domingo, 6 de março de 2016

Tomar aspirina pode proteger contra o câncer, diz pesquisa

Cientistas analisaram 136.000 pessoas por 32 anos; riscos de câncer de estômago e intestino caíram 15% e 19%, respectivamente


Um estudo americano apontou que tomar apenas duas aspirinas por semana pode proteger contra o câncer, potencialmente impedindo 10.000 novos casos por ano. As informações são do site do jornal The Telegraph. 
Por 32 anos, cientistas analisaram 136.000 pessoas e descobriram que aqueles que tomaram o medicamento regularmente apresentaram 3% menos chances de desenvolver qualquer tipo da doença.
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Foto: Getty Images


Os efeitos, porém, foram mais marcantes para o câncer de estômago e intestino, onde os riscos caíram 15% e 19%, respectivamente.
O Dr. Andrew Chan, do Massachusetts General Hospital, comentou a pesquisa. “Nós agora podemos recomendar que as pessoas considerem tomar aspirina para reduzir o risco de câncer colorretal – particularmente aqueles com outras razões para o uso regular, como a prevenção de doenças do coração -, mas não estamos em um ponto em que podemos fazer uma recomendação geral para a prevenção de todos os tipos da doença”, explicou.
“Neste momento, seria muito razoável para os indivíduos discutir com seus médicos a conveniência de tomar o remédio para prevenir o câncer gastrointestinal, particularmente se eles têm fatores de risco, como histórico familiar”, concluiu.
A aspirina é cada vez mais vista como uma droga milagrosa, que pode ajudar a evitar uma série de doenças. Barato e de baixo risco, o remédio já está sendo usado por milhões de pessoas na Grã-Bretanha para reduzir o risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral. É também utilizado para aumentar a fertilidade. Pesquisas recentes sugerem que ele pode proteger contra a demência.
Entretanto, uma estudo do Queen Mary University, em Londres, mostrou que há efeitos colaterais como o sangramento severo no estômago e úlceras que levaram a cerca de 900 mortes por ano.
Nenhuma redução foi observada em relação ao câncer da mama, da próstata ou do pulmão. A pesquisa foi publicada na revista JAMA Oncology .
 
 
 
Terra
 
 

Cientistas constroem Estrela da Morte para proteger a Terra

Cientistas afirmam que a nave poderia desviar um grande asteroide da Terra ao longo de um período de 30 anos

Imagine a estação espacial bélica Estrela da Morte, do filme Star Wars , sendo usada para proteger a Terra de asteroides que se aproximam.
Esse é o conceito que está sendo desenvolvido por pesquisadores norte-americanos que acreditam ter encontrado uma maneira de usar um feixe de laser de alta potência para desviar rochas espaciais que estão indo em direção a Terra. As informações são do site do jornal The Telegraph. 

Foto: Star Wars
/ Facebook / Reprodução
 
 
A ideia tem sido desenvolvida há anos, mas a equipe da Universidade da Califórnia afirmou que os testes de laboratório mostraram que o De-Star – ou Sistema de Energia Dirigida por Segmentação de Asteroides e exploração – pode realmente funcionar.
Eles projetam colocar a nave não tripulada em órbita ao primeiro sinal de um desastre iminente. O laser de alta potência teria como alvo um asteroide, fazendo parte da rocha vaporizar em um processo conhecido como sublimação.
Essa ejeção de gás criaria uma força suficiente para alterar o curso da rocha. Um dos autores do projeto, Qicheng Zhang, falou como seria o seu uso “De um modo geral, a tecnologia está disponível hoje. O principal desafio com a construção da nave é a escala necessária para ser eficaz”, disse.
Eles testaram a técnica em terra, explodindo um pedaço de basalto – uma rocha ígnea semelhante em composição a alguns asteroides. A equipe descobriu que ao brilhar, ela começou a perder massa.
Travis Brashears, um estudante que já trabalhou com o grupo, disse no ano passado que “o que acontece é um processo chamado sublimação ou vaporização, que transforma um sólido ou líquido em um gás”.
“Esse gás faz com que uma nuvem plume – ejeção de massa – o que gera um igual e outra oposta reação ou impulso – e é isso o que medimos”, disse.
Eles estimam que poderiam usar um laser de 10kW – menos poderoso do que alguns usados pelos militares dos EUA, por exemplo – para desviar um grande asteroide de 100m ao longo de um período de 30 anos.
Ao mesmo tempo, os cientistas estão trabalhando em uma versão menor que poderia voar ao lado de asteroides, atuando como uma última linha de defesa.
 
 
 
Terra
 
 

Zika mata células de cérebros em desenvolvimento, aponta estudo americano

O vírus Zika mata um tipo de tecido essencial para cérebros em desenvolvimento, afirmam pesquisadores.
Em testes de laboratório, o Zika foi capaz de destruir ou impedir o crescimento de células progenitoras neurais, que constroem o cérebro e o sistema nervoso.
A descoberta, anunciada na publicação científica Cell Stem Cell, reforça a crença de que o vírus esteja causando as más-formações nos cérebros de bebês.
Os pesquisadores americanos, alertam, porém, que isso ainda não representa uma relação definitiva entre o Zika e a condição.
Segundo o último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde brasileiro, já são 641 confirmações de microcefalia ou outras más-formações em cérebros de bebês. Outros 4,2 mil casos suspeitos estão sob investigação e pouco mais de 1 mil foram descartados.
A epidemia de zika tem sido amplamente apontada como o motivo do aumento dos casos de microcefalia, mas esse elo ainda não foi cientificamente confirmado aos olhos da Organização Mundial da Saúde.
A equipe americana, formado por pesquisadores das universidades Johns Hopkins (Maryland), do Estado da Flórida e Emory (Geórgia), infectou um grupo das células com o Zika por duas horas e analisou essas amostras três dias depois.
Uma das primeiras imagens do vírus Zika, em amostra retirada de um paciente sul-americano
Uma das primeiras imagens do vírus Zika, em amostra retirada de um paciente sul-americano 
Foto: Fiocruz 
 
O vírus conseguiu infectar até 90% das progenitoras neurais em uma das amostras, levando à morte de cerca de um terço das células e a sérios danos nas demais. Um efeito similar teria resultados devastadores em um cérebro em desenvolvimento.
Por outro lado, o Zika foi capaz de infectar apenas 10% dos outros tecidos testados, incluindo células cerebrais mais avançadas, renais e tronco.
A professora Guo-li Ming, uma dos cientistas responsáveis pelo estudo, afirmou que as descobertas são significantes e representam um primeiro passo para entender a relação entre zika e microcefalia.
“As células progenitoras neurais são especialmente vulneráveis ao vírus Zika”, afirmou ela ao site da BBC. “Elas dão origem ao córtex – a principal parte (do cérebro) a apresentar volume reduzido na microcefalia.”
“Mas esse estudo não provém uma evidência direta de que o vírus Zika é a causa da microcefalia.”
Segundo a pesquisadora, são necessários mais estudos em cérebros em miniatura, criados em laboratório, e em animais.
Ainda não está claro o motivo de essas células serem tão vulneráveis – elas aparentemente não criam uma defesa contra a infecção pelo Zika.
Embora não seja definitivo, o estudo se soma às evidências já anunciadas pela comunidade científica – incluindo a descoberta do vírus em cérebros de bebês mortos e em líquido amniótico.
Madeleine Lancaster, que pesquisa o desenvolvimento do cérebro no Laboratório de Biologia Molecular do MRC (Conselho de Pesquisas Médicas britânico, na sigla em inglês), afirmou que o estudo é um “significativo passo adiante”.
“Os efeitos vistos poderiam explicar o surto de microcefalia e abrem alas para muitos estudos futuros sobre como o vírus afeta células-tronco e sua habilidade de produzir neurônios em cérebros em desenvolvimento”, afirmou ela ao site da BBC.
“Eu acho que se trata de uma contribuição muito importante, e num momento extremamente oportuno.”
Mas a cientista concorda com os pesquisadores: é preciso investigar mais. “(Deve-se) testar se o Zika afeta a produção de neurônios e o tamanho do cérebro” e descobrir como ele atravessa a placenta, afirma.
Bruce Aylward, da Organização Mundial de Saúde, diz que as evidências de que o Zika esteja causando microcefalia e outra condição – a síndrome de Guillain-Barré – se acumulam.
“Desde a declaração de emergência internacional, em fevereiro, as evidências de uma relação causal vêm se acumulando.” 


BBC BRASIL / TERRA 

 

Nasa tem projeto que levaria nave à Marte em meia hora 

 

O que você consegue fazer em meia hora? Se entrar em um carro em São Paulo, por exemplo, dificilmente vai conseguir andar mais do que dez quilômetros no caótico transito paulistano.
Pois se você acha que esse período de tempo é pequeno, fique sabendo que a Nasa pretende que a viagem para Marte seja feita em meia hora. Para isso, pretende criar um novo tipo de técnica de lançamento.
Segundo os especialistas da agência espacial, será possível que o tempo atual de seis a oito meses seja drasticamente reduzido. Para isso, o lançamento seria feito com um laser de alta potência — entre 50 e 100 gigawatts.
Com isso, seria possível criar uma aceleração a uma fração significativa da velocidade da luz. Isso faria com que o período de viagem fosse diminuído a meia hora no melhor dos cenários e a três dias no pior deles, o que ainda seria uma redução bastante drástica.
“Acredito que nós poderíamos, com o desenvolvimento completo dessa tecnologia de lançamento, impulsionar um veículo robótico de 100 quilos e com um metro de altura para Marte em poucos dias. Seria um avanço e tanto”, afirma Philip Lubin, da Universidade de Santa Barbara.
A Nasa já tem até vídeo para demonstrar sua nova técnica, mas ainda não tem um projeto em andamento para utilizar essa propulsão. Por conta disso, cientistas nem sequer falam em uma data para colocar em prática o que hoje é só um plano.


YAHOO 


 

Passarelas de Paris elegem o couro e grandes ponchos indianos para o frio

Inspiração no "espírito motoqueiro" também conduziu os desfiles desta quinta
Ponchos com inspiração indiana tomaram conta das passarelas | Foto: Martin Bureau / AFP / CP
Ponchos com inspiração indiana tomaram conta das passarelas 

Foto: Martin Bureau / AFP / CP


Botas e jaquetas de couro: o espírito motoqueiro "Easy Rider" reinou nesta quinta-feira nas passarelas parisienses do prêt-à-porter feminino para o próximo outono-inverno. No desfile da Chloé, o espírito sempre boêmio que caracteriza a diretora artística Clare Waight Keller volta para essa coleção com profusão de babados e efeitos de transparência.  
A leveza contrasta com os grandes pulôveres e calças pantacourt (na altura da panturrilha) de couro com costura aparente dos conjuntos de motociclista. A estilista britânica se inspirou na jornalista e escritora francesa Anne-France Dautheville, que mergulhou no mundo do motociclismo nos anos 1970. A passarela se transformou em estrada em um convite para viajar. Mulheres com grandes ponchos indianos, capas e túnicas hippie com mangas amplas percorriam o lugar com suas botas sem salto. 

A tendência motoqueira, também apareceu no desfile de Paco Rabanne, com chamas desenhadas nos ombros de uma jaqueta acetinada ou sobre uma camiseta. Quatro looks dessa coleção do diretor artístico Julien Dossena foram colocados imediatamente à venda.  Fechos, cintos e suspensórios de inspiração esportiva apareceram na coleção da Carven. As saias são curtas, de cintura alta e usadas com botas de cadarço.
Amplos coletes com gola de pele são usados sobre jaquetas curtas. Uma alternativa é se envolver em um xale de franjas. A calça chega muito acima dos tornozelos e a blusa de gola alta é obrigatória.  



C do Povo 



Pesquisadores espanhóis desenvolvem sistema para destruir tumores

Universidade de Saragoça e de Pompeu Fabra (Barcelona)



Pesquisadores da Universidade de Saragoça e de Pompeu Fabra (Barcelona) desenvolveram e patentearam um gerador de impulsos de alta tensão para destruir tumores. Em nota, a Universidade de Saragoça informou que com o sistema poderão ser destruídos tumores sólidos de modo mais rápido, menos tóxico e invasivo do que por meio da quimioterapia ou da radioterapia.

As células do tumor morrem por não serem capazes de reparar os danos que os elevados campos elétricos provocam na sua parede celular.

A eletroporação irreversível tem benefícios para o doente e pode ser aplicada em conjunto com outras terapias para alcançar maior eficácia e melhorar o tempo de recuperação.

A nova tecnologia de aplicação biomédica foi divulgada no último número da revista científica IEEE Journal of Emerging and Selected Topics in Power Electronics.


GAZETA DIGITAL
 
 

Aquecimento global pode provocar 500 mil mortes no mundo até 2050


Aquecimento global pode provocar 500 mil mortes no mundo até 2050 Ver Descrição/Ver Descrição

Foto: Ver Descrição



O aquecimento global pode provocar 500 mil mortes adicionais no mundo até 2050 devido às alterações na alimentação e no peso das populações, impulsionadas pela queda da produção agrícola, diz um estudo divulgado nesta quinta-feira na revista científica britânica The Lancet. 
O trabalho é o primeiro a avaliar o impacto das alterações climáticas na dieta e no peso das populações e a estimar o número de mortos até 2050 em 155 países. Até agora, os "vários estudos centraram-se na segurança alimentar, mas poucos estudaram os efeitos na saúde e na produção agrícola", disse Marco Springmann, da Universidade de Oxford (Reino Unido), que coordenou o estudo. 
O aquecimento global provoca principalmente fenômenos climáticos extremos, como chuvas ou secas, com impacto devastador na produção agrícola. Se não forem tomadas medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, as alterações climáticas podem reduzir em "cerca de um terço" a quantidade de comida disponível em 2050, alertam os pesquisadores. Em nível individual, será em média uma redução de 3,2% na quantidade de alimentos disponíveis, de 4% no consumo de frutas e vegetais e de 0,7% da carne vermelha em relação a 2010, prevê o estudo. 
 "As mudanças podem ser responsáveis por cerca de 529 mil mortes adicionais em 2050", acrescenta. Em um cenário sem alterações climáticas, o aumento do volume de alimentos e do consumo poderia evitar 1,9 milhão de mortes.
— O estudo mostra que mesmo uma queda modesta na quantidade de comida disponível por pessoa pode levar a mudanças no conteúdo energético e na composição dos alimentos e as alterações vão ter consequências na saúde — disse Springmann. 
Os países mais afetados, segundo o estudo, são os de baixo rendimento, incluindo a Região Oeste do Pacífico e o Sudeste Asiático. 


Zero Hora

 

Pesquisa descobre que pernilongo pode ser capaz de transmitir o vírus zika

De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz de Pernambuco, ainda é cedo para afirmar que essa espécie possa infectar humanos




Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chicungunha
Luis Robayo / AFP

O Aedes aegypti pode não ser o único vilão da epidemia de zika. Uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz de Pernambuco, divulgada nesta quarta-feira, em Recife, constatou que os mosquitos da espécie Culex, os onipresentes pernilongos, são capazes de abrigar o vírus, encontrado também na glândula salivar dos insetos, aumentando a preocupação de que eles também possam transmitir a doença pela picada. A bióloga Constância Ayres, que está à frente do trabalho, chegou a essa conclusão depois de infectar em laboratório 200 Culex, os mosquitos mais disseminados em todo o Brasil e com uma população 20 vezes superior à do Aedes. Ela ressalta, no entanto, que ainda é cedo para afirmar que essa espécie possa infectar humanos. Segundo a pesquisadora, que é também vice-diretora de Ensino e Incentivo à Pesquisa da Fiocruz de Pernambuco, ainda são necessários mais estudos.

Para os pesquisadores, os Culex em circulação podem não estar contaminados. Segundo eles, ficou comprovada pelas experiências realizadas em laboratório apenas a capacidade vetorial do pernilongo, o que por si só já é preocupante.

A pesquisa foi divulgada durante o seminário “A, B, C, D, E do vírus zika”, que reuniu mais de 300 especialistas no assunto.



ESTUDO DE CAMPO AINDA SERÁ REALIZADO



Para descobrir se os Culex transmitem zika — o que poderia ajudar a explicar a rapidez com que a doença se propagou no Brasil —, é preciso ainda fazer uma pesquisa de campo, segundo Constância. Ela pretende, na segunda fase do estudo, coletar cerca de dez mil mosquitos (Aedes aegypti e Culex) em bairros com a maior incidência de zika em diversos municípios de Pernambuco, para verificar se eles estão infectados.

— Nas casas onde acontecem registros de casos de zika, estão sendo coletados mosquitos das duas espécies. Esse material vai para o laboratório, e fazemos testes moleculares para detectar o vírus. Com uma grande quantidade de amostras, poderemos saber se o Aedes é o vetor exclusivo, se existem outros vetores e qual a importância de cada um no papel da transmissão — afirmou Constância ao site G1.

Segundo a pesquisadora, serão necessários de seis a oito meses para o estudo chegar a uma conclusão, mas os dados preliminares já alarmam especialistas em todo o Brasil. Frisando que não conhece a pesquisa da Fiocruz de Pernambuco, Celso Ramos Filho, infectologista da UFRJ, diz que os brasileiros terão que enfrentar um grande problema se ficar comprovado que o Culex pode transmitir o zika.

— Ele (o Culex) existe em muito maior número que o Aedes. Quando uma pessoa vê um mosquito voando dentro de casa, é muito mais provável que seja um Culex do que um Aedes aegypit. Se ele realmente transmitir o vírus zika, não é uma boa notícia. O Culex é um mosquito que põe ovos em qualquer água, ao contrário do Aedes, que prefere a limpa.

Professor da UFRJ, o também infectologista Edmilson Migowski reagiu com preocupação aos dados preliminares da Fiocruz de Pernambuco. Segundo ele, um pernilongo ser encontrado com vírus zika é uma situação que pode acontecer, caso o mosquito pique uma pessoa com a doença. O difícil, diz ele, seria que o vírus se replicasse e atingisse a glândula salivar do Culex, justamente o que aconteceu no laboratório em Recife.


— Se está na glândula salivar, é porque o mosquito foi capaz de replicar o vírus. Se a pesquisadora tivesse apenas achado no tubo digestivo do Culex, seria indício de que ele tinha picado alguém infectado com a zika e ficado com o vírus no organismo por algumas horas. Mas, se passou para a glândula salivar, é outra história e bem preocupante.

Migowski lembra que o pernilongo é um mosquito de hábitos noturnos. Como o Aedes pica somente durante o dia, caso fique provada a capacidade de transmissão do pernilongo, isso significa que as pessoas estão correndo risco 24 horas por dia.

— Se isso ficar comprovado, não vai ter nem hora nem lugar a salvo — lamenta.

O pesquisador Davis Ferreira, vice-diretor do Departamento de Virologia da UFRJ, está ansioso para ver os resultados de Pernambuco. Há cerca de cinco meses, ele vem analisando mosquitos coletados na natureza, no Rio, sempre em duas áreas: as que têm Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e onde serão realizadas competições dos Jogos Olímpicos. Ferreira calcula que, até agora, tenha coletado cerca de 600 mosquitos Culex. Nenhum deles estava infectado com o zika.

— Nunca encontrei Culex com zika, dengue ou chicungunha na natureza. Quando se acha um mosquito com dengue, é porque ele acabou de picar alguém infectado. Mas o fato de a gente não ter encontrado não significa que não haja. Pode ter escapado. Se ficar comprovado que o Culex transmite zika, todos terão que tomar mais cuidado. O Culex é menos seletivo quanto ao lugar em que põe ovos. Escolhe água de esgoto, qualquer lugar. Precisará haver mais atenção para o saneamento básico — diz.



MINISTÉRIO DIZ QUE É PRECISO PESQUISAR MAIS



O Ministério da Saúde comentou ontem a descoberta da Fiocruz. Em entrevista à Rede Globo, Claudio Maierovitch, diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do órgão, disse que os primeiros resultados da pesquisa mostram ser possível que os mosquitos comuns abriguem o vírus zika, mas que isso ainda não muda as estratégias de combate à doença:

— Por enquanto, isso não tem significado prático. Precisa estudar mais. Eles não foram retirados do ambiente com vírus, foram infectados intencionalmente, e o zika foi capaz de sobreviver no organismo desses mosquitos.

Segundo ele, o grande vetor da doença ainda é o Aedes.

— O esforço para ser feito é reduzir a população de Aedes. Se houver novidades pela frente, teremos que agregar novos fatores às estratégias de combate.



PACIENTES COM GUILLAIN-BARRÉ TERAO 20 LEITOS



O Estado do Rio terá uma unidade especial para atender pacientes diagnosticados com a síndrome de Guillain-Barré, doença neurológica que provoca fraqueza muscular. Serão pelo menos 20 leitos de internação. A unidade servirá de referência para exames, inclusive a eletroneuromiografia, que ajuda a avaliar os danos provocados pela enfermidade. A informação foi dada ontem pelo secretário estadual de Saúde, Luiz Antônio Teixeira Júnior.

Pesquisadores têm encontrado evidências de que a síndrome pode ser uma das complicações causadas pelo vírus zika, mas ainda não há estudos conclusivos.

— A expectativa é termos esses leitos disponíveis em até dez dias. O mais provável é que a unidade funcione no Hospital da Lagoa ou no Hospital Antônio Pedro (Niterói) — disse o secretário de Saúde.



G1 


Pesquisadores da Univali desenvolvem produto que previne queimaduras de águas-vivas

Foto: Rafaela Martins, Arquivo
Foto: Rafaela Martins, Arquivo


Pesquisadores da Univali descobriram uma maneira de prevenir queimaduras com águas-vivas.
O composto, desenvolvido como tese de doutorado por Fabiana Figueredi Molin de Barba, levou em conta que uma medusa não é atingida pela outra – e que é possível reproduzir o efeito protetor na pele humana.
A formulação, que será apresentada à indústria de cosméticos e farmacêutica, ainda é mantida em sigilo.


Nada de xixi


Até que o produto chegue ao mercado, o estudo demonstrou que as substâncias que apresentam melhor efeito no controle dos sintomas de dor após a exposição aos tentáculos de medusas da espécie Olindias Sambaquiensis foram a vaselina líquida, com redução de 84% na dor percebida, seguida de creme neutro com cânfora, com redução de 76%.


GUARDA-SOL DO DIÁRIO CATARINENSE 


Pesquisa: Reformar a casa e comprar um carro são os principais desejos das mulheres em 2016


Em 46% dos lares, mulheres são as principais responsáveis pelas decisões familiares. Pesquisa mostra quem são e como pensam as consumidoras brasileiras.


Elas ajudam a pagar as contas e tomam as principais decisões dentro de casa, mas nem sempre são tratadas como chefes da família. Trabalham para obter realização pessoal e, ao mesmo tempo, poder pagar as despesas no fim do mês. Definir quais são as características da mulher de hoje é o objetivo da pesquisa “O Perfil das Mulheres Brasileiras”, realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).


O estudo indica que, mesmo em meio à atual crise econômica, prevalece uma visão otimista entre as mulheres brasileiras: seis em cada dez entrevistadas (62,0%) estão animadas em relação à realização de projetos de vida em 2016.
A pesquisa também avaliou os interesses de consumo das brasileiras e mostra que reformar a casa e comprar um carro ou moto são os principais desejos dessas mulheres para esse ano, com 30,4% e 24,2% das respostas. Também aparecem na lista um tratamento dentário (22,0%) e cursos ou faculdade (20,1%). Já em relação a 2015, os produtos mais comprados por elas foram o smartphone (42,6%), TV (14,4%), fogão (11,4%) e tablete (11,2%).
De acordo com os dados, são as mulheres que decidem a maioria dos assuntos da família em 45,7% dos lares, ainda que o maior salário não seja o delas. 

Produtos como roupas, artigos para casa, produtos de higiene, limpeza, artigos para os filhos, eletrônicos, alimentos e até mesmo as roupas dos cônjuges são decididos, em sua maioria, pelas mulheres.


Empresas do segmento de saúde e bebidas paradas no tempo


Uma vez que as mulheres têm um grande poder de decisão nas famílias e têm cada vez mais aumentado sua participação no mercado em todos os setores - trabalho, consumo e ambiente social - as empresas deveriam saber com dialogar com elas e reconhecer oportunidades de mercado para esse público-alvo.
Porém, a pesquisa mostra que alguns segmentos não estão conseguindo atingir esse objetivo. Os setores de serviços financeiros, bebidas e saúde foram avaliados como 'parados no tempo' em relação a atender as necessidades e os desejos femininos. "Embora se tenha observado a importância das mulheres para as empresas do varejo em uma infinidade de decisões importantes para o andamento da vida familiar, alguns segmentos estão ficando para trás”, diz a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Por outro lado, os segmentos de beleza, moda e eletrônicos foram os que mais evoluíram nesse quesito e estão entre os que mais satisfazem as mulheres.


“Esse é um importante gancho para que as empresas possam entender o que as consumidoras brasileiras gostam e procuram”, explica Kawauti. “Identificar seu público alvo e entender o universo feminino são possíveis estratégias para os empresários conseguirem atender seus consumidores e aumentarem suas vendas”, indica. “Ter um olhar atento às demandas das mulheres pode ajudar a fidelizar e atrair novos clientes.”
Outro aspecto pesquisado pelo SPC Brasil é o que as empresas e marcas devem fazer para conquistar o público feminino e ganhar sua admiração. A principal resposta é ter honestidade e cumprir o que promete em sua comunicação (47,0%). Também são mencionadas as vantagens oferecidas às consumidoras fieis (12,3%) e a entrega no prazo (11,4%). 
Por outro lado, o aumento no preço do produto seria o principal responsável (54,0%) por fazer as mulheres trocarem a marca que usam sempre, ao lado da piora na qualidade (53,4%) e da propaganda enganosa (28,6%).


Quem são e como pensam as mulheres brasileiras?


Além dos interesses e influências das mulheres no mercado de consumo, a pesquisa procurou entender quem são e como pensam as brasileiras. Mais do que comprar produtos e ter aspirações profissionais, para as mulheres entrevistadas o que realmente importa na vida e no momento atual é ter saúde, estabilidade financeira e qualidade de vida.
As principais fontes de satisfação das entrevistadas são os filhos (47,9%), viajar (33,1%), os animais de estimação (27,9%) e fazer compras (26,3%). Já as fontes de stress são a falta de dinheiro (63,7%), a aparência física (34,4%) e dívidas pendentes  (28,1%). Nestes momentos de stress, a meditação ou oração (46,0%) é a atitude mais comum usada como compensação para se sentir melhor, seguida pela comida (24,9%) e fazer compras (22,0%).
A pesquisa do SPC Brasil entrevistou mulheres acima de 18 anos e representantes de todas as regiões e estratos sociais. Considerando as características levantadas, 44% das entrevistadas têm entre 25 e 44 anos, mais da metade (56%) são casadas ou têm união estável e 78% pertencem às classes C, D ou E. Cerca de 78% residem no interior dos estados e 22% nas capitais.


Confira o perfil da mulher brasileira: 


·  66,1% das entrevistadas têm filhos e se sentem realizadas com este papel;
·  A principal motivação para as mulheres que trabalham é conseguir pagar as despesas da família (50,3%), pois sem o salário delas isso não seria possível;
·  56,0% das entrevistadas ganham no máximo até dois salários mínimos por mês e o rendimento médio é de R$ 1.746,00, sendo que 60% deste rendimento são gastos com contas e despesas familiares. Para 26,7% não há sobra de dinheiro para gastos pessoais;
·  Entre as mulheres que não trabalham, o principal motivo é a falta de emprego (36,4%), dificuldade vivenciada principalmente entre as mulheres das classes C, D e E, não casadas e que residem no interior. Em segundo lugar o motivo é a decisão de cuidar dos filhos (11%);
·  25,9% das mulheres das classes A e B não trabalham porque o marido prefere assim;
·  As mulheres percebem a si mesmas principalmente como batalhadoras e alegres e 68% se sentem felizes e satisfeitas com a vida;
·  Quando argumentadas sobre as inspirações e modelos de mulheres que têm, a mãe é a principal referência para 70% das mulheres entrevistadas, além de outras parentes próximas (30%) e amigas (22%). De forma geral, pode-se concluir que as mulheres reais, próximas e que compartilham o cotidiano são as grandes inspirações e não necessariamente aquelas que estão na mídia, independente da função que exercem.



via TIVI NET / SEM FONTE  
 
 
 

Estudo aponta Brasil como referência em aleitamento materno

Levantamento analisou dados de 153 nações. Brasil aparece em posição de destaque em relação a países como a China, EUA e Reino Unido


Estudo publicado hoje (2) na revista inglesa The Lancet, especializada em assuntos da área de saúde, destaca avanços brasileiros em políticas de estímulo à amamentação e cita o País como referência mundial no aleitamento materno. O levantamento analisou dados de 153 nações, sendo que o Brasil aparece em posição de destaque em relação a países como a China, os Estados Unidos e o Reino Unido.
68% das crianças brasileiras são amamentadas na primeira hora de vida
68% das crianças brasileiras são amamentadas na primeira hora de vida 
 
 
Foto: iStock
 
 
O pediatra e coordenador do estudo, César Victora, explicou que, na década de 70, as crianças brasileiras eram amamentadas por um período de dois meses e meio, em média. Em 2006, o número subiu para 14 meses. O levantamento mostra também que, na década de 80, apenas 2% das crianças brasileiras até 6 meses de idade recebiam exclusivamente leite materno. Em 2006, o índice passou para 39%.
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“O Brasil foi o país que mais chamou a atenção por ter tomado medidas importantes e complementares nas últimas três décadas”, destacou, ao citar que a China, por exemplo, registrou uma redução de 5% no total de crianças com até 6 meses que se alimentam  exclusivamente com leite materno.
Ainda de acordo com o estudo, as brasileiras amamentam mais do que as britânicas, as americanas e as chinesas. A taxa de aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de vida do bebê, no Brasil, é o dobro da registrada nos Estados Unidos, no Reino Unido e na China. “Não fizemos um ranking, mas o Brasil, com certeza, estaria entre os cinco primeiros”, reforçou o pesquisador.
Outros dados que constam no artigo e que têm como base informações do Fundo das Nações Unidas pela Infância (Unicef) revelam que 68% das crianças brasileiras são amamentadas na primeira hora de vida, 50% continuam sendo amamentadas até completar 1 ano de idade e 25% são amamentadas até os 2 anos.
Durante evento na sede da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) em Brasília, o secretário de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame, lembrou que a saúde da criança envolve cuidados que começam na vida intrauterina. “A política nacional de aleitamento materno não é um esforço de um governo. É um esforço de todos e uma política abraçada pelo Brasil”, disse.
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, avaliou o conjunto de ações de estímulo ao aleitamento materno como uma das políticas exitosas da pasta. “É uma política iniciada na década de 80 e que vem, desde então, sendo aplicada, estimulada e planejada com excelentes resultados”.
Entre as estratégias elogiadas por Castro estão a rede brasileira de bancos de leite humano, a regulamentação da chamada Lei da Amamentação, que limita a comercialização de substitutos ao leite materno, e a ampliação da licença-maternidade, de quatro para seis meses, permitindo a amamentação exclusiva pelo período recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 


AGÊNCIA BRASIL / TERRA 

 

Uma garrafa de vinho em cada cinco é italiana


Em 2015, uma garrafa de vinho em cada cinco no mundo foi produzida na Itália, que exportou 5,4 bilhões de euros, um recorde, com um aumento de 575% ao longo de trinta anos, de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira. A Itália tornou-se em 2015 o maior produtor mundial de vinho, seguido pela França, anunciou em outubro a Organização Internacional do Vinho (OIV), afirmando que a produção transalpina havia aumentado 10% no ano, para 48,9 milhões de hectolitros, quando a da França estagnou em 47,3 milhões. De acordo com um relatório apresentado em Roma pela Coldiretti, a principal confederação italiana de agricultores, a Itália é agora o maior exportador de vinho. "Trinta anos depois do escândalo do 'vinho de metanol'", que viu em 1986 o envenenamento de dezenas de pessoas por causa de um vinho de mesa adulterado, afetando a imagem de todo o vinho italiano, os tintos, brancos, rosés e espumantes "made in Italy" fizeram a sua revolução, "melhoraram em qualidade", graças a uma diminuição na primeira produção e aumento dos controles, para conquistar o mercado mundial, comemora Coldiretti. Este salto de qualidade foi acompanhado por um aumento das denominações: 66% das garrafas vendidas no exterior são "classificada", em DOG/DOC (Denominação de Origem Garantia/Controlada) ou IGT (Indicação Geográfica Típica). A Itália é o primeiro país da Europa por número de vinhos "classificados" (73 DOCG, 332 DOC e 118 IGT). Entre as apelações italianas de mais sucesso no mundo, estão o chianti, o brunello di Montalcino, o pinot grigio, o barolo e o prosecco.


ISTOÉ DINHEIRO / FOTO VIEL 



Estresse espalha o câncer através do sistema linfático, diz estudo

Pesquisadores da Universidade de Melbourne, na Austrália, descobriram que os hormônios do estresse aumentam a propagação do câncer ao afetar ao sistema linfático, uma rede de vasos sanguíneos que transporta o linfa através do corpo.
De acordo com um experimento feito em ratos divulgado nesta terça-feira na revista britânica "Nature", há provas que confirmam que o estresse está associado a um aumento de mortalidade nos pacientes com câncer e a níveis avançados desta doença em animais. Em trabalhos anteriores já tinha sido constatado que os hormônios do estresse podem afetar à formação dos vasos sanguíneos, importantes na extensão de doenças. O sistema linfático também pode fomentar a difusão do câncer, mas até agora não estava claro se isto se devia ao estresse.
A pesquisadora Erica Sloan e demais estudiosos da Universidade de Melbourne revelaram que os hormônios do estresse afetam o sistema linfático, e que isto pode dar lugar à extensão de células cancerígenas em ratos. Eles estudaram cinco roedores através de uma série de experimentos, a partir dos quais demonstraram que o estresse aumenta tanto o número quanto o diâmetro dos copos linfáticos associados aos tumores.
Com um microscópio especial, os autores comprovaram que os hormônios do estresse aumentam o fluxo de nanopartículas fluorescentes (que localizam células tumorais) através do sistema linfático. Ao bloquear a atividade de proteínas que detectam o estresse ou aquelas que facilitam a formação de copos linfáticos, os cientistas puderam reduzir a difusão de células cancerígenas nos ratos. Esta nova descoberta, segundo os cientistas, pode ser útil para ajudar a conter a extensão das células que podem desenvolver uma doença oncológica. 


EFE / TERRA  
 
 
 

Não diga mais que não tem tempo

Só existe uma coisa mais chata do que gente que empurra as decisões com a barriga: quando essa pessoa é você. E ainda mais quando a desculpa está na ponta da língua e quase apagado do teclado de tanto que dizemos e digitamos: não tenho tempo.
Para quem diz, essa frase é, ao mesmo tempo, algoz e auto-piedade. O sofrimento de não ter tempo logo se torna uma desculpa para não fazer um milhão de coisas que, na verdade, você não quer fazer, mas não admite. Tem preguiça até de admitir.
E o pior é que quem diz que não tempo não sente culpa. A frase (e o sentimento) está tão encalacrado na vida das pessoas, que se tornou quase o “hummm, que delícia” do almoço da vó ou o “que lindo” pro rabisco da criança. Mentirinhas permitidas, que a gente nem perde tempo (que não temos, claro) pensando.
O problema é para quem ouve. Ouvir de alguém que não tem tempo para te ver é se sentir sempre em segundo plano. Escutar que a pessoa não tem tempo para cuidar dela mesma (malhar, fazer comida, ir pra academia) é sentir pena. Dó. Daquele ruim, que aperta o coração. É pensar que a pessoa está trabalhando demais e por isso pode ter um AVC enquanto, na verdade, talvez ela esteja apenas deixando as coisas para a última hora, enrolando um pouco mais na cama e procrastinando decisões.
Existem, claro, aqueles para quem o tempo parece se multiplicar. Como uma amiga que faz academia e faculdade de manhã, trabalha a tarde e a noite e ainda arruma tempo para ler os melhores livros, ouvir os discos novos, deixar a casa em ordem, cuidar do cachorro, namorar, ver os amigos, pesquisar receitas e fazer marmitas. Nunca a ouvi dizer que não tinha tempo.
Resolvi testar. Há dois meses, exclui essa maldita frase feita da minha vida. Vi mais amigos, escrevi mais, deixei a leitura em dia. Descobri (vejam só!) que dá tempo pra tudo quando a gente para de perder tempo dizendo que não.


TERRA 

 
 

Dormir pouco afeta o apetite da mesma forma que maconha, diz estudo


Um novo estudo da Universidade de Chicago mostra que a privação de sono tem vínculo direto com o ganho de peso, em um efeito semelhante aumento da vontade de comer sentida pelos usuários de maconha. Em um experimento realizado por oito dias com 14 voluntários na casa dos 20 anos, pesquisadores americanos mostraram como pessoas que dormiram pouco podem consumir até 50% a mais de calorias num lanche do que após noites de sono saudáveis, com sete a oito horas de duração.
Autora do estudo, Erin Hanlon revela que a privação de sono pode aumentar os níveis do sinal químico endocanabinoide 2-araquidonoilglicerol (2-AG), componente do mesmo sistema que é alvo do ingrediente ativo da maconha, e que amplifica o desejo pela ingestão de alimentos.

— Sabemos que a maconha ativa o sistema endocanabinoide e leva as pessoas a comerem demais quando não estão com fome, e normalmente elas se alimentam de doces saborosos e gordurosos — conta Erin, que publicou o estudo na edição deste mês da revista “Sleep”. — A privação de sono pode causar excessos na dieta ao agir da mesma maneira.


HORMÔNIOS DO APETITE E DA SACIEDADE


Os níveis de 2-AG normalmente atingem o pico por volta de meio-dia e recuam durante a tarde. Nas pessoas que dormem poucas horas, no entanto, seu índice é mais elevado desde cedo, chega ao pico por volta das 14h e permanece alto até 21h. Neste período, quando a fome é maior, aumenta a tentação para fazer “lanchinhos”.

Os participantes da pesquisa foram internados na universidade, onde passaram quatro noites dormindo, em média, sete horas e meia. Nas quatro noites seguintes, o tempo de sono foi reduzido para quatro horas e 15 minutos.

Em ambos os casos, as refeições foram idênticas — eram servidas três vezes por dia, às 9h, 14h e 19h. Os pesquisadores mediram os níveis do hormônio grelina, que estimula o apetite, e leptina, associado à saciedade. E, pela primeira vez, mensuraram também os níveis sanguíneos de 2-AG — 33% mais alto entre as pessoas que dormiram pouco.

Após a quarta noite de sono restrito, os participantes relataram ter vontade de comer menos de duas horas após a refeição, quando ingeriram o equivalente a 90% das calorias diárias recomendadas. Os pesquisadores, então, ofereceram diversos lanches, entre alimentos saudáveis e doces e salgados gordurosos. Os quitutes foram mais populares.

Vale lembrar que estes participantes dormiram três horas a menos do que seria considerado saudável. Normalmente, para cada hora acordado precisamos de 17 calorias, mas durante o estudo os sonolentos consumiram aproximadamente 300 calorias. Por isso quem vive diariamente experiências como esta tem maior tendência a engordar do que as pessoas que dormem pelo tempo correto.

Fábio César dos Santos, presidente da Associação Brasileira de Saúde Funcional e Estilo de Vida, destaca como a mudança radical no padrão da endocanabinoide repercute em nosso autocontrole diante de doces, como uma barra de chocolate.

— Quem tem o sono perdido não consegue resistir — avalia. — Não dormir dá larica. Infelizmente ninguém presta atenção como o hábito do sono está relacionado à obesidade. Os indivíduos que estão na cama pela duração adequada têm, em todos os sentidos, o metabolismo mais equilibrado. Fazem uma boa dieta e desenvolvem melhor o córtex frontal, envolvido na tomada de decisões.



DISTORÇÃO NO RELÓGIO BIOLÓGICO



Especialista da Associação Brasileira do Sono, Luciana Palombini lembra que diversos cuidados devem ser considerados para garantir uma noite feliz.

— A desregulação dos hormônios do apetite é muito grave, e existe uma ligação comprovada entre obesidade e privação de sono — pondera. — Diversos fatores podem distorcer nosso relógio biológico, como, por exemplo, o excesso de estímulos provocados pelo uso de aparelhos eletrônicos à noite, no horário em que deveríamos relaxar.

Segundo estudos realizados em São Paulo pelo Instituto do Sono, em 2008, apenas 30% dos moradores da cidade dormem oito horas ou mais. A média é de seis horas e meia. E a situação é mais grave entre os jovens.

— Vivemos uma epidemia da privação de sono — alerta Luciana. — Uma noite mal dormida é um golpe na qualidade de vida, seja na alimentação ou em aspectos como humor, concentração e memória. Esta é uma questão de saúde pública.

Apesar das limitações do estudo — o pequeno número de voluntários e sua curta duração —, os pesquisadores ressaltam que os resultados são significativos e comprovam a existência de uma “evidência epidemiológica relevante para as condições normais de vida”. Ainda de acordo com Erin, os resultados do levantamento podem contribuir para o desenvolvimento de drogas antiobesidade que tenham como alvo os endocanabinoides. A cientista, no entanto, adverte que devem ser considerados possíveis efeitos colaterais não intencionais.

Para Santos, presidente da Associação Brasileira de Saúde Funcional e Estilo de Vida, a mudança de hábitos é o melhor remédio.

— A importância do sono deve ser incluída nas campanhas contra a obesidade, que, aliás, ainda são muito tímidas — critica. 
 
 
 Portal Benicio  
 
 

Dormir de boca aberta faz mal ?


O cansaço que nos faz pegar no sono pode trazer algumas surpresas. Não é raro, ao acordar no ônibus, no sofá ou mesmo na cama, descobrir que você acabou de dormir de boca aberta. Como não controlamos muitos dos nossos músculos durante o sono, é comum que nos deparemos com o hálito seco quando acordamos.
Dormir de boca aberta também pode irritar os tecidos da garganta e da parte bucal interna, como as gengivas. No entanto, o pior dos problemas está relacionado aos demtes, já que as bactérias se desenvolvem com mais facilidade e o ambiente seco se torna favorável ao surgimento das cáries. Saiba por que isso acontece e como evitar os roncos, secura e uma série de problemas bucais.

Dormir de boca aberta aumenta risco de cáries

 

Os dorminhocos que não fecham a boca para dormir podem dificultar a passagem do ar pela garganta, o que torna os roncos comuns. Assim, o problema não se torna exclusivo de quem ressona alto, mas de quem dorme no mesmo ambiente ou em quartos próximos. Além disso, as cáries podem se instalar na boca desses “roncadores”.
Dormir de boca abertaUma pesquisa da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, apontou que dormir de boca aberta pode aumentar o risco de cáries, já o ph médio de acidez cai quando ar em excesso entra pelas vias bucais. Pessoas que sofrem com apneia do sono também estão no grupo de risco.
 
Pais devem orientar crianças a dormirem de boca fechada.
 
Foto: iStock, Getty Images
 
De acordo com os pesquisadores, a respiração pela boca estaria relacionada às doenças dentais como cáries e erosão do esmalte. Para chegar a essas constatações, eles estudaram os níveis de ph dos dentes de 10 voluntários que dormiram com o nariz preso para respirar pela boca durante o sono.
Os resultados apontaram que aqueles que dormiam de boca aberta tinham mais risco de desmineralização do esmalte, mais bactérias e lesões dentárias.

Dicas para não dormir de boca aberta

 

Apesar de não estarmos plenamente conscientes durante o sono, é possível evitar dormir de boca aberta. Saiba como você pode prevenir os problemas decorrentes dessa atitude.


Posição para dormir


Na hora de ir para cama, deite-se de lado ou com a barriga para baixo, de bruços. É mais fácil que a boca se abra quando você dorme com a barriga para cima. Além disso, quando você come demais durante a noite, ficar com o abdômen virado para o alto facilita o ronco.


Abra as narinas


Sprays, fitas para desbloqueio nasal e outros produtos para descongestionar a respiração pelo nariz podem ajudar você a não dormir de boca aberta. No entanto, lembre-se de usar esses medicamentos com recomendação médica e em períodos de tempo alternados.


Visite um médico


Muitas vezes, o ronco, a apneia do sono e os problemas que decorrem da boca aberta durante o sono têm uma causa mais séria e, possivelmente, respiratória. Por isso, visite um médico caso você não consiga fechar a boca para dormir de jeito nenhum. Descobrir a origem de algum problema relacionado à respiração pode manter, inclusive, os seus dentes saudáveis.



DOUTÍSSIMA / TERRA 

Nova descoberta pode acabar com injeções para tratamento de diabetes tipo 1

O estudo publicado nesta semana na revista Nature mostrou que implantar no organismo células produtoras de insulina, desenvolvidas em laboratório a partir de células-tronco, é capaz de reverter a diabetes por pelo menos seis meses.


Uma equipe de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e do Instituto de Células-Tronco de Harvard (ambas nos EUA) fizeram uma descoberta que pode ajudar a desenvolver a cura para a diabetes tipo 1.
O estudo publicado nesta semana na revista Nature mostrou que implantar no organismo células produtoras de insulina, desenvolvidas em laboratório a partir de células-tronco, é capaz de reverter a diabetes por pelo menos seis meses.
Os testes foram feitos em ratos de laboratório geneticamente modificados para sofrerem diabetes tipo 1. Após receberem a implantação de células artificiais, eles conseguiram produzir insulina sem o uso de injeções, durante o tempo que durou o estudo: 174 dias.
Os testes em humanos ainda devem demorar alguns anos, mas os cientistas estão otimistas em modificar o tratamento dos pacientes que não precisaria mais do uso de injeções de insulina frequentes.
O diabetes tipo 1 ocorre quando o próprio corpo ataca as células que produzem a insulina. O tratamento é feito com injeções que simulam o comportamento do pâncreas após as refeições. Quase 50% das pessoas com tipo 1 são diagnosticadas antes dos 18 anos. São cerca de 800 mil casos no Brasil.


Fonte: UOL



 

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