O peixefrito faz
parte do cardápio de vários restaurantes e figura como um dos pratos
mais pedidos. Fazer essa delícia em casa pode ser um pouco complicado. É
preciso atenção na escolha do peixe e na hora do preparo, mas não é
impossível.
Seguindo as dicas certas, você conta
com uma opção saborosa e ideal para variar o cardápio. Quer saber como?
Confira as dicas que a equipe do Doutíssima separou para você.
O segredo está na escolha do peixe
O peixe é um dos melhores alimentos
para se consumir. É uma grande fonte de proteína magra e nutrientes,
oferecendo vários benefícios para a saúde.Comer peixe apenas uma vez ou duas vezes por semana pode ser suficiente para colher seus benefícios.
Um estudo dinamarquês realizado com 49 mil mulheres e publicado na revista Hypertension: Journal of the American Heart Association, descobriu que aquelas que comiam pouco ou nenhum pescado tinham 50% mais problemas cardíacos do que as que comiam peixe com regularidade (pelo menos uma vez por semana).
A melhor forma de consumir o peixe é
assá-lo ou fazê-lo na grelha, mas às vezes é impossível resistir a ele
frito e envolto em uma casquinha crocante. Nesse último caso, é preciso saber quais são as melhores opções para fritar.
O linguado, a pescada, a tainha, a tilápia e a traíra estão na lista. Para temperar, dê preferência por usar apenas sal e limão. É válido ainda evitar peixes congelados, privilegiando sempre os frescos.
Além disso, outro segredo é que o
óleo deve estar bem quente e o peixe deve ser virado apenas uma vez,
quando suas bordas estiverem douradas. O cheiro de peixe frito pela casa incomoda? É possível solucionar esse problema também.
Ferva em uma panela um pouco de água e alguma erva aromática
– dessa forma logo o cheiro irá sair por completo. Para os utensílios, a
dica é utilizar água sanitária na hora da higienização.
Como preparar um delicioso peixe frito
Para almoço ou como petisco para acompanhar a cervejinha do final de semana, o peixe frito é uma opção perfeita. Se você não sabe como fazê-lo em casa, essa receita simples pode ajudar.
Receita de peixe frito crocante
Ingredientes
Postas de peixe
1 xícara de farinha de rosca
Raspas de meio limão
2 colheres de sopa de farinha de trigo
1 ovo
2 colheres de sopa de leite
Sal e pimenta a gosto
Óleo para fritar
Modo de preparo
Tempere as postas de peixe com sal, pimenta e raspas de limão a gosto e deixe descansar por cerca de 15 minutos
envolto em um papel toalha, até que fiquem bem enxutas. Agora bata o ovo
em uma tigela com um pouco de leite e reserve.
Em outro prato coloque a farinha de
trigo e em outro a farinha de rosca. Então basta empanar as postas
passando-as na farinha de trigo, no ovo e na farinha de rosca. Enquanto
isso, esquente bem o óleo numa frigideira e frite os filés de peixe.
Distribua-os numa travessa forrada com papel toalha e sirva.
A função hepática adequada é importante para um corpo saudável e uma digestão eficiente. É por isso que se acredita que fazer a limpeza do fígado periodicamente é a melhor forma de mantê-lo em correto funcionamento.
Afinal, não são poucas as toxinas que entram no nosso organismo
diariamente.
Por que a limpeza do fígado é importante?
O fígado é o principal filtro do
corpo e produz uma família de proteínas chamada metalotioneiras,
responsáveis por neutralizar metais nocivos como chumbo, cádmio e
mercúrio e preparar sua eliminação do organismo. Suas células também
produzem grupos de enzimas que regulam o metabolismo de drogas.
Esse órgão é ainda parte importante da defesa do organismo contra substâncias químicas
nocivas e outras a que estamos expostos diariamente. Elas provêm de
diferentes fontes, como produtos químicos, pesticidas, contaminantes de
água, conservantes de alimentos e radiação eletromagnética, por exemplo.
Ele também atua na produção de bile,
que é necessária para ajudar na quebra da gordura no sistema digestivo.
Em resumo, não faltam motivos para ter um cuidado recobrado com esse órgão. A prevenção de problemas começa com bons hábitos.
Não beba muito álcool ou coma uma dieta rica em proteínas
– que colocam pressão adicional sobre o fígado. Além disso, o uso
regular de remédios de dor de cabeça e antibióticos também podem afetar o
funcionamento desse órgão.
Quaisquer irregularidades, congestionamentos ou acumulações de toxinas no órgão são capazes de dar origem a sintomas desagradáveis. São comuns problemas como má digestão, náusea ou fadiga crônica.
É frequente ainda a doença hepática gordurosa, com sintomas vagos como fadiga generalizada,
fraqueza, náuseas, confusão, dificuldade de raciocínio e perda de
apetite. Não é à toa que às vezes é preciso de anos para que os
problemas sejam associados à lesão.
Como fazer um detox em seu organismo?
Não há evidências científicas que
suportem a maioria das dietas com fins de desintoxicação, mas certos
alimentos são capazes de promover o trabalho mais eficiente da função
hepática. Se você deseja uma limpeza do fígado, a melhor aposta é beber muita água e manter uma alimentação saudável. Além disso, dê atenção a alguns produtos naturais:
Açafrão
Contém um polifenol chamado curcumina, com notáveis propriedades curativas. Um estudo da Universidade de Maryland, dos Estados Unidos, indica que a ela estimula a produção de bile pela vesícula biliar
Alho
Contém compostos de enxofre com
muitos efeitos de promoção da saúde. A alicina é um deles e tem sido
associada à indução da morte de células cancerígenas no fígado humano. Além disso, é capaz de proteger o fígado de toxinas
Suplemento com cardo de leite
A Silybum marianum é uma erva utilizada na medicina tradicional chinesa para aliviar o fígado e promover o fluxo de bile. Um estudo publicado na revista Hepatology indica que a planta ajuda a proteger o órgão contra os efeitos do vírus da hepatite C.
Chá verde
É rico em compostos polifenólicos
chamados catequinas, que têm propriedades antioxidantes e
anti-inflamatórias. Elas têm ampla gama de benefícios para a saúde e
pesquisas indicam podem ajudar a proteger o fígado dos efeitos tóxicos do álcool.
DOUTÍSSIMA DO TERRA
Ciência responde: é melhor correr na esteira ou ao ar livre?
O assunto divide os entusiastas das corridas. Confira os argumentos contra e a favor
Pessoas que correm costumam ter a mesma opinião sobre correr em
esteiras: dizem que é mais fácil do que ao ar livre. O médico e
apresentador da BBC Michael Mosley avaliou estas duas opções.
Para aqueles que fizeram uma lista de resoluções para 2016 que inclui
fazer mais exercícios, correr parece a opção mais óbvia. Mas o que é
melhor: correr ao ar livre, no vento e na chuva, ou ir para a academia
mais próxima e suar em cima de uma esteira enquanto admira seu reflexo
em um espelho gigante?
