Nas últimas semanas, mensagens escritas e em áudio nas redes sociais –
especialmente no WhatsApp – têm criado alarme na população ao narrar
cenários catastróficos sobre o surto de zika vírus e sua relação com a
epidemia de microcefalia no país.
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Até o dia 30 de janeiro, foram notificados, segundo o Ministério da
Saúde, 4.783 casos suspeitos de microcefalia, má-formação que prejudica o
desenvolvimento do cérebro do bebê.
Médicos ainda investigam se leite materno pode transmitir zika vírus, mas não recomendam parar amamentação
Foto: ABr / BBCBrasil.com
Destes, 404 casos de microcefalia foram confirmados - 17 têm ligação
confirmada com o zika vírus, os outros estão sendo investigados. Outros
709 foram descartados e 3.670 continuam sob investigação.
O Ministério da Saúde, a Fiocruz e especialistas consultados pela BBC
Brasil explicam o que é falso, o que é verdadeiro e o que ainda não está
totalmente confirmado entre as afirmações dessas mensagens.
Falso: Vacinas contra sarampo e coqueluche causaram microcefalia
Diversos boatos circulam nas redes sociais dizendo que vacinas
estragadas contra rubéola dadas a grávidas teriam causado microcefalia.
Esta informação é falsa. Primeiro, grávidas não recebem esta vacina.
Segundo, de acordo com especialistas e o Ministério da Saúde, as vacinas
distribuídas pela pasta são seguras e passam por controle de qualidade.
Também há uma outra teoria, que partiu de um suposto estudo conduzido
por um pesquisador independente chamado Plínio Bezerra dos Santos Filho,
dizendo que o problema foi a oferta da mesma vacina - não estragada,
dentro do prazo de validade - para mulheres em período fértil - e não
para grávidas, como diz o outro boato.
O Ministério da Saúde afirma que "as vacinas dupla e tríplice viral são
usadas mundialmente, e não haveria condições de isso (más-formações)
ocorrer apenas no Brasil" se a culpa fosse da imunização em período
fértil.
Além disso, esse "estudo" diz que a vacina contra coqueluche, aplicada
no último trimestre de gestação, também teria influenciado no aumento
dos casos.
Mas, segundo especialistas e o Ministério da Saúde, estas informações também não se confirmam.
O ministério diz que aplica em gestantes uma vacina contra coqueluche
recomendada pela OMS e diz que ela, na verdade, "é comprovadamente uma
estratégia importante na prevenção de adoecimento e morte de crianças
pequenas".
"Não há até o momento nenhuma evidência científica nacional ou
internacional que relacione o aparecimento da microcefalia à
administração da vacina dTpa (anticoqueluche) ou qualquer vacina que
faça parte do calendário nacional de imunização", afirma o órgão.
De acordo com Pedro Tauil, infectologista da UnB, a vacina contra
rubéola tem o vírus atenuado e, se ficassem no organismo seria apenas
pelo período em que a própria doença fica, ou seja, cerca de uma semana -
e não um ano, como diz o boato.
A vacina contra a coqueluche, segundo ele, também é segura e recomendada pela Organização Mundial de Saúde.
Falso: Crianças de 1 a 7 anos e idosos estão apresentando 'sequelas neurológicas graves' após zika
Segundo as autoridades de saúde, não está havendo nenhuma mudança
significativa nos padrões de casos de danos neurológicos graves em
crianças - além do que, estes podem ser provocados por vários fatores, e
não necessariamente pelo vírus da zika.
"O vírus da zika e outros, como varicela, herpes vírus, enterovírus e
até dengue, podem causar outros danos neurológicos – encefalites,
cerebelites e neurites (inflamações no sistema nervoso) –, mas no
cenário atual não está havendo grande aumento desses casos em crianças.
Isso acontece talvez em 1% dos casos totais e geralmente em pacientes
com baixa imunidade", diz a neuropediatra Maria Durce Carvalho, que
acompanha casos de microcefalia e outras infecções no Hospital Oswaldo
Cruz, em Recife.
"Não sei de onde vem essa informação de que crianças de até sete anos seriam mais suscetíveis, mas não é bem assim", afirma.
Um dos áudios que circulam no WhatsApp diz que há crianças "chegando
aos hospitais já em coma" em Pernambuco. Mas em nota sobre os boatos, a
Secretaria de Saúde do Estado diz que "não está sendo observada, em
qualquer idade, mudança no padrão de ocorrência dos casos de encefalite
relacionados ao vírus da zika ou qualquer outro vírus".
"As crianças ou adultos podem apresentar diversos sintomas
neurológicos, sendo que estas complicações têm ocorrido numa frequência
muito baixa", afirma o comunicado.
O Ministério da Saúde, por sua vez, diz que "entre pessoas infectadas
pelo vírus da zika, cerca de 80% não desenvolvem sintomas, sejam adultos
ou crianças. Entre essas pessoas, apenas uma pequena parcela pode vir a
desenvolver algum tipo de complicação, que deverá ser avaliada pelos
médicos, uma vez que o zika é uma doença nova e suas complicações ainda
não foram descritas".
