais incidentes o de cólon e reto, com 17.620, o de colo do útero, com
16.340, e pulmão, com 10.860.
Para os homens, o câncer de
pulmão será o terceiro mais incidente, com 17.330 casos, seguido do de cólon e
reto, com 16.660, e do de estômago, com 12.920 novos casos estimados para cada
ano.
O envelhecimento da população
é um dos fatores que contribuem para a incidência da doença no país, assim como
a qualidade das informações e da assistência prestada, mas o instituto destaca
que o excesso de gordura corporal está relacionado a casos como o de cólon e
reto, mama, ovário e próstata. O tabagismo é outro fator relacionado a casos de
câncer, como pulmão, laringe e esôfago.
Para o vice-diretor-geral do
Inca, Luiz Felipe Ribeiro, a prevenção do câncer deve ser um tema que mobilize
não apenas o governo, mas também toda a sociedade: "Esse desafio é da população
brasileira como um todo. Cabe a cada cidadão fazer o seu papel para que a gente
possa reverter esses quadros.”
Segundo o Inca, não é possível
comparar as estimativas para 2016 e 2017 com os anos anteriores por mudanças na
metodologia e na base de dados. As informações são usadas para o planejamento de
políticas públicas de saúde. O instituto chama a atenção para o fato de que 60%
dos casos de câncer no Brasil são diagnosticados em estágio avançado.
Atualmente, o câncer é a
segunda maior causa de morte no Brasil, com 190 mil casos por ano, mas o Inca
prevê que, em 2020, a doença ocupe a primeira
posição.
TERRA
"Negligenciei o diabetes e fiquei cega por minha própria culpa"
Britânica Leonie Watson relata à BBC como, apesar de diabética, passou a adolescência ignorando conselhos médicos até, um dia, acordar com uma nova realidade de vida
A
britânica Leonie Watson perdeu a visão aos vinte e poucos anos depois
de ignorar, por muito tempo, recomendações médicas para que tratasse da
diabetes. Watson conta que foi diagnosticada com diabetes tipo 1 quando
ainda era criança e, na época, foi informada sobre o quanto poderia
comer e sobre as injeções de insulina.
"Quando fiquei um
pouco mais velha perguntei ao meu pediatra por que tinha que ser deste
jeito, se eu não poderia calcular o quanto de comida iria comer, medir a
glicose do meu sangue e então calcular a dose de insulina sozinha. A
partir deste dia não sei se ele realmente deixou eu fazer isto ou se meu
subconsciente adicionou uma memória baseada na resposta dele, mas não
importa. Aquele foi o momento em que a rebelião começou", contou Watson à
BBC.
Durante a adolescência, ela descobriu que poderia deixar de tomar uma das injeções de insulina sem grandes consequências e parou de monitorar o nível de glicose no sangue. Nessa fase ela também parou de ir ao médico para os check-ups anuais.
"Nos meus anos de estudante eu me esbaldei. Fumei, dancei, fui à farra e continuei ignorando o fato de que era diabética", disse.
Um ano
Watson contou que perdeu a visão durante um período de apenas 12 meses, entre 1999 e 2000.
"Quando olhei no espelho percebi que podia ver uma faixa de sangue na minha linha de visão. Eu olhava para a esquerda e para a direita, a faixa se movia devagar, como se estivesse flutuando em um líquido grosso."
Ela pensou que fosse apenas uma consequência da noite agitada e esperou alguns dias até consultar um oculista, que então a encaminhou para o hospital oftalmológico mais próximo para mais exames.
E, segundo Watson, uma das manifestações dos danos causados pela doença é a retinopatia diabética.
"Tentando conseguir oxigênio o bastante para a retina, no fundo do olho, seu corpo cria novos vasos sanguíneos para tentar compensar. Eles são criados como uma medida de emergência, então são fracos. Isto significa que eles tendem a estourar e causar hemorragia dentro do olho - criando faixas visíveis de sangue, como a que eu via."
No hospital oftalmológico ela foi submetida a um tratamento com laser. "Não foi agradável. Foi preciso tomar uma injeção de anestesia no olho antes do laser ser disparado."
Mas, em retrospecto, a britânica acha que este tratamento foi inútil. "Ninguém nunca me falou sobre as consequências de ter retinopatia diabética avançada, sempre foi falado em termos de uma deterioração progressiva."
"Lembro do dia em que me dei conta do quanto minha visão estava piorando, foi um dia de primavera no ano 2000. Estava descendo as escadas em casa quando entendi subitamente, como se tivesse sido atingida por um raio: eu ia ficar cega. Com absoluta certeza eu sabia que perderia minha visão e poderia apenas culpar a mim mesma. Sentei na escada e desabei, chorei como criança."
Watson passou por um tratamento com antidepressivos mas, como o medicamento a fazia dormir o dia inteiro, ela desistiu. Nos meses seguintes, teve que deixar o trabalho, pois a visão foi piorando.
Então veio a fase da raiva, na qual ela ficava "fora de controle e gritava ou atirava coisas contras pessoas que amava só porque elas estavam lá".
Ela também se machucava fazendo tarefas diárias, o que a deixava ainda mais deprimida.
"Quase no fim daquele ano, um pouco antes do Natal, o resto da minha visão foi embora. Quando penso nisto agora, parece que fui para a cama uma noite percebendo uma pequena mancha vermelha na parte mais distante da minha visão (a luz de standby da televisão do quarto) então acordei na manhã seguinte sem mais nada."
Watson afirma que as pessoas pensam que a cegueira completa é como fechar os olhos ou ficar em um quarto escuro.
"Não é assim de jeito nenhum. É uma completa ausência de luz, não é preto ou qualquer outra cor que eu possa descrever."
Retinas
A britânica explica que suas retinas já não existem mais e ela não recebe luz no fundo dos olhos, "o que dá aos meus olhos a aparência peculiar".
"Cada pupila fica permanentemente e totalmente aberta porque está tentando capturar a luz. E, estranhamente, é a aparência de meus olhos que ainda faz com que eu não tenha tanta certeza de que estou cega, mas como eu não me lembro mais como sou, talvez chegará um momento quando isto também desaparecerá sem deixar dúvidas. Estou bem adaptada a ser cega."
Agora, sem ter nenhuma visão, Watson conta que sua vida está mais fácil, pois ela começou a usar mais os outros sentidos.
Nos meses seguintes,
depois de perder a visão completamente, Watson teve que aprender
novamente coisas mais básicas: como fazer tarefas domésticas, como
cozinhar, onde encontrar audiolivros, como atravessar a rua e como é
beber demais quando não se consegue enxergar.
"Tudo isto aconteceu há 15 anos. Em algum momento, voltei a trabalhar e agora tenho muita sorte de estar trabalhando e colaborando com muitas pessoas inteligentes e interessantes, muitas delas tenho a satisfação de chamar de amigas."
Watson contou a experiência em seu site pessoal.
"A vida continuou, como a vida costuma fazer. Comemorei meu 40º aniversário no ano passado - talvez tenha sido isto que me levou a pensar e compartilhar minha história", afirmou.
Durante a adolescência, ela descobriu que poderia deixar de tomar uma das injeções de insulina sem grandes consequências e parou de monitorar o nível de glicose no sangue. Nessa fase ela também parou de ir ao médico para os check-ups anuais.
"Nos meus anos de estudante eu me esbaldei. Fumei, dancei, fui à farra e continuei ignorando o fato de que era diabética", disse.
Um ano
Watson contou que perdeu a visão durante um período de apenas 12 meses, entre 1999 e 2000.
"Quando o século estava terminando, eu estava
trabalhando na indústria de tecnologia como desenvolvedora web. Era a
época do boom do setor de dotcom e todo mundo estava se divertindo.
(...) ... Muitas festas insanas (...) saíamos dos clubes às seis da
manhã e dirigíamos para Glastonbury só para ver o sol nascer."
Mas, em uma manhã de 1999, a britânica acordou com uma ressaca e um problema."Quando olhei no espelho percebi que podia ver uma faixa de sangue na minha linha de visão. Eu olhava para a esquerda e para a direita, a faixa se movia devagar, como se estivesse flutuando em um líquido grosso."
Ela pensou que fosse apenas uma consequência da noite agitada e esperou alguns dias até consultar um oculista, que então a encaminhou para o hospital oftalmológico mais próximo para mais exames.
"Quando o diabetes não é controlada por um tempo
causa uma série de problemas que não são vistos. Quando você come alguma
coisa, o nível de açúcar no sangue aumenta e seu corpo produz insulina
para converter aquela glicose em energia. Se não houver insulina o
bastante disponível, então as células do corpo não recebem energia, elas
começam a morrer e o excesso de glicose continua preso em sua corrente
sanguínea", explicou Watson.
A britânica explicou que a glicose também sufoca células vermelhas e evita que elas transportem oxigênio.E, segundo Watson, uma das manifestações dos danos causados pela doença é a retinopatia diabética.
"Tentando conseguir oxigênio o bastante para a retina, no fundo do olho, seu corpo cria novos vasos sanguíneos para tentar compensar. Eles são criados como uma medida de emergência, então são fracos. Isto significa que eles tendem a estourar e causar hemorragia dentro do olho - criando faixas visíveis de sangue, como a que eu via."
No hospital oftalmológico ela foi submetida a um tratamento com laser. "Não foi agradável. Foi preciso tomar uma injeção de anestesia no olho antes do laser ser disparado."
Mas, em retrospecto, a britânica acha que este tratamento foi inútil. "Ninguém nunca me falou sobre as consequências de ter retinopatia diabética avançada, sempre foi falado em termos de uma deterioração progressiva."
"Lembro do dia em que me dei conta do quanto minha visão estava piorando, foi um dia de primavera no ano 2000. Estava descendo as escadas em casa quando entendi subitamente, como se tivesse sido atingida por um raio: eu ia ficar cega. Com absoluta certeza eu sabia que perderia minha visão e poderia apenas culpar a mim mesma. Sentei na escada e desabei, chorei como criança."
Watson passou por um tratamento com antidepressivos mas, como o medicamento a fazia dormir o dia inteiro, ela desistiu. Nos meses seguintes, teve que deixar o trabalho, pois a visão foi piorando.
Então veio a fase da raiva, na qual ela ficava "fora de controle e gritava ou atirava coisas contras pessoas que amava só porque elas estavam lá".
Ela também se machucava fazendo tarefas diárias, o que a deixava ainda mais deprimida.
"Quase no fim daquele ano, um pouco antes do Natal, o resto da minha visão foi embora. Quando penso nisto agora, parece que fui para a cama uma noite percebendo uma pequena mancha vermelha na parte mais distante da minha visão (a luz de standby da televisão do quarto) então acordei na manhã seguinte sem mais nada."
Watson afirma que as pessoas pensam que a cegueira completa é como fechar os olhos ou ficar em um quarto escuro.
"Não é assim de jeito nenhum. É uma completa ausência de luz, não é preto ou qualquer outra cor que eu possa descrever."
Retinas
A britânica explica que suas retinas já não existem mais e ela não recebe luz no fundo dos olhos, "o que dá aos meus olhos a aparência peculiar".
"Cada pupila fica permanentemente e totalmente aberta porque está tentando capturar a luz. E, estranhamente, é a aparência de meus olhos que ainda faz com que eu não tenha tanta certeza de que estou cega, mas como eu não me lembro mais como sou, talvez chegará um momento quando isto também desaparecerá sem deixar dúvidas. Estou bem adaptada a ser cega."
Agora, sem ter nenhuma visão, Watson conta que sua vida está mais fácil, pois ela começou a usar mais os outros sentidos.
"Não
tenho uma audição ou olfato extraordinários. Mas presto mais atenção
aos outros sentidos. Por exemplo, frequentemente ouço um telefone
tocando quando as outras pessoas não ouvem pois estou prestando mais
atenção à audição do que elas."
"Tudo isto aconteceu há 15 anos. Em algum momento, voltei a trabalhar e agora tenho muita sorte de estar trabalhando e colaborando com muitas pessoas inteligentes e interessantes, muitas delas tenho a satisfação de chamar de amigas."
Watson contou a experiência em seu site pessoal.
"A vida continuou, como a vida costuma fazer. Comemorei meu 40º aniversário no ano passado - talvez tenha sido isto que me levou a pensar e compartilhar minha história", afirmou.
I G
Cientistas japoneses desenvolvem o mais fino dos vasos sanguíneos artificiais
Pesquisadores japoneses
desenvolveram o vaso sanguíneo artificial mais fino já criado até agora, e
esperam que sua descoberta possa representar um avanço no campo da cirurgia ao
fazer a ligação de artérias cerebrais e vasos linfáticos, informou nesta
sexta-feira a imprensa local.
O novo vaso sanguíneo
artificial tem apenas 0,6 milímetros de diâmetro e foi concebido por uma equipe
do Departamento de Engenharia Biomédica do Centro Nacional Cerebral e
Cardiovascular do Japão, segundo o jornal "Asahi".
A equipe, liderada pelo
professor Yasuhide Nakayama, fez uso de um processo no qual o colágeno envolve
um corpo estranho quando este entra no organismo.
Para obter o microvaso
sanguíneo, uma haste da espessura da veia desejada foi introduzida em um rato.
Depois de dois meses, quando o colágeno tinha envolvido o objeto e formado uma
veia, a haste foi retirada.
Faz seis meses que o vaso foi
transplantado a uma artéria e até hoje continua funcionando com total
normalidade, segundo os pesquisadores.
Os vasos sanguíneos
artificiais disponíveis atualmente são feitos de materiais como os
fluoroplásticos, que acabam sendo substituídos por material gerado pelo próprio
organismo.
O problema é que com diâmetros
inferiores a seis milímetros são propensos à formação de coágulos sanguíneos em
seu interior.
A equipe do professor Nakayama
espera que suas descobertas possam permitir enxertos mais complexos em áreas
sensíveis do organismo.
EFE / TERRA
Uma taça de vinho por dia pode retardar envelhecimento
Estudo da Universidade de Iowa mostrou que consumo moderado de álcool promove um "envelhecimento saudável"
Nada de intervenções
cirúrgicas. Uma pesquisa mostrou que beber uma taça de vinho por dia pode
retardar o envelhecimento e até colaborar para um "envelhecimento
saudável".
De acordo com o estudo desenvolvido pela
Universidade de Iowa, pessoas que consomem um ou dois copos de bebidas
alcoólicas por dia envelhecem melhor que aquelas que bebem menos ou não ingerem
álcool.
"O consumo moderado de álcool
foi associado ao processo de envelhecimento saudável", afirmou o relatório da
pesquisa. Em contraste, consumo excessivo ou reduzido da bebida pode estar
ligado a um envelhecimento acelerado.
Os pesquisadores também
identificaram que fumar pode estar "associado ao processo de envelhecimento
acelerado" e precoce.
Liderado pelo médico Robert A.
Philibet, o estudo ainda pretende entender o impacto do tabaco e álcool no DNA
para monitorar as mudanças e usar o genoma (cromossosmos do código
genético) como um indicador do envelhecimento.
Terra
Pílula do exercício gera polêmica: entenda os motivos
Você
já imaginou alguns dos benefícios da atividade física embalados em uma
pílula? Pois saiba que cientistas estão começando a desenvolver a pílula do exercício, que dizem ser capaz de imitar alterações moleculares salutares decorrentes da prática de esportes.
Pílula do exercício em desenvolvimento
Fazer atividade física está prestes a ficar muito mais fácil. De acordo com uma pesquisa publicada na revista Cell Metabolism, cientistas estão a um passo de desenvolver uma pílula capaz de substituir o exercício.
Para isso, foram estudados quatro homens saudáveis durante 10 minutos
de exercício de alta intensidade, observando-se as quase 1 mil
alterações que ocorrem no corpo durante o exercício. Muitos já
suspeitavam que a atividade física desencadeia complexas alterações no
organismo, mas essa é a primeira vez que foi possível mapeá-las.
Com essas informações em mão, passou-se a desenvolver uma droga que imita as mudanças benéficas causadas pelo exercício.
Um outro artigo publicado na revista Trens in Pharmacological Sciences expôs vários compostos que estão sendo estudados para uso na pílula. A lista inclui uma molécula sintética
desenvolvida pelo Instituo de Pesquisa Scripps e substâncias
naturalmente encontradas, como um flavonoide presente em cacau, chá e
uvas e o resveratrol, visto em vinho tinto e mirtilos.
No entanto, há algumas ressalvas importantes. Em primeiro lugar, o objetivo principal dessa pílula é melhorar a força muscular
– e a maioria das pessoas sabem que esse é apenas um dos muitos
benefícios que podem ser obtidos através do exercício. Em outras
palavras, esse comprimido talvez não seja um verdadeiro substituto para a
atividade física.
Ainda não é hora de cancelar a academia
Segundo
estudos, não há comprimido que consiga fornecer todos os benefícios
obtidos através do exercício físico real – e ao menos no futuro próximo
tudo indica que ele não existirá. Lembre-se que nenhuma
dessas pílulas que estão sendo testadas seria capaz de tornar seus
ossos mais fortes ou aceleraria seu fluxo de sangue e ritmo cardíaco,
por exemplo.
Antes de cancelar a sua mensalidade na academia saiba que esse comprimido irá fornecer apenas alguns benefícios, mas não todos aqueles relacionados com uma atividade física.
Caso você faça uma rotina de exercícios
para aliviar o estresse ou elevar o nível de endorfina, saiba que a
pílula não poderá ajudá-lo. Em realidade, essa nova descoberta é mais
indicada para ajudar pessoas que possuam condições de saúde que as
impeçam de praticar atividades, como vítimas de AVC, pessoas com lesões na medula espinhal e aqueles que se encontram em cadeiras de rodas.
Tenha
em mente que a atividade física regular é muito importante para a saúde
em geral. De acordo com uma nova pesquisa da Universidade de Concórdia,
apenas 30 minutos por dia podem aliviar sintomas de
asma em adultos, por exemplo. De toda forma, se você quer realmente
todos os benefícios é válido destinar um pouco mais de tempo aos
exercícios.
É que um estudo publicado na revista Circulation
refere que esses mesmos 30 minutos podem ser insuficientes para obter
todos os reflexos positivos da atividade física. Segundo os
pesquisadores, quem realmente deseja um impacto positivo para a saúde
precisa ficar no mínimo uma hora em movimento.
DOUTÍSSIMA / TERRA
Conheça os nutrientes e os benefícios do ovo de codorna
O ovo de codorna é
quatro vezes mais nutritivo que o de galinha e é indicado, inclusive,
para tratar doenças. Colocar esse alimento na rotina pode trazer
benefícios para sua saúde.
Benefícios do ovo de codorna para a saúde
Rico em vitaminas e minerais, o ovo de codorna possui vitaminas do complexo B, A, D e ferro em sua composição. Ainda possui poderosos antioxidantes que ajudam no controle do envelhecimento.
As vitaminas do complexo B presentes em sua composição, atuam no fortalecimento do sistema nervoso, equilibrando as funções cerebrais e aumentando até mesmo a capacidade de memorização.
Segundo
a nutricionista Jureci Machado, esse alimento é rico em um tipo de
proteína capaz de aumentar a resistência do corpo humano contra
alergias. Por isso, especialmente na Medicina Chinesa, os ovos de
codorna são usados há milhares de anos no tratamento da rinite, tosse, eczema e psoríase.
Jureci ainda diz que o ovo de codorna é importante na dieta das crianças por prevenir o surgimento de infecções.
Em consequência do ferro presente no alimento, em quantidade maior do
que no ovo de galinha, ele também previne o surgimento de anemia.
Consumo do ovo de codorna
Normalmente,
o ovo de codorna é colocado em saladas, aperitivos, molhos e recheios
de sanduíches. A nutricionista alerta para o consumo da iguaria, “Por
ser um alimento que fornece um teor importante de colesterol vale a pena cuidar quanto aos excessos”, Jureci ainda completa,
“Portanto o consumo médio não deve ultrapassar cinco ovos por semana”,
orienta.
Mesmo com tantos benefícios, o ovo de galinha e o de codorna ainda possuem poucos consumidores
em relação a outros alimentos. O setor de ovos tem o seu maior
potencial de expansão no mercado brasileiro, onde seu consumo é um dos
mais baixos da América do Sul, não passando de 140 ovos por ano.
DOUTÍSSIMA / TERRA
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