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Certamente é um assunto que divide os entusiastas das corridas. Então, quais são os argumentos contra e a favor?
Energia
Primeiramente, qual destas alternativas vai deixar você mais em
forma? Os adeptos da corrida ao ar livre alegam que ela gasta muito mais
energia. A principal razão é a resistência do vento, algo que você não
tem muito dentro da academia.
Mas os fãs de academia afirmam que isto não é necessariamente
verdade. Em um estudo feito pela Universidade de Exeter, na
Grã-Bretanha, o professor Andrew Jones levou nove corredores para correr
em uma rua, medindo o gasto de energia.
Depois ele levou estes voluntários para correr na mesma velocidade em
uma esteira, mas com inclinações diferentes. O que ele descobriu é que
os corredores podem compensar de forma adequada o esforço extra de
correr ao ar livre colocando a esteira a uma inclinação de 1%.
Velocidade
Vale a pena saber que, quando você corre em uma esteira, você tende a superestimar o ritmo que você corre.
Um estudo realizado em Cingapura, que pediu que algumas pessoas
corressem ao ar livre e então corressem na mesma velocidade em uma
esteira, descobriu que quando as pessoas correram na esteira elas
correram significativamente mais devagar, mesmo pensando que estavam na
mesma velocidade.
Os cientistas responsáveis por este estudo sugerem que isto acontece
provavelmente porque, ao correr dentro de uma academia, você não tem o
mesmo visual.
Ou, como os próprios cientistas explicam: "A percepção diferente da
velocidade provavelmente se deve à distorção das informações visuais
resultantes da discrepância entre o que foi observado e o fluxo ótico
esperado".
Qualquer que seja a causa, parece que quando corremos ao ar livre nós, inconscientemente, nos esforçamos mais.
Segurança
Se correr ao ar livre supera correr na esteira em gasto de energia,
qual das duas opções é a mais segura? Na academia, é claro, é muito
improvável ser atingido por galhos que caem das árvores, escorregar em
fezes de cachorro ou tropeçar no meio-fio.
Mas quando se fala de lesões existe uma ameaça que é comum entre os
usuários de esteiras: lesões causadas pelo uso excessivo e a repetição
sem variações.
Quando você está em uma esteira a tendência é se distrair, como um
hamster correndo em uma rodinha, fazendo os mesmos movimentos durante um
tempo. Repetir os mesmos movimentos aumenta o risco de danos nas juntas
ou ligamentos.
Então, se você usa uma esteira, é uma boa ideia misturar um pouco,
variando a velocidade e a inclinação. Se você corre ao ar livre,
especialmente se você corre fora de áreas asfaltadas, a variedade será
muito maior.
Cada passo será diferente simplesmente porque você está correndo em uma
superfície desigual e variada. As pesquisas sugerem que este desafio
constante não apenas fortalece os ligamentos e ativa uma variedade maior
de músculos, mas também melhora o senso de equilíbrio da pessoa.
Dito isto, é preciso lembrar que a esteira pode ser mais confortável, o que é importante caso você já tenha uma lesão.
Bem-estar
Parece óbvio que correr ao ar livre coloca a pessoa mais perto da
natureza e isto só pode ser melhor do que correr em um ambiente
fechado. Mas qual é a prova?
Há alguns anos os cientistas da Universidade de Exeter fizeram um
esforço grande para avaliar de forma apropriada as provas a respeito e a
conclusão deles foi bem clara.
Pesquisando em resultados já obtidos e registrados, eles descobriram
que o exercício em ambientes naturais, particularmente em áreas verdes,
"foi associado a sentimentos mais fortes de revitalização e envolvimento
positivo, diminuição da tensão, confusão, raiva e depressão e um
aumento da energia".
Eles também descobriram que as pessoas que se exercitam ao ar livre
alegaram gostar mais, achar que o exercício é mais satisfatório e que as
chances de fazer de novo eram maiores. Mas, se estas pessoas realmente
fizeram mais exercícios ou não é outra questão para ser analisada.
Uma outra vantagem de se exercitar ao ar livre é que você tem chances
maiores de ser exposto ao sol e, por isso, aumentar sua dose de vitamina
D.
Conclusão
Para mim a corrida ao ar livre tem vantagens claras. É muito mais
variada e, quando corro numa esteira, ainda tenho que convencer meu
cachorro que me assistir é tão divertido como correr pelos campos.
Mas o melhor conselho, especialmente para quem está começando, é
escolher o tipo de corrida que você gosta e com o qual você tem mais
chances de continuar.
Se isto significa ir para a esteira mais próxima, lembre-se de variar a
velocidade e a inclinação. E um estudo recente relatou que corredores
que praticam exercícios extenuantes têm a mesma expectativa de vida que
as pessoas que mal fazem qualquer exercício.
BBC BRASIL / TERRA
Nutrição funcional promove a prevenção de doenças
Fique por dentro da nutrição funcional e descubra os poderes de alguns alimentos
A nutrição funcional é mais uma técnica para quem busca maneiras de
manter o organismo fortalecido. Os alimentos desse método não visam
apenas à nutrição, mas, também, à prevenção e ao tratamento de desordens
crônicas.
Os princípios fundamentais são: a individualidade da pessoa e a
interação entre todos os sistemas do corpo. Saiba mais a seguir.
Entenda a nutrição funcional
O cardápio é elaborado individualmente, levando-se em conta a genética
de cada pessoa. Dessa forma, a alimentação pode trabalhar possíveis
problemas e, até mesmo, evitar complicações ou o aparecimento de novas
doenças.
Além de atenuar os sintomas de alguma alteração - como aumento de peso,
mal-estar constante ou dificuldade de digestão -, a nutrição funcional
procura atuar nas causas. O importante é buscar informações sobre o
metabolismo do paciente para encontrar uma solução individualizada e
efetiva.
Com uma avaliação antropométrica, exames bioquímicos e sinais clínicos,
o especialista pode indicar quais alimentos promoverão mais equilíbrio
ao organismo. O resultado é o alívio nos sintomas e, ainda, um sistema
imunológico fortalecido, prevenindo o indivíduo de doenças e de outros
problemas de saúde.
Alimentos que não podem faltar
Os chamados alimentos funcionais são aqueles que, além de oferecer os
nutrientes essenciais ao organismo, também previnem ou ajudam a tratar
problemas de saúde.
Capazes de agir contra o envelhecimento precoce, de reduzir a absorção
de gorduras e de ajudar no funcionamento dos intestinos, esses
ingredientes são importantes para uma alimentação equilibrada.
A seguir, você confere uma lista de alimentos que podem fazer parte da
nutrição funcional. Lembre-se, porém, que o método parte do princípio do
acompanhamento individualizado. Sendo assim, apenas o seu nutricionista
pode confirmar quais são as opções mais saudáveis para o seu organismo.