Não há confirmação: Há aumento expressivo de casos de síndromes neurológicas associadas à zika
Ao menos seis Estados do Nordeste registraram, em 2015, aumento no
número de casos registrados de Síndrome de Guillain-Barré, uma rara
doença neurológica autoimune que pode ser provocada por diversos vírus e
bactérias, incluindo o zika vírus, a dengue e a chikungunya.
A doença, que tem tratamento, provoca paralisia muscular e, em casos
graves, pode atingir os músculos do tórax e impedir a respiração.
Mas essa síndrome passou a ser registrada com mais frequência depois
que foi confirmado que o zika vírus poderia causá-la. Normalmente, os
serviços de saúde não são obrigados a notificar ocorrências da doença
para as secretarias estaduais.
Por causa disso, o Ministério da Saúde diz não ter registros da
síndrome no país. Já alguns Estados têm dados sobre a ocorrência da
doença em 2015, mas não em anos anteriores. Isso torna mais difícil
saber se o aumento dos casos é realmente fora do que ocorreria
normalmente após o surto de um vírus como o zika.
"Temos visto um aumento dos casos de Síndrome de Guillain-Barré sim, o
que faz sentido, já que temos um surto de dengue, zika e chikungunya",
diz a médica pernambucana Maria Angela Rocha, chefe do serviço de
infectologia do Hospital Oswaldo Cruz, em Recife, e parte do grupo de
pesquisa sobre o zika vírus e a microcefalia em Pernambuco.
"Mas não é nada como o aumento de casos de microcefalia que tivemos, que é muito fora do padrão."
De acordo com o vice-diretor do Instituto de Microbiologista da UFRJ
Davis Fernandes Ferreira, a Polinésia Francesa registrou 20 vezes mais
casos de Síndrome de Guillain-Barré após o surto de zika em 2014.
"Nós estamos vivendo possivelmente um dos maiores surtos documentados
de zika vírus. Ainda estamos coletando os dados e tentando entender a
relação entre ele e a síndrome."
Em estudo: Zika pode ser transmitida por fluidos corporais (sêmen, saliva, urina, leite materno, etc.)
Alguns trabalhos científicos internacionais identificaram a presença do
vírus da zika no sêmen e no leite materno, mas os cientistas ainda
pesquisam se a doença realmente pode ser transmitida por eles.
Na última sexta-feira, a Fiocruz constatou a presença do vírus zika
ativo - com potencial de provocar infecção - na saliva e na urina, o que
abriria a possibilidade de transmissão pela via oral, ainda sendo
investigada. Por enquanto, ainda não é possível afirmar com certeza que o
vírus é contagioso dessa forma.
Ainda assim, a entidade sugere a grávidas que evitem aglomerações, não
compartilhem talheres ou copos ou beijem pessoas com suspeita de zika.
No caso da transmissão sexual, "(ela) seria possível, porque já há
publicação e relato de pessoas com quem isso aconteceu. Mas é uma
situação única, porque a pessoa tem que estar infectada, doente e ter
relação exatamente nessa época. Não seria uma forma principal de
infecção, mas é importante se prevenir", diz o microbiólogo Davis
Ferreira.
Também na sexta-feira, o Centro de Controle de Doenças dos EUA (CDC na
sigla em inglês) emitiu comunicado sugerindo que gestantes em áreas da
epidemia da zika - ou cujo parceiro viajou para áreas de risco -
abstenham-se de relações sexuais desprotegidas.
Em 2011, um estudo divulgado na publicação científica
Emerging Infectious Diseases
registrou o caso de um cientista americano que, ao voltar do Senegal,
que passava por um surto de zika, teve os sintomas da infecção em casa.
Sua mulher, que não havia saído dos Estados Unidos, foi infectada pelo
vírus, o que levou à interpretação de que ela teria sido infectada pelo
sêmen do marido.
Na última terça-feira, o CDC informou que "o laboratório do CDC
confirmou o primeiro caso de zika vírus em um não viajante." Como a
pessoa infectada não havia saído do país e estava em uma área que não
tem presença de
Aedes aegypti,
o centro acredita que a transmissão tenha ocorrido por contato sexual.
O vírus também foi encontrado em amostras de leite materno de duas mães
na Polinésia Francesa. No entanto, o vírus encontrado não era do tipo
replicante, que transmite a doença.
Para Ferreira, é difícil que o vírus no leite cause infecção no bebê,
já que o zika não é adaptado para a transmissão por via oral.
"Transmitido pelo leite, ele teria que passar pelo estômago do bebê, e o
suco gástrico (que ajuda a digerir os alimentos) é muito hostil", diz.
Segundo a Secretaria de Saúde de Pernambuco, ainda não existem provas
suficientes de que o vírus possa ser transmitido pelo leite materno para
que se recomende interromper a amamentação. Além da nutrição do bebê, o
leite materno é importante para protegê-lo de doenças.
Além disso, os especialistas esclarecem que, ainda que infectado pelo
vírus, o bebê recém-nascido não desenvolveria microcefalia, porque seu
cérebro já está praticamente formado.
Verdade: A melhor proteção contra a zika é combater o mosquito
Aedes aegypti
Até o momento, não há vacina contra o zika vírus no mundo. E o processo
de desenvolvimento e aprovação de uma pode levar até 10 anos, segundo o
Ministério da Saúde.
Além disso, atualmente é difícil até mesmo diagnosticar a doença e diferenciá-la com certeza da dengue e da febre chikungunya.
Portanto, a melhor forma de se prevenir continua sendo evitar o contato com o mosquito
Aedes aegypti
, que transmite todas elas.
Além de evitar manter água parada em reservatórios sem tampa ou em
utensílios domésticos, é essencial usar repelente tanto em adultos
quanto em crianças após os seis meses de idade.
Para gestantes e recém-nascidos, recomenda-se também usar roupas longas, que deixem menos partes do corpo expostas.
Algumas mensagens no WhatsApp recomendam o uso de repelentes caseiros,
mas, segundo os médicos, não há comprovação de que eles sejam
eficientes.
Nas farmácias, há repelentes à base de substâncias como DEET, EBAAP e
Icaridina, em concentrações diferentes. Todos eles podem ser usados por
gestantes e por crianças a partir dos 2 anos. Para as crianças, no
entanto, são recomendados repelentes menos concentrados.
Os médicos recomendam passar o produto na pele e por cima das roupas,
especialmente nos horários que os mosquitos mais atacam, à noite e no
início da manhã.
Esta reportagem foi publicada originalmente em 10 de dezembro e
atualizada com novos "rumores" de grande circulação nas redes sociais.
Colaboraram Marina Wentzel, da Basileia (Suíça), Luciani Gomes, do Rio, e Luiza Bandeira, de Londres.
As rochas espaciais podem ter caído na Terra durante a formação do Sistema Solar
Uma espécie de piscina de meteoros pode estar enterrada debaixo do gelo
na Antártida, segundo uma pesquisa recém-divulgada pela Universidade de
Manchester, no Reino Unido.
A Antártida é um dos melhores lugares para se buscar meteoritos
Foto: BBC Brasil
De acordo com os pesquisadores, essas rochas espaciais podem estar a
muitos centímetros debaixo do gelo e vão se afundando cada vez mais, por
conta do gelo derretido pelo sol no verão.
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Esses meteoritos podem ter caído na Terra durante o período de formação
do Sistema Solar - e desde então estariam presos no subsolo.
A hipótese foi formulada por meio de experimentos feitos em
laboratórios. Mas agora os pesquisadores querem provar a ideia, indo
atrás das rochas no local.
"O estudo propõe uma hipótese - que as amostras de meteoros devem estar
lá. Nós queremos apenas ir até lá pessoalmente e localizá-las", afirma a
pesquisadora Katherine Joy, da Universidade de Manchester, que é
coautora do estudo, publicado na revista Nature Communications.
A Antártida é conhecida como um terreno fértil para quem procura
meteoritos, porque as rochas são levadas dos locais onde caíram por
ondas glaciais e transportadas para lugares específicos, onde ficam
concentradas.
Meteoritos ferrosos são menos comuns na Antártida do que em outros lugares
Foto: BBC Brasil
"A melhor coisa da Antártida é que os meteoritos caem no gelo, e o gelo
vai progressivamente os levando para esse plateau. E onde eles
encontram essas barreiras, ao longo das montanhas, o gelo continua",
disse Joy.
Ferro
No entanto, os pesquisadores notaram que esses meteoritos ferrosos -
cuja a composição é formada parcial ou totalmente pelo metal - são
surpreendentemente raros na Antártida, se comparado com a porcentagem
desse tipo de rocha no restante do mundo.
Segundo a pesquisadora, para descobrir o porquê, eles congelaram dois
pedaços pequenos de meteoritos, um ferroso e outro não. Ambos foram
colocados em um bloco de gelo. Uma lâmpada especial foi colocada para
imitar o sol.
Ambos foram derretendo o caminho até o fundo do bloco do gelo. Mas pelo
fato de o metal conduzir o calor com muito mais eficiência, o meteorito
ferroso se afundou mais e mais rápido.
Os pesquisadores também fizeram essa simulação com fórmulas
matemáticas. E concluíram que o sol faz as rochas ferrosas afundar mais
rápido durante o verão.
"'A ideia é que essas rochas nunca chegam à superfície. Estão presas
para sempre a 50 ou 100 centímetros debaixo do gelo", explica Joy.
Mas, de todos os meteoritos já coletados na Antártida, apenas alguns
foram retirados do subsolo, de debaixo do gelo. As temperaturas baixas
dificultam em muito essa tarefa.
Por isso, a equipe está munida de detectores de metal para acertar o
local com precisão. E a recompensa científica pode ser bem alta.
"Todo meteorito que encontrarmos vai nos dizer algo novo sobre o Sistema Solar", afirma Joy.
Algumas rochas são provenientes de épocas anteriores à formação dos
planetas, enquanto outras podem dar informações sobre estágios em que os
planetas estavam se consolidando.
As
mulheres grávidas que comem peixe mais de três vezes por semana têm um
risco aumentado de dar à luz crianças com perturbações do sistema
endócrino, de acordo com uma pesquisa publicada segunda-feira nos
Estados Unidos. Os peixes são uma fonte comum de poluentes
orgânicos e uma exposição frequente a esses produtos químicos, incluindo
os desreguladores endócrinos, pode contribuir para o desenvolvimento da
obesidade na infância ou transtornos de crescimento, segundo os
pesquisadores, cujo trabalho foi publicado no Journal of the American
Medical Association Pediatrics.Em 2014, a agência norte-americana
que controla os medicamentos (FDA) e a Agência de Proteção Ambiental
(EPA) alertaram as mulheres grávidas ou que pretendiam engravidar a não
consumirem peixe mais de três vezes por semana para limitar a exposição
fetal ao mercúrio.Este metal pesado é tóxico para o desenvolvimento do cérebro infantil.Não
há uma resposta clara sobre a quantidade ideal e os tipos de peixes que
podem ser consumidos durante a gravidez e os efeitos no crescimento e
desenvolvimento da criança, observam os pesquisadores. Eles
analisaram dados de 26.184 mulheres grávidas e seus descendentes na
Europa e nos Estados Unidos para examinar a relação entre o consumo de
peixe materno e o crescimento da criança e o impacto sobre sobrepeso e
obesidade.As crianças foram acompanhadas até a idade de seis
anos. O consumo médio de peixe durante a gravidez variaram segundo os
países de 0,5 vezes por semana na Bélgica para 4,45 vezes em Espanha.Além de três vezes por semana, o consumo de peixe é considerado alto, disseram os pesquisadores.Entre
as 8.215 crianças acompanhadas no estudo, 31% experimentaram uma rápida
taxa de crescimento desde o nascimento até seu segundo aniversário,
enquanto que 4.987 (19,4%) e 3.476 (15,2%) estavam com sobrepeso ou
obesas aos quatro e seis anos, respectivamente.As mulheres que
consumiram peixe mais de três vezes por semana durante a gravidez deram à
luz maior número de crianças cujo índice de massa corporal era mais
elevado aos dois, quatro e seis anos comparativamente às mulheres que
consumiram menos peixe, determinaram os pesquisadores. "A
contaminação dos peixes por poluentes no meio ambiente pode ser uma
explicação para os efeitos observados em crianças pequenas entre a
quantidade de peixe consumida por suas mães quando estavam grávidas e o
aumento do excesso de peso entre as crianças", concluem os autores do
estudo.Mas eles apontam que os dados recolhidos e analisados
não lhes permitem distinguir entre diferentes tipos de peixe, método de
preparação e sua fonte (rio ou mar). js/gkg/mm / DIÁRIO CATARINENSE
O
aquecimento global reduzirá significativamente a capacidade de
armazenamento de dióxido de carbono (CO2) das florestas tropicais,
adverte o relatório de um instituto de pesquisas francês.A
elevação das temperaturas, a diminuição dos regimes de chuva e a menor
duração das estações vegetativas "poderiam provocar uma diminuição de
17% do armazenamento de carbono florestal até 2080", destaca o Centro de
Cooperação Internacional em Pesquisas Agronômicas para o
Desenvolvimento (Cirad).Estas conclusões, publicadas no Journal
of Ecology após um estudo feito em Madagascar, questionam o conceito de
"efeito fertilizante do CO2" em que se baseiam outros prognósticos que
preveem que as florestas tropicais "continuem funcionando como poços de
carbono até 2100".Mais preocupante ainda, as florestas poderiam,
segundo o Cirad, as florestas poderiam "se tornar emissoras de CO2 e
acelerar as mudanças climáticas"."Existe o risco de que as
florestas tropicais úmidas que hoje conhecemos acabem por se parecer com
savanas arborizadas", afirma Ghislain Vieilledent, coordenador do
estudo, citado em um comunicado da entidade. ISTOÉ DINHEIRO
O
leite e a carne orgânicos são muito mais ricos em ômega-3 ácidos graxos
essenciais para o bom funcionamento do corpo humano, e a carne orgânica
contém menos gorduras saturadas, acusadas de aumentarem o risco de
doenças cardiovasculares, segundo um estudo publicado nesta terça-feira.
O leite e a carne orgânicos contêm cerca de 50% de ácidos graxos
ômega-3 a mais do que o leite e a carne provenientes da agricultura
tradicional, segundo este estudo publicado no British Journal of
nutrition.Os pesquisadores da Universidade de Newcastle, no Reino
Unido, examinaram 196 artigos consagrados ao leite e 67 à carne e
"encontraram diferenças claras entre leite e carne orgânicos e
convencionais, especialmente no que diz respeito ao teor de ácidos
graxos". "Os ômega-3 contribuem para reduzir as doenças
cardiovasculares, melhoram o desenvolvimento neurológico e a função
imune", comentou Chris Seal, um dos professores.Ele ressaltou que
se a Agência Europeia de Segurança Alimentar preconiza dobrar a
ingestão de ácidos graxos do tipo ômega-3 no regime alimentar das
populações da Europa, ele é difícil de ser absorvido por meio da
alimentação tradicional. "Nosso estudo sugere que optar pelo
orgânico permitiria numa certa medida melhorar a ingestão destas
substâncias nutritivas essenciais", explica Seal.Aumentar a
porção de ômega-3 não significa absorver mais calorias ou gorduras
saturadas indesejáveis, ressaltaram os pesquisadores. Dt/BC/DS/mm / ZERO HORA
O
traumatismo craniano está vinculado a um risco três vezes maior de
suicídio entre adultos, comparado ao restante da população, segundo um
estudo canadense divulgado nesta segunda-feira.Os resultados
corroboram estudos anteriores, segundo os quais o traumatismo pode
provocar alterações fisiológicas duradouras invisíveis ao scanner.
Tratam-se de alterações na serotonina, hormônio do sistema nervoso
central que desempenha um papel-chave na depressão."Devido ao
desaparecimento rápido dos sintomas depois do traumatismo (vertigem, dor
de cabeça, etc.), os médicos tendem a subestimar seus efeitos nefastos e
sua importância no histórico médico do paciente", assinala o
pesquisador Donald Redelmeier, do Instituto de Análises Científicas
Clínicas de Toronto, Canadá, principal autor do estudo, publicado pela
revista especializada da associação médica canadense."Vidas poderiam ser salvas" caso se desse mais atenção aos efeitos duradouros de uma comoção cerebral, acrescentou.Neste
estudo, os pesquisadores examinaram o histórico médico de 235.110
pacientes, com idade média de 41 anos, que sofreram traumatismo craniano
ao longo de um período de 20 anos, na província canadense de Ontario.Durante
um período de acompanhamento de 9,3 anos, foram registrados 667
suicídios, por overdose de soníferos ou enforcamento, principalmente. A
maioria das pessoas nunca tinha sido tratada de doença psiquiátrica. js/lm/fj/lb / Diário Catarinense
Os
donos de cachorros que acreditam que seus pets são mais inteligentes
que os outros animais podem ter razão, segundo um estudo publicado nesta
segunda-feira pela revista britânica Intelligence, baseado em testes de
inteligência realizados com 68 cães pastores.
Os pesquisadores
da London School of Economics (LSE) e da Universidade de Edimburgo
construíram um local especial para esta experiência realizada com
cachorros da raça border collie, nos quais se mediu sua capacidade de
orientação, velocidade e perícia.
Um
dos experimentos consistiu em ver como os cachorros chegavam até um
prato de comida que podiam ver, mas que estava atrás de uma barreira, ou
medir com que rapidez iam ao prato com mais comida quando lhe eram
oferecidos dois.
– Dentro de uma mesma raça de cães há diferenças
nos resultados. O cachorro mais rápido e exato em uma tarefa tem a
propensão de também ser em outra – afirmam os cientistas.
Rosalind
Arden, da LSE, afirma que este estudo é "o primeiro passo no
desenvolvimento de um teste de quociente intelectual (QI) para
cachorros, rápido e confiável".
Os pesquisadores também chegaram à conclusão de que os cães desenvolvem demência senil de um modo parecido com os homens.
Pesquisa desenvolvida nos EUA aponta que probabilidade de desenvolver transtorno pode ser quatro vezes maior
Foto:
Shutterstock / Shutterstock
Filhos
de mães obesas e diabéticas têm uma probabilidade quatro vezes maior de
serem diagnosticados com transtorno do espectro autista, em comparação
com aqueles cujas mães não têm nenhuma das condições. É o que diz um
estudo publicado recentemente na revista científica Pediatrics.Embora
a obesidade e o diabetes já sejam condições que, separadamente,
aumentam o risco de desenvolvimento da síndrome, o novo estudo mostrou
que, quando combinadas, essa probabilidade dobra. Os
pesquisadores da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, nos
Estados Unidos, analisaram os registros de 2.734 crianças nascidas no
Centro Médico de Boston. Nos prontuários havia informações sobre a saúde
das mães antes e durante a gestação. Os autores também acompanharam as
crianças até o início da infância, quando o autismo geralmente é
diagnosticado.Os resultados mostraram que as crianças cujas mães
eram obesas antes da gravidez corriam o dobro de risco de serem
diagnosticadas com autismo, quando comparadas com aquelas de mães com
peso considerado normal. Mulheres com diabetes antes da gestação ou que
desenvolveram diabetes gestacional também tinham risco duas vezes maior
de ter um filho com autismo, em comparação com aquelas sem a condição.No entanto, esse risco foi ainda maior quando as duas condições estavam juntas. A
probabilidade de ter um filho com autismo nesses casos era quatro vezes
maior. Os pesquisadores também descobriram que diabetes e obesidade
aumentam o risco de deficiência intelectual na criança.— Nossa
pesquisa mostra que o risco de autismo começa no útero. Agora, é
importante tentar entender o que há na combinação de diabetes e
obesidade que está potencialmente contribuindo para uma saúde fetal
aquém do ideal — explicou Daniele Fallin, coautora do estudo.De
acordo com os pesquisadores, obesidade e diabetes são condições que, em
geral, já estressam o corpo humano. Pesquisas anteriores sugerem que a
obesidade em gestantes pode estar associada a uma inflamação no
desenvolvimento cerebral do feto. Outros estudos indicam que mulheres
obesas têm menos ácido fólico, um tipo de vitamina B vital para a saúde e
desenvolvimento humano.— Talvez nós precisemos considerar não
somente a saúde na gravidez, mas também na pré-gravidez para prevenir o
autismo — argumentou Daniele.Diante desses resultados, os autores
sugerem que mulheres que estão pensando em engravidar lembrem que
diabetes e obesidade são condições que podem afetar também a saúde do
bebê. Uma melhor administração destas condições pode ter um impacto
benéfico e duradouro na vida de ambos. Diário Catarinense
Especialmente no Rio
Grande do Sul, o mate ou chimarrão é uma das bebidas mais tradicionais.
Mas é nos dias quentes que uma versão gelada desse líquido ganha força: o
tereré. A bebida é feita basicamente com chá da erva-mate, preparado com cubos de gelo, água gelada, suco de frutas ou ervas. O melhor de tudo? Pode fazer bem para sua saúde.
Uma bebida refrescante
Em alguns países essa bebida é tão
famosa que ganhou um dia especial. Por exemplo, o último sábado de
fevereiro é considerado no Paraguai o Dia do Tereré
ou Tererê, como também é conhecida. Ela surgiu como a versão fria de
chimarrão, consumido em muitos estados brasileiros, Paraguai, Argentina e
Uruguai. Suas origens remontam a Guerra do Paraguai.
Conta-se que os soldados não conseguiam fazer uma fogueira para esquentar a água,
já que assim revelariam aos inimigos sua localização exata. Justamente
por isso, eles passaram a tomar a erva-mate com água fria. A bebida se
tornou tão tradicional quanto o mate convencional.
Tereré pode substituir o café e ainda ajuda a reduzir o colesterol ruim. Foto: Shutterstock
E não se trata apenas de um líquido
saboroso, já que a combinação pode ser muito benéfica para a saúde. A
erva-mate é rica em antioxidantes, cerca de 90% a mais do que o chá
verde. Ela é capaz de retardar os sinais de envelhecimento, desintoxicar o sangue e prevenir muitos tipos de câncer.
Não bastasse isso, também ajuda a reduzir estresse e insônia. Ela pode substituir o café, já que também contém cafeína. Com isso, é possível ter um aumento da energia
mental, clareza e foco, mas sem os efeitos colaterais desagradáveis
associados ao consumo da substância – dores de cabeça, estômago e
nervosismo, por exemplo.
A erva-mate ainda contém compostos como polifenóis, benéficos na redução do risco de doenças cardiovasculares. Um estudo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) sugere que a ingestão do produto tem impacto positivo sobre os parâmetros lipídicos e que ajuda a reduzir o colesterol LDL (ruim) em pessoas com hipercolesterolemia.
O consumo também protege o tecido do miocárdio do coração e reduz o estresse oxidativo – conhecido como uma das causas do acidente vascular cerebral.
Como preparar um tereré
Para fazer essa bebida, você primeiro
precisa escolher a erva-mate. A melhor opção são as folhas moídas
grossas, que costumam manter o sabor da erva por mais
tempo. O preparo exige ainda um guampo, uma cuia ou um copo grande.
Outro item indispensável é uma bomba para chimarrão.
Os sucos mais populares para utilizar no tereré
são limão, laranja ou toranja. A combinação deles e outros sucos ajuda a
tornar essa bebida uma opção única. É possível ainda utilizar ervas
aromáticas, como hortelã e capim-limão.
A preparação é muito simples. Basta encher a guampa ou o copo de erva-mate, colocar a bomba de um dos lados e despejar o suco ou água fria.
Muitas pessoas adoram o primeiro gole porque ele é o mais rico em
nutrientes, enquanto outros o evitam em razão do sabor forte.
Porque geralmente nós não associados barbas à limpeza e higiene.
Diferentemente
da crença popular, um estudo recente descobriu que pessoas sem pelos
faciais têm uma probabilidade maior de abrigar bactérias perigosas do
que seus colegas mais peludos. Pesquisas posteriores descobriram que as
barbas podem ter propriedades antibacterianas.
História completa
As
barbas, na maior parte do tempo, transmitem uma ideia de masculinidade.
Elas são a forma mais fácil de parecer mais durão, mas não costumam ser
associadas a uma higiene excepcional. Na verdade, um estudo recente
descobriu que algumas barbas contêm as mesmas bactérias encontradas nas
fezes, embora se tratasse de um experimento com pouquíssimo embasamento
científico. Será que uma pesquisa mais dirigida poderia produzir
resultados diferentes? De acordo com os pesquisadores do Boston’s
Brigham and Women’s Hospital, nos Estados Unidos, a resposta é sim. Sua
pesquisa a respeito do tema concluiu que os homens que usam barba
carregam menos bactérias do que aqueles com o rosto liso.
O
estudo foi realizado em um hospital, onde foram recolhidas amostras de
saliva de mais de 400 funcionários, com ou sem barba.
Surpreendentemente, os participantes que usavam barba tinham uma chance
menor de carregar o staphylococcus aureus resistente à meticilina, mais
conhecido como o super-resistente MRSA. Os pesquisadores supõem que o
ato de passar a lâmina na pele para fazer a barba cria abrasões
microscópicas no rosto que servem como locais perfeitos para o
crescimento desta bactéria perigosa.
Isso
certamente pode ser verdade, e Michael Mosley, apresentador do programa
do canal BBC chamado ‘Trust Me I’m a Doctor’, acredita que outros
fatores podem ter influenciado este resultado. Ele enviou amostras de
mais de 100 homens que usavam barba para um microbiólogo com a intenção
de analisar se as bactérias podiam crescer em placas de petri. A
resposta? Sim, e muito. Embora tenha sido encontrada uma infinidade de
bactérias inofensivas, ele também fez uma descoberta curiosa — em
algumas amostras, algo parecia estar matando ativamente as bactérias. As
bactérias são mais do que pragas onipresentes; elas são
micro-organismos extremamente sofisticados que competem uns com os
outros por recursos, assim como os animais. De acordo com o biólogo, é
totalmente possível que algumas das bactérias presentes nas barbas
tenham evoluído de forma a liberar toxinas antibióticas poderosas que
afastam as bactérias prejudiciais.
Esta
hipótese não é surpreendente quando analisada de um ponto de vista
histórico. Embora o hábito de fazer a barba tenha raízes incrivelmente
profundas, houve uma época em que os humanos (ou pelo menos os nossos
antepassados) eram incapazes de se livrar dos pelos corporais. Não faria
sentido que estes genes sobrevivessem se possuir uma barba fosse algo
prejudicial à nossa saúde.
Você provavelmente já ouviu falar em alimentos e dietas low carb, mas elas nem sempre são recomendadas. Afinal, o corpo humano precisa dos hidratos de carbono – mais conhecidos como carboidratos.
Os alimentos que os contêm funcionam como fonte de energia para o organismo. Ou seja, é importante que eles sejam consumidos. O segredo está na escolha das comidas e na quantidade ingerida.
Como os carboidratos trabalham em seu corpo
Os hidratos de carbono
são constituídos por grupos de moléculas conhecidos como sacarídeos.
Eles contêm átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio em diferentes
combinações. Há duas classes principais de carboidratos: simples e
complexos.
Os simples têm um ou dois sacarídeos ligados entre si. Eles são principalmente os açúcares, encontrados em frutas,
mel, leite e adoçantes comerciais. Os complexos possuem muitos
sacarídeos e são conhecidos como amidos e fibras encontrados em
vegetais, grãos e legumes.
Pães integrais fazem parte da lista de alimentos que são fontes de hidratos de carbono. Foto: iStock, Getty Images
O papel principal dos hidratos de carbono é
fornecer energia para o corpo. É por isso que são importantes em
qualquer dieta. Não se trata de comê-los ou não, mas sim qual tipo de carboidrato você escolhe para ingerir.
Isso faz toda a diferença, já algumas fontes são mais saudáveis do que outras. Um pão de trigo integral que contém centeio, cevada e quinoa é melhor escolha do que um pão branco refinado ou batatas fritas, segundo uma pesquisa do Brigham and Women’s Hospital e da Harvard Medical School, por exemplo.
É preciso ainda atenção na quantidade
de carboidratos que são consumidos. Você necessita ingerir o suficiente
para ter energia e manter os sistemas do corpo em funcionamento. Quando
em excesso, ele fica acumulado em forma de gordura.
A moderação é a palavra-chave. De acordo com a National Academy of Sciences-Food and Nutrition Board, recomenda-se que 55% a 65% das calorias diárias consumidas sejam carboidratos.
Escolhendo bons hidratos de carbono
As fontes mais saudáveis de
carboidratos são aquelas não transformadas ou minimamente processados.
Grãos integrais, legumes e frutas são boas opções, principalmente porque
também são ricos em vitaminas, minerais, fibras e uma série de importantes fitonutrientes.
Tente ficar longe dos carboidratos simples ou refinados. Por exemplo, pão branco, bolos e outros alimentos altamente processados
não contêm a mesma quantidade de fitonutrientes e são facilmente
digeridos pelo organismo – o que muitas vezes contribui para o ganho de
peso, diabetes e doenças cardíacas.
Quer algumas dicas? Confira abaixo como adicionar carboidratos saudáveis à dieta:
Comece o dia com grãos integrais: escolha um cereal que tenha pelo menos quatro gramas de fibra e menos de oito gramas de açúcar por porção
Use pães integrais:
olhe o rótulo do pão e na lista de ingredientes veja se o primeiro
deles é farinha de trigo integral, centeio integral ou algum outro grão
inteiro – dê preferência a eles
Escolha a fruta inteira, ao invés do suco: uma laranja tem duas vezes mais fibra e metade do açúcar do que um copo de suco de laranja
Troque a batata pelos grãos: o feijão é uma excelente fonte de hidratos de carbonoque são digeridos lentamente e um ótimo substituto para a batata.
Consumo excessivo do grão poderia levar à puberdade precoce
Foto:
freeimages / divulgação
Entre
as muitas preocupações que pais e mães têm em relação à alimentação de
seus filhos, uma tem sido assunto frequente: a possibilidade de que o
consumo excessivo de soja na infância leve à puberdade precoce. Segundo
os especialistas, a hipótese não é descabida, mas ainda não se pode
inocentar nem culpar o alimento.
A principal desconfiança está no
fato de que a soja é rica em isoflavonas, substâncias que têm estrutura
química similar aos hormônios femininos, os estrógenos. As isoflavonas
seriam, então, reconhecidas pelo organismo como se fossem o estrógeno e
desencadeariam a ação hormonal.
—
Existe uma preocupação bastante grande de que uma exposição muito
antecipada e em quantidade possa exercer um papel semelhante ao hormônio
feminino, induzindo a casos de quadros de precocidade sexual — observa a
endocrinologista pediátrica do Hospital Moinhos de Vento Cristiane
Kopacek.
No entanto, ela reforça que os estudos sobre o tema são
escassos. Uma pesquisa de grande repercussão, publicada nos Arquivos de
Endocrinologia e Metabologia de 2007, analisou o caso de uma menina de
quatro anos e nove meses que apresentou desenvolvimento dos tecidos
mamários. Ao investigar a dieta da criança, foi constatado excesso no
consumo diário de soja. Depois de reduzir essa quantidade, o volume das
mamas da criança voltou ao esperado para a faixa etária.
De acordo
com Cristiane, as poucas pesquisas existentes indicam uma possível
associação entre o consumo excessivo de soja e desenvolvimento precoce
da puberdade.
— Mas temos de lembrar que os organismos são
diferentes. O que pode causar efeito para um pode não causar para outro —
pondera a endocrinologista.
Para o presidente da Associação
Brasileira de Nutrologia, Durval Ribas Filho, faltam trabalhos
científicos robustos que comprovem a ligação. O consumo moderado não
teria força suficiente para provocar a aceleração da puberdade.
—
Alguns estudos mostram que, se houver um consumo exagerado de soja entre
crianças e adolescentes, as isoflavonas, por mimetizarem o estrogênio
(hormônio feminino), poderiam favorecer essas alterações. Mas essa
quantidade seria acima de 40mg a 50mg por dia. Isso seria equivalente a
consumir em torno de três litros de suco de soja por dia, o que, na
prática, é quase impossível — justifica o nutrólogo.
Diante da
ausência de resultados conclusivos, a orientação é não proibir, mas
moderar o consumo de produtos à base da soja na alimentação infantil:
—
Os estudos classificam como mínimos os efeitos adversos para o
crescimento infantil, sendo necessário ter atenção à idade da criança,
pois a fórmula infantil à base de soja somente deve ser utilizada por
crianças com mais de seis meses. É importante deixar claro que as
famílias devem utilizar a soja conforme a prescrição do nutricionista ou
médico — pontua a nutricionista infantil Ana Carolina Terrazzan.
As pessoas que respiram pela boca quando dormem e as que sofrem de
apneia do sonho correm mais risco de ter cáries do que as que o fazem
pelo nariz, segundo um estudo da Universidade de Otago, da Nova
Zelândia, divulgado nesta segunda-feira (data local).
"Nossa pesquisa respalda a ideia de que respirar pela boca pode ser um
fator fortuito vinculado às doenças dentais como a erosão do esmalte e
as cáries", disse a chefe da pesquisa, Joanne Choi, para a "Radio New
Zealand".
Na pesquisa foram estudados os níveis de ph oral de dez voluntários que
dormiram de forma alterna com pinças no nariz que os obrigava a
respirar pela boca durante o sono.
No estudo, publicado no "Journal of Oral Rehabilitation", se descobriu
que os pacientes que foram forçados a dormir com a boca aberta tinham um
ph médio de acidez de 6,6 comparado com o ph neutro de 7 registrado em
quem respirava pelo nariz durante o sono.
Muitas vezes o nível caiu a 3,6, que está muito abaixo do limite de 5,5
quando o esmalte começa a se desmineralizar, nos casos em que os
voluntários foram forçados a respirar pela boca, acrescentou a fonte.
O ph, cujos valores normais oscilam entre 5,6 e 7,6, ajudam a proteger a
integridade da mucosa, acabar com restos alimentícios e bactérias,
neutralizar os ácidos e remineralizar as lesões dentárias e possui, além
disso, propriedades antibacterianas.
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