- Aveia:
importante aliada na redução dos níveis de LDL, conhecido como o
"colesterol ruim". Também ajuda a melhorar a prisão de ventre, devido ao
alto teor de fibras.
- Tomate:
com ação antioxidante, ele contribui para combater a ação dos radicais
livres, renovando as células e evitando doenças degenerativas.
- Peixes:
fonte de ácidos graxos, as chamadas gorduras boas, a carne de peixe
colabora para prevenir infarto e outros problemas cardíacos, além de
minimizar dores e desconfortos de artrite.
- Soja:
uma pequena quantidade diária já auxilia na prevenção de doenças cardíacas e no funcionamento do intestino.
- Alho:
também contribui para a dimunuição do colesterol ruim, além de reduzir a
pressão arterial e, assim, ser um importante protetor da saúde do
coração.
O Instituto do Coração desenvolve série de exercícios diários que diminuem o ronco e melhoram a apneia do sono leve e moderada.
Quem nunca passou uma noite em claro por causa de um roncador insistente que atire o primeiro travesseiro. Segundo estimativas, cerca de 54% da população adulta sofre de ronco – com grande prevalência em obesos, idosos e mulheres na pós-menopausa (sim, nessa fase da vida feminina, muitas delas vão se tornar roncadoras, se nada for feito). E, a depender das estatísticas, os brasileiros vão roncar cada vez mais, já que dois dos fatores que levam ao ronco continuam a crescer no País: a obesidade pesa sobre 18% da população, e a progressão da idade continua a avançar (em 2030, 13% dos brasileiros terão mais de 65 anos). O prejuízo não é apenas das horas de sono ou do estigma social. O ronco pode ser um dos sinais de um problema ainda mais grave: a apneia obstrutiva do sono, fator de risco importante para as doenças cardiovasculares. Pesquisadores do Laboratório do Sono do Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP) desenvolveram uma técnica de tratamento pioneira que, se praticada diariamente e com orientação de fonoaudiológo, reduz a frequência e a altura do ronco até ele se tornar quase imperceptível, em alguns casos. A nova técnica é efetiva também no tratamento da apneia do sono de grau leve e moderado, diminuindo o número de engasgos durante a noite. O estudo brasileiro foi publicado na revista acadêmica CHEST e seus resultados surpreenderam a comunidade médica e a imprensa internacional . (como na ABCNews e na Medical Daily , entre outros) “Até hoje não havia registro científico de um tratamento que combinasse eficácia nos resultados e facilidade para a adesão do paciente à terapia. Acreditamos que a técnica brasileira está tendo essa repercussão por unir essas duas características”, diz o Dr. Geraldo Lorenzi Filho, pneumologista e diretor do Laboratório do Sono que orientou a pesquisa de desenvolvimento da técnica antirronco do Incor. Os tratamentos existentes para o ronco são muitos e incluem desde cirurgias para desobstrução das vias aéreas superiores, implantes no palato, dispositivos intraorais até orientações para perda de peso e mudança postural. O grande problema da maior parte dos estudos até hoje é que o ronco não foi medido de forma objetiva. A técnica Incor de tratamento do ronco consiste numa série de seis exercícios para fortalecer os músculos envolvidos direta ou indiretamente na produção do ronco e na apneia obstrutiva do sono. Com duração de oito minutos, os exercícios são realizados três vezes ao dia e, para facilitar ainda mais a adesão do paciente ao tratamento, sempre incorporados às atividades rotineiras (como se alimentar, escovar os dentes ou no percurso para o trabalho, por exemplo). “Embora seja de fácil execução e não tenha qualquer contraindicação, os exercícios devem ser prescritos, orientados e acompanhados por profissionais especializados”, reforça a fonoaudióloga Vanessa Ieto, autora do estudo que resultou na nova técnica. Essa medida é necessária para que os desvios na execução dos exercícios sejam diagnosticados e corrigidos ao longo do tratamento. “Ao fazer o movimento errado, seja por um milímetro, serão trabalhados músculos que nada têm a ver com a cessação do ronco”, explica a especialista do Incor. Até que o ronco nos separe Foi a exigência da esposa (namorada, à época) que levou o condutor de trem do Metrô de São Paulo Gustavo Richieri, 30 anos, a procurar um tratamento para diminuir o barulho que incomodava sua parceira noites seguidas. “Ela reclamava e me cutucava para eu acordar. A qualidade do meu sono realmente não era boa. Eu me sentia bem cansado, indisposto durante o dia. Pensei que a única saída fosse a cirurgia”. Gustavo é um dos 39 voluntários do estudo do Incor que teve melhora significativa no ronco. Hoje ele não abre mão dos exercícios diários. “Minha esposa comenta que o meu ronco diminuiu, e a apneia que eu tinha algumas vezes por hora cessou. Eu realmente me sinto mais recuperado e descansado quando acordo. O meu dia rende bem mais”. Para Nelson Ieto, 65 anos, o sinal de alerta para o ronco veio do susto que ele levou ao ter um infarto, em 1999. Ele parou de fumar (vício que cultivava havia mais de 35 anos) e de beber e procurou se cuidar cada vez mais. Ao realizar o exame de polissonografia, ele teve o diagnostico de apneia do sono de grau moderado. “Eu não sabia do mal que pode estar por trás do ronco. As pessoas são leigas nisso, mas fiquei preocupado”. Aposentado e morando na pequena cidade de Lucélia, Nelson agora cumpre fielmente a série de seis exercícios principalmente durante as caminhadas diárias. Sobre a sua disciplina, ele sentencia:“ou a gente faz ou faz, não tem outra opção”. “Hoje eu me sinto uma pessoa realizada, porque estou cultivando hábitos para viver melhor”, diz Nelson, que cobra de sua esposa, familiares e amigos que levem a sério o ronco. “As pessoas só dão importância quando passam por uma situação de risco”. Como são os exercícios De forma simplificada, os seis exercícios que compõem o tratamento antirronco do Incor são: 1. Empurrar a língua contra o céu da boca e deslizá-la para trás; 2. Sugar a língua para cima, pressionando-a por completo contra o céu da boca; 3. Forçar a parte posterior da língua contra o “chão” da boca, mantendo a sua ponta em contato com os dentes incisivos inferiores; 4. Elevar a parte de trás do céu da boca e a úvula (conhecida popularmente como “campainha”) enquanto diz a vogal “A”; 5. Posicionar o dedo na parte interna da bochecha entre os dentes e pressionar a bochecha para fora (cada lado da boca); 6. Durante a alimentação, manter uma mastigação bilateral alternada e deglutição usando a língua no palato. A pesquisa A técnica do Incor foi testada num grupo de 39 pacientes adultos (de 20 a 65 anos), de ambos os sexos, com queixas de ronco. Ela é uma evolução (porque mais simplificada e, portanto, de melhor adesão do paciente), de outra técnica também inédita desenvolvida pelo Laboratório de Sono do Incor, para tratamento da apneia do sono de grau moderado, que foi a tese da fonoaudióloga Katia Guimarães. Segundo o Dr. Lorenzi Filho, a simplificação da técnica original para o tratamento também do ronco só foi possível porque agora se consegue medir o ronco objetivamente, graças a outra tecnologia inédita desenvolvida pela parceria do Incor com o Instituto de Física da USP. O aparelho de registro contínuo do ronco grava os sons concomitantemente à polissonografia e, por meio de um software, analisa e registra a intensidade e a frequência do ronco. “Antes disso, não tínhamos como medir o ronco de forma objetiva e, portanto, era-nos impossível avaliar também a sua melhora por meio dos exercícios”. Por meio do exame de polissonografia e do registro contínuo do ronco, os participantes do estudo foram diagnosticados em três grupos: ronco primário ou aquele associado à apneia obstrutiva do sono de grau leve ou moderado. Depois disso, eles foram divididos em dois grupos: um que fazia os exercícios do Incor e o outro que foi submetido somente a exercícios respiratórios e uso de dilatador nasal. Além disso, a percepção do ronco foi avaliada pelo paciente e pelo seu parceiro de quarto, por meio da aplicação de questionário. O Grupo Controle não apresentou variação no ronco. Em contrapartida, o da Terapia obteve melhora significativa, segundo a percepção dos companheiros de quarto dos roncadores. A realização de novos exames e um registro contínuo do ronco também não deixou dúvidas: houve diminuição da frequência do ronco em 36% e de 60% em sua potência, que representa o barulho total do ronco durante a noite. Outro benefício não menos importante para o Grupo Terapia foi uma relevante, embora suave, diminuição da circunferência do pescoço, a conhecida “papada”. Além do peso, da idade e, no caso das mulheres, o período pós-menopausa, existem outros fatores que levam ao ronco primário ou à piora daquele associado à apneia obstrutiva do sono, explica o Dr. Lorenzi Filho. “Dormir de barriga para cima é uma delas, porque a língua cai para trás e obstrui a faringe; o consumo de álcool e de sedativos é outra, uma vez que eles relaxam a musculatura dessa região, favorecendo sua vibração ou colapso”. Além de se esmerar nos exercícios antirronco, os roncadores têm que maneirar na bebida alcoólica, para não deixarem seu companheiro de quarto insone. O que é o ronco O ronco é o barulho causado pela vibração dos tecidos da faringe quando o ar passa nessa região. A garganta do ser humano, especificamente a faringe, é muito estreita. Quando dormimos, há um relaxamento natural dessa musculatura e uma tendência de colapso nessa região que vibra quando o ar passa por ela. “A presença de outros fatores como a obesidade e a idade avançada aumentam a chance do ronco”, explica o diretor do Laboratório do Sono. Essa condição fisiológica favorecedora do ronco é agravada no obeso pelo acúmulo de gordura na região do pescoço, que dificulta ainda mais a passagem do ar. Já em pessoas idosas e também nas mulheres depois da menopausa, o ronco é favorecido pela flacidez dos tecidos da faringe que, sob relaxamento da musculatura durante o sono, vibra na passagem do ar. Segundo o Ministério da Saúde, mais da metade da população (52,5%) está com sobrepeso e, desses indivíduos, 18% já são considerados obesos. No quesito idade, de acordo com oIBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) , não é diferente. Se hoje 8% dos brasileiros estão com idade superior a 65 anos, em 2030, serão 13% da população. Ronco e apneia A apneia obstrutiva do sono é caracterizada pela obstrução parcial (hipopneia) e/ou total das vias aéreas (apneia) recorrente durante a noite (nesse último caso, ocorre a parada da respiração por pelo menos dez segundos nos adultos). O ronco está presente em 70% a 95% dos casos de apneia. A gravidade da apneia obstrutiva do sono é determinada pelo número de ocorrências de paradas da respiração por hora de sono: leve (5 a 15 paradas por hora), moderada (15 a 30) e grave (mais do que 30 eventos ou engasgos por hora de sono). “Existem pacientes que possuem dois ou três eventos de apneia por minuto”, comenta a fonoaudióloga Vanessa. Para esses casos, caracterizados como graves, o tratamento indicado é o uso do aparelho CPAP (Continuos Positive Airway Pressure/pressão positiva contínua na via aérea – veja vídeo demonstrativo do aparelho). A diminuição do fluxo de ar para os pulmões e as paradas respiratórias resultam numa menor oxigenação do sangue e em alterações no sistema nervoso autônomo (simpático) que, somadas, acionam uma cascata de alterações no metabolismo. Estão firmadas, assim, as bases para o surgimento e/ou agravamento da hipertensão, da aterosclerose e da obesidade, todos eles fatores de risco isolados para as doenças cardiovasculares, as que mais matam no mundo. Quando conjugados, eles aumentam ainda mais o risco de infarto, AVC e arritmias. De acordo com estudo realizado na cidade de São Paulo pelo Instituto do Sono, um a cada três adultos tem algum grau de apneia obstrutiva do sono. Grande parte dessas pessoas segue sem diagnóstico e, portanto, sem tratamento, o que aumenta enormemente o risco das doenças cardíacas. “A presença do ronco pode ser um termômetro para que mais pessoas procurem o médico, seja diagnosticadas e tratadas”, alerta o Dr. Lorenzi Filho. Os sintomas mais comuns da apneia são o ronco e a sonolência excessiva diurna. Em casos mais graves, pode ocorrer ainda sensação de sufocamento, ao acordar nas interrupções mais prolongadas da respiração. O sono interrompido provoca cansaço, dificuldade de concentração, irritabilidade, depressão, redução da libido, impotência sexual e cefaléia.
via AU ON LINE
Por que os hormônios são tão importantes para o equilíbrio do corpo
Mudanças no comportamento, peso e apetite são alguns dos reflexos provocados pelas oscilações dessas substâncias
Foto:
Gonza Rodrigues / Arte ZH
Eles
são responsáveis por zelar pelo seu sono, fazer seu sistema reprodutor
trabalhar, preparar seu corpo para situações de estresse, metabolizar o
que você come e ainda influenciam seu humor e comportamento. E mais: são
capazes de promover uma série de alterações físicas visíveis, que vão
desde impulsionar o crescimento até o ganho ou perda de peso, por
exemplo. Os hormônios são substâncias químicas produzidas
principalmente por glândulas e injetadas diretamente na corrente
sanguínea. Eles percorrem o corpo até encontrar as células-alvo, aquelas
nas quais vão agir. Por meio de receptores, se acoplam nessas células e
iniciam suas funções. — O hormônio é a chave, e a célula tem
várias fechaduras, que podem estar em diferentes locais da sua
estrutura. No momento em que acontece essa ligação, diferentes ações no
metabolismo celular são desencadeadas — ilustra o endocrinologista do
Hospital Moinhos de Vento Fernando Gerchman. Todas
as ações reguladoras disparadas a partir dos hormônios ocorrem de forma
tão natural e silenciosa a ponto de só se tornarem perceptíveis em caso
de disfunções. — Só notamos a ação dos hormônios quando há
alguma doença que afete a função da glândula, que passa a produzir a
substância para mais ou para menos — diz o médico integrante do comitê
de endocrinologia e metabologia da Unimed Porto Alegre Sérgio Lerias de
Almeida. A importância dessas substâncias é tamanha que, segundo
Gerchman, os estados de deficiência ou excesso podem provocar doenças
que acarretam até a morte.
Eles mexem com o seu humor
Boa
parte das mulheres sabe como é ter de lidar com as variações hormonais,
especialmente nos dias que antecedem a menstruação. A síndrome
pré-menstrual, conhecida como tensão pré-menstrual, ou TPM, mostra com
nitidez como essas substâncias podem mexer com o organismo. De acordo
com a professora de ginecologia da UFRGS Maria Celeste Osório Wender, de
70% a 80% das mulheres percebem alterações no corpo e/ou no humor antes
de menstruar, embora somente de 20% a 30% delas reúnam sintomas
suficientes para classificar a situação como síndrome. Ansiedade, choro
fácil, aumento de apetite, retenção de líquidos e dor de cabeça são
algumas das alterações enfrentadas pelas mulheres e relacionadas ao
período. Tudo
isso ocorre porque hormônios sexuais, como estrógeno e progesterona,
que atuam no sistema nervoso central, precisam ter sua produção reduzida
para que a menstruação ocorra. Com a diminuição, algumas áreas do corpo
passam a não ser atendidas por eles, o que gera alterações
comportamentais. Diminuir os efeitos desse processo não é muito
fácil. Evitar alimentos que estimulem o sistema nervoso central (como os
ricos em cafeína, por exemplo), praticar exercícios físicos e manter
uma dieta saudável são atitudes que podem ajudar. Em alguns casos,
anticoncepcionais de uso contínuo, que interferem na quantidade de
hormônios no corpo, podem ser indicados. — Há uma série de coisas
que são indicadas, mas poucas têm comprovação. É preciso entender que
isso é uma manifestação um pouco exacerbada da fisiologia — pondera
Maria Celeste. Outro hormônio capaz de provocar importantes
mudanças no comportamento é o cortisol. Com a função básica de preparar o
corpo para situações de estresse — tanto emocional quanto físico — essa
substância, quando em excesso, pode gerar euforia. — O efeito
mais nítido da ação do cortisol é não deixar a glicose do corpo baixar.
Ele faz o fígado produzir glicose, o que chamamos de gliconeogênese, que
é a produção por meio de fontes que independem da alimentação — explica
o médico integrante do comitê de endocrinologia e metabologia da Unimed
Porto Alegre Sérgio Lerias de Almeida. Conforme a
endocrinologista do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e professora de
Fisiologia da UFRGS Poli Mara Spritzer, a quantidade de cortisol
produzida pela glândula é proporcional à intensidade do estresse gerado.
À medida que a situação causadora da tensão vai se resolvendo, os
níveis do hormônio se normalizam. — O sistema endócrino é capaz de
regular a produção dos hormônios, inclusive o cortisol. Isso permite
que a pessoa se adapte a situações adversas, mantendo a integridade das
funções essenciais — explica Poli Mara. Mesmo
em um quadro de estresse crônico, o organismo é capaz de manter essa
regulação, ainda que possam ocorrer certos prejuízos. De acordo com
Almeida, a elevação do cortisol causada por estresse não tem capacidade,
sozinha, de provocar doenças. Entretanto, ela pode ser prejudicial
principalmente para quem já tem predisposição a alguma patologia,
contribuindo para que o problema apareça. Pessoas com tendência a ter
pressão alta, por exemplo, podem ficar mais suscetíveis à hipertensão
quando o cortisol aumenta. Hormônios produzidos na glândula tireoide também podem acarretar mudanças de comportamento. —
A disfunção mais comum relacionada à tireoide é o hipotireoidismo,
quando há queda na produção de seus hormônios. Ela provoca sonolência
excessiva e comportamento depressivo — comenta Almeida. Segundo o
endocrinologista do Hospital Moinhos de Vento Fernando Gerchman, um
procedimento de rotina em pacientes diagnosticados com depressão é dosar
os hormônios da tireoide. — Há casos da doença completamente
dependentes dos hormônios da tireoide, ou que são provocados por uma
patologia em outra glândula, a adrenal — diz Gerchman.
Eles mexem com o seu apetite
As
conexões feitas pelo corpo para equilibrar apetite, fome e saciedade
são extremamente complexas. São vários hormônios e neurotransmissores
envolvidos nesse processo que, até hoje, não foi bem compreendido pela
ciência. — Se fosse bem entendido, teríamos melhores ferramentas
para tratar a obesidade — afirma o endocrinologista do Hospital Moinhos
de Vento Guilherme Alcides Flores Soares Rollin. Mas há um consenso: a insulina, a grelina, o GLP-1, o GIP e a leptina são hormônios com atuação direta nesse aspecto. A
insulina regula o nível de glicose no sangue, e a alimentação é o
principal estímulo para sua produção, que ocorre no pâncreas. Farináceos
em geral e alimentos ricos em carboidratos tendem a elevar a sua
fabricação. Em excesso, ela pode aumentar o apetite e trazer problemas
ao metabolismo. — Estudos têm mostrado que a gente precisa
diminuir os carboidratos da dieta e que, talvez, para os obesos seja
mais importante reduzir o açúcar do que a gordura. Embora o ideal seja
fazer um pouco de tudo — aponta Rollin. A grelina, produzida pelo
estômago, o GLP-1 e o GIP, produzidos pelo intestino, são responsáveis
por enviar ao cérebro sinais para regular o apetite e a saciedade. O
GLP-1, inclusive, tem uma ação importante no tratamento de diabetes e
de obesidade — no Brasil, entretanto, seu uso só é autorizado para
tratar o diabetes. A fome e a saciedade relacionam-se também com a
leptina, hormônio produzido pelo tecido adiposo que tem o papel de
inibir o apetite. Estudos e artigos apontam um paradoxo no que diz
respeito à produção da substância: pessoas obesas têm altas
concentrações da leptina que, em tese, deveria regular a quantidade de
alimentos que é ingerida. — O nível do hormônio no sangue não representa o efeito dele. Existem situações em que a genética tem resistência à ação de
determinado hormônio. Especula-se que alguns obesos tenham resistência à
leptina, por isso não ficam saciados — justifica Rollin.
Eles mexem com o seu corpo
O
crescimento de uma criança e seus órgãos, ou mesmo o aumento da massa
muscular em um adulto, também são comandados pelos hormônios.
Responsável por essas ações, o GH, popular hormônio do crescimento, atua
na proliferação das células e no metabolismo da glicose e do
colesterol. Sua secreção é estimulada durante as horas de sono — o que
explica, em parte, aquela história contada pelas avós de que é preciso
dormir cedo para crescer de forma adequada. — Ele é liberado em
quantidades maiores até os 20 anos, atuando na cartilagem, na parte do
tecido ósseo que ainda não está bem formada. Ele faz com que haja
crescimento longitudinal dos ossos e também dos órgãos internos — pontua
Poli Mara. Ao fim do período de crescimento, o GH passa a ser
produzido em menores quantidades, mas ainda exerce funções importantes
no metabolismo e na composição do corpo, mantendo uma distribuição
adequada da gordura e boa massa muscular. Isso leva algumas pessoas a
buscarem esse hormônio para conquistar massa magra mais rapidamente. Mas
a administração da substância precisa ser feita com cuidado e, claro,
com orientação médica. — Não é uma coisa tão simples. Aumenta o
músculo, mas vai trazer uma série de problemas. Se a pessoa tem
predisposição ao câncer, ela vai estimular o crescimento das células
cancerosas e, em excesso, pode trazer também o diabetes — alerta Rollin.
Além disso, o consumo do hormônio para fins estéticos pode
provocar alterações semelhantes às de uma doença chamada acromegalia,
caracterizada pelo crescimento exacerbado do nariz, das orelhas e do
queixo. Os hormônios sexuais como estrógeno e testosterona também
são responsáveis por mudanças físicas. O primeiro, além da função
reprodutiva nas mulheres, também responde pelas características
femininas do corpo. Além disso, quando deixa de ser produzido — durante a
menopausa — ele provoca ressecamento vaginal e pode trazer alterações
ao sistema urinário. Com o envelhecimento, os dois hormônios
sexuais sofrem um decréscimo em sua produção acarretando outro problema:
a osteoporose, pois também estão relacionados com a regulação do
metabolismo ósseo. Segundo Maria Celeste, da UFRGS, um terço das
mulheres na menopausa sofre com a osteoporose.
Eles mexem com o seu sono
Uma
boa noite de sono também tem relação direta com os hormônios. Por meio
de um mecanismo extremamente regulado, nosso corpo reduz a secreção de
cortisol ao longo do dia, preparando-nos para dormir. Durante o período
de descanso, entra em cena a melatonina, hormônio relacionado aos
estímulos luminosos — seria ele o responsável por dizer ao corpo que,
quando escurece, é chegada a hora de dormir. Quem sofre de insônia, por
exemplo, pode ter alguma deficiência da substância. Apesar
de ainda ser uma questão pouco esclarecida pela ciência, especula-se
que a melatonina possa ter ligações com a moderação do apetite — o que
poderá, futuramente, contribuir para o tratamento da obesidade —, ter
efeito antioxidante e também alguma relação com o câncer. — Ainda vamos aprender muito sobre ela — afirma Rollin. Há
outros hormônios que interferem no sono: é por causa do cortisol que o
corpo começa o processo de acordar. A adrenalina, fabricada pela medula
adrenal, também está vinculada a uma boa noite de sono. Responsável por
aumentar a pressão arterial e os batimentos cardíacos, essa substância,
assim como o cortisol, prepara o corpo para situações de estresse. Ela e
o cortisol, quando em alta, dificultam o sono. Vem daí a recomendação
para não fazer atividades físicas noturnas, que aumentam a produção
desses hormônios num momento em que eles deveriam ser reduzidos.
Zero Hora
Efeito platô: veja o que fazer quando não conseguir mais emagrecer
No processo de emagrecimento é muito comum que algumas pessoas
cheguem em um determinado momento no qual, dificilmente, consegue mudar a
ponteira na balança, o que é determinado como um efeito platô.
Podemos dizer que este momento é um ponto de equilíbrio entre a
ingestão alimentar e o gasto calórico. Neste caso, o peso fica
estabilizado, e não se consegue emagrecer mesmo mantendo a alimentação
saudável e fazendo os mesmo exercícios físicos.
É importante esclarecer que quando uma
pessoa procura métodos não saudáveis para redução de peso, como dietas
sem orientação, de baixíssimas calorias e dietas malucas (sem
carboidrato, da proteína, da sopa, do gelo, da sonda, etc), prejudicam o
seu próprio objetivo, que é o emagrecimento.
O ideal é uma redução de 0,5 a 1,5 kg
por semana, totalizando de uma redução de 2 a 4 kg ao mês. Quando o
corpo é submetido a uma perda brusca de massa corporal, a regulação do
organismo é desajustada, sendo assim, ele acaba aumentando os mecanismos
de armazenamento de gordura. Dai a importância de se seguir dietas
adequadamente planejadas por profissionais da saúde e que levam a
redução gradual de peso.
O platô pode acontecer em vários
momentos durante o emagrecimento, por isso, aqui vão algumas dicas de
pontos importantes a serem investigados na alimentação:
– Estou seguindo um plano alimentar adequado?
Este é o primeiro ponto a ser pensando.
Se você não procurou um médico ou um nutricionista, o ideal é que
procure, pois cada individuo possui uma necessidade individual de
calorias. E a redução de peso é o resultado de um calculo adequado e
minuncioso das suas necessidades diárias.
– Estou consumindo alimentos fontes de vitaminas e minerais?
Consumir frutas e verduras é uma das
principais estratégias para redução de peso. Além de serem uma das
melhores fontes de fibras que aumentam a saciedade, reduzem a absorção
de carboidratos e gorduras, estes alimentos são ótimas fontes de
vitaminas e minerais que auxiliam no funcionamento adequado do
organismo. Por isso, uma dieta para o emagrecimento deve ser rica nestes
alimentos.
– Fracionamento da dieta
Alimentar-se a cada 3 horas é outra
estratégia fundamental para se alcançar o objetivo de redução de peso.
Pular refeição é um dos piores erros. Quando ficamos um tempo muito
grande sem se alimentar, o nosso organismo ativa mecanismos de
armazenamento de gordura, o que prejudica o emagrecimento. Além disso, a
fome aumenta demais, e quando você vai se alimentar a tendência é
procurar por alimentos mais calóricos, palatáveis e em grandes
quantidades. Por isso quando sair de casa, não deixe de levar consigo um
alimento na bolsa para não passar muitas horas de jejum.
– Verifique a qualidade do carboidrato consumido
Substituir os carboidratos refinados e
simples (arroz e pão branco) por carboidratos integrais, como pão e
arroz integrais, é uma boa maneira para melhorar a saciedade, reduzir a
absorção de carboidratos e gorduras. Além disso, os carboidratos de
baixo índice glicêmico devem ser preferíveis ao de alto índice glicêmico
(veja no O índice glicêmico pode auxiliar a reduzir a gordura corporal, inclusive a abdominal). Estas pequenas alterações podem auxiliar na redução do acúmulo de gordura corporal.
– Opte por carnes magras
Sempre opte pelas carnes mais magras,
evite as carnes gordas, mesmo que você tire a gordura aparente da carne.
A costela, fraldinha, cupim, contra-filé, picanha, cupim e pescoço
estão entre as carnes mais calóricas, por isso evite! Consuma
semanalmente as carnes brancas, como frango sem pele e peixes.
– Tempo de sono
O bom sono é um ótimo aliado para
pessoas que querem emagrecer. Por isso, dormir em média 8 horas ao longo
da noite é fundamental para controlar o peso e a ingestão alimentar.
Isso porque o sono curto e longo demais favorece alterações hormonais
elevam o apetite e as escolhas por alimentos mais calóricos,
principalmente os ricos em gordura.
– E o mais importante…
Não desanime sob nenhuma hipótese! Isso o
fará aumentar o peso e o que irá gerar um ciclo vicioso entre
frustação, aumento de peso, ansiedade. A adaptação da dieta deve ser
sempre feita sob orientação de um especialista da área!
De acordo com a Profa. Ma. da UNIFESP Paola Machado, “quando falamos em exercício e platô metabólico é essencial enfatizar:
– Aumente o nível de atividade física diário (AVD’s)
Aumente no seu dia-a-dia o nível de
atividade física, como trocar os elevadores e escada rolante por escadas
normais; descer um ponto de ônibus ou metro antes do seu ponto final;
fazer caminhadas em seu bairro ou parques; entre outras coisas que podem
reduzir o tempo com o sedentarismo e aumentar o gasto energético.
– Aumentar a intensidade do exercício
Quando realizamos por muito tempo o
mesmo tipo de exercícios com mesmas cargas o corpo acaba acostumando-se
com estes estímulos, sendo essencial realizar movimentos que provoque
alterações e respostas metabólicas positivas.
Para isto, você não precisa deixar de
lado o exercício que mais gosta e, sim, aumentar a intensidade do seu
exercício, aumentar a carga, reduzir um pouco do tempo de descanso,
realizar treinos em circuito, ou mesmo, treinos intervalados de alta intensidade (HIIT) que ajudam muito na aceleração metabólica.
– Músculos mais tonificados e definidos
Nas dietas radicais é normal que haja
uma perda maior que o normal de massa magra, que é a massa muscular,
comprometendo o metabolismo e intensificando o efeito platô. Por isto,
que em todos os posts do Kilorias, enfatizo o perigo de dietas da moda e
a importância de utilizar a REEDUCAÇÃO ALIMENTAR com base na Pirâmide
Alimentar.
O nosso organismo, mesmo em repouso, tem
um metabolismo acelerado para realizar qualquer movimento. Seja pegar a
comida na cozinha ou pegar o controle remoto. Das nossas calorias
ingeridas cerca de 60% é utilizado para as necessidades normais e
diárias do organismo. Assim, estas calorias também ajudam na manutenção
da massa magra.
Surgem diversas perguntas para mim,
dentre elas: ‘musculação emagrece???’. CLARO QUE SIM! Algumas pessoas
ainda enfatizam: ‘é porque trocamos a gordura por músculo’. Rs. Na
verdade, não é isto que acontece. Quando realizamos a musculação
aumentamos a energia e gasto calórico para a manutenção daquele músculo
específico. A fonte energética pode vir de vários nutrientes, em
especial as proteínas, carboidratos e gorduras.
Por isto, concilie a dieta com exercícios de musculação e aeróbios!
BAND
Descubra as propriedades da argila rosa para a sua pele
As argilas são minerais
que apresentam tamanho inferior a dois micrômetros em uma rocha. Mas,
apesar de pequenas, contam com propriedades que fazem bem para a pele,
como é o caso da argila rosa. Com
ação calmante, ela se forma a partir da decomposição da rocha quando
exposta ao vento, água, apodrecimento de vegetação e agentes químicos.
Ação da argila rosa na pele
Resultado da união da argila vermelha com a branca, a argila rosa é vendida em forma de pó, mas precisa ser misturada com água para poder ser utilizada. Até duas vezes por semana você pode se valer deste poderoso mineral para acalmar e hidratar a sua pele.
Outra vantagem é o brilho especial que deixa na pele, além de auxiliar no controle da oleosidade do corpo. Segundo a dermatologista Lilia Guadanhim, o mineral rosa é recomendado para peles que estão levemente sensibilizadas.
Exemplos deste quadro são comuns no verão, quando as pessoas ficam expostas aos raios solares
por longos períodos, em idas às praias, rios, parques aquáticos e
piscinas. O melhor é que ela também pode ser utilizada para deixar os
seus fios mais bonitos.
“Alémdas propriedades hidratantes, a argila melhora a microcirculação, o que pode contribuir para deixar os cabelos discretamente maisfortes”, destaca a dermatologista. O mineral
também retira a oleosidade dos cabelos e as impurezas do couro
cabeludo, pois age como um antisséptico, inclusive no corpo.
Outro indicação de uso é para a esfoliação da pele, que fica mais macia e livre de resíduos que podem dificultar a renovação celular e proporcionar a formação de cravos e espinhas.
A dermatologista lembra que quem tiver interesse em experimentar o produto deve se certificar de que não está com nenhum tipo de ferida ou machucado
no couro cabeludo, na testa ou atrás do pescoço, regiões em que ele
acaba encostando facilmente. A mesma atenção vale para o resto do
corpo.
Lilia acrescenta ainda que o mineral pode causar vermelhidão
na região que receber o pó. O motivo para este sintoma é a quantidade
de ferro que ela apresenta em sua constituição – além de potássio e
cálcio.
Como passar a argila rosa
A argila rosa é encontrada em supermercados e farmácias, principalmente nas de manipulação. Para experimentar, comece tomando um banho para preparar o corpo e o couro cabeludo para receber o produto.
Em um recipiente, coloque de duas a três colheres de sopa do pó e vá misturando água até chegar ao ponto de uma pasta. Com os dedos, espalhe o creme no local escolhido. Agora espere a argila secar.
Na hora da aplicação vale um aviso: tome cuidado, porque ela manchatecidos.
Então escolha um lugar agradável e prefira utilizar roupas velhas
durante a meio hora em que todo o processo acontece. Ainda que a
vermelhidão possa existir no momento em que você remove a máscara, logo
ela some.
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Doutíssima / Terra
Menopausa: é possível diminuir os sintomas?
Aprenda a usar todos os recursos disponíveis para ter mais qualidade de vida nessa nova etapa.
Andréa Alves e Lúcia Pesca
Foto: Reprodução / Reprodução
Tenho
55 anos e estou passando por momentos difíceis com a tal da menopausa.
Venho tendo dificuldades para fazer sexo. Em primeiro lugar, não tenho
muita vontade e sinto uns calorões insuportáveis. Em segundo lugar, fico
muito seca. A minha lubrificação é quase nada, e isso acaba incomodando
nós dois. Não sei o que fazer. Será que tem alguma coisa para melhorar a
nossa vida? A minha vizinha disse que só o tempo fará eu me acostumar
com isso, meninas. Será mesmo?
Amiga, a menopausa tem
sintomas desconfortáveis mesmo, mas é possível resolver com tratamentos
seguros. Os calorões ou fogachos e a secura vaginal são os sintomas mais
comuns.
É preciso entender que a mudança dos hormônios cria
uma diminuição na lubrificação genital que pode tornar o sexo
desconfortável e doloroso para as mulheres. Arregace as mangas e vamos à
luta!
Alimentação e preliminares Lembre-se de
que, quanto mais você tiver relações sexuais e desfrutar de orgasmos,
melhores serão a sua resposta sexual e seus desejos. Outra dica: beba
bastante líquido e coma alimentos ricos em gorduras saudáveis para
ajudar a promover o bom colesterol, que é necessário para ajudar a criar
o estrogênio e, assim, a lubrificação.
Invista em muitas preliminares. À medida que envelhecemos, a nossa resposta sexual tende a desacelerar.
Também
é útil tentar posições que lhe dão estímulo direto no clitóris. Use
lubrificantes à base de água, porque lubrificações com silicone e óleo
podem romper a camisinha.
Mas você deve consultar o
ginecologista sobre as possibilidades de tratamento. A satisfação sexual
é muito importante para uma vida feliz e saudável.
Diário Gaúcho
Mel, melado, melaço e xarope de agave são alternativas saudáveis de adoçantes naturais
Conheça as propriedades nutricionais e características de cada um deles
Foto:
Stock Photos / Divulgação
Fernanda da Costa
Adoçar
a vida com açúcar branco, refinado industrialmente, não oferece nada ao
organismo além de glicose — que, em excesso, transforma-se em gordura
após ingerida. Para tornar os doces mais nutritivos, especialistas
recomendam a substituição do açúcar tradicional pelos de origem natural,
como o mel, o melado, o melaço e o xarope de agave, opções que oferecem
micronutrientes como ferro e cálcio. Saiba mais sobre cada uma delas e
escolha a sua. MEL
Mais
popular na mesa dos gaúchos, o mel costuma ser o mais indicado pela
nutricionista Débora Vargas, pós-graduada em Ciências do Esporte e
Nutrição Clínica Funcional. Além de ter menor custo de mercado do que os
outros açúcares naturais, o mel é um alimento equilibrado, pois tem os
três tipos de açúcares em sua composição: a glicose, a frutose e a
sacarose. Outra vantagem, segundo a nutricionista, é que a glicose do
mel é absorvida rapidamente pelo corpo, o que faz do alimento um ótimo
repositor energético. E a frutose, de absorção mais lenta, promove a
liberação de energia durante o exercício. — É um produto ideal
para manter os níveis de açúcar no sangue estáveis durante o exercício
físico ou repor energia depois. Corredores podem ingerir uma colher de
sopa rasa antes ou depois da corrida — explica. Por
ter ferro em sua composição, o mel também é benéfico para quem tem
carência do mineral. Outra vantagem é que o alimento ajuda a melhorar a
imunidade, por isso a dica de incluí-lo em chás para a gripe é tão
famosa.
Originários
da cana, o melado e o melaço têm ainda mais ferro do que o mel, por
isso seriam os mais indicados para quem tem anemia, por exemplo. Esses
alimentos também têm boas quantidades de cálcio, sendo indicados para
idosos ou pessoas com problemas nos ossos. A quantidade de minerais
varia um pouco em cada alimento. Enquanto o melado é mais rico em ferro,
o melaço tem quantidade superior de cálcio. Assim
como o mel, esses produtos melhoram a imunidade, segundo a professora
de Nutrição da Feevale, Denise Ruttke Dillenburg Osório.
Para
muitos uma novidade, o xarope de agave é um açúcar extraído de um cacto
de origem mexicana. É o mais indicado pela nutricionista Bárbara
Pelicioli Riboldi para quem pretende perder peso, pois tem mais frutose
do que glicose em sua composição — enquanto o mel, o melado e o melaço
são equilibrados. —
O agave tem um índice glicêmico bem melhor do que os outros, então a
absorção do açúcar pelo organismo é mais lenta. Isso faz com que a
sensação de saciedade dure por mais tempo — explica a especialista. O
agave também tem ferro e cálcio, mas em quantidades bem menores do que
os outros adoçantes naturais. Nele se destacam o potássio e o magnésio,
minerais benéficos para a reposição energética após as atividades
físicas. A desvantagem do produto é o preço: chega a custar três vezes
mais do que o mel. Recentemente, estudos sobre os malefícios da
frutose foram associados ao agave, e alguns sites divulgaram que o
adoçante natural seria até pior que o açúcar refinado. Bárbara explica
que essas pesquisas estudaram a frutose isolada, adicionada a alimentos
como refrigerantes ou sucos artificiais, e não a frutose natural dos
alimentos, como das frutas ou do agave, por exemplo. — Isso foi
bastante discutido, porque alguns pacientes inclusive deixaram de comer
frutas. É claro que comer doce demais faz mal, mas todos os adoçantes
naturais são mais nutritivos que o açúcar refinado, sendo assim uma
melhor opção — afirma.
Não
é por serem mais nutritivos que o açúcar comum que esses adoçantes
naturais devem ser consumidos em excesso. O abuso desses produtos poderá
ocasionar ganho de peso. Além disso, a professora do curso de Nutrição
da PUCRS e doutora em Ciências da Saúde Carla Piovesan alerta para o
risco do desenvolvimento de diabetes. — Não é incomum receber
pacientes adultos no consultório que, depois de uma alimentação
descontrolada e rica em açúcares, tenham desenvolvido diabetes do tipo 2
— afirma.
Fontes: Nutricionistas Carla Piovesan, Bárbara Pelicioli Riboldi, Débora Vargas e Denise Ruttke Dillenburg Osório. Fontes das tabelas nutricionais:
Dados da Tabela Brasileira de Composição dos Alimentos (TACO) 2011 e da
Tabela Americana de Composição dos Alimentos (USDA) 2015, divulgados
pela nutricionista Bárbara Pelicioli Riboldi.
Resolução
do Conselho Federal de Medicina também tornam mais rígidos critérios
para realização do procedimento em jovens entre 16 e 18 anos
Foto:
Tom Wang / Shutterstock
O
Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou, nesta quarta-feira, novas
regras para o tratamento de obesidade mórbida por meio de cirurgia
bariátrica. A partir de agora, pacientes com índice de massa corporal
(IMC) maior que 35 poderão passar pelo procedimento, desde que sejam
portadores de comorbidades como diabetes tipo 2 e apneia do sono, entre
outras. O
texto define 21 doenças associadas à obesidade, que ameaçam a vida do
paciente e que podem levar a uma indicação de cirurgia bariátrica,
incluindo também depressão, disfunção erétil, hérnias discais, asma
grave não controlada, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e
síndrome dos ovários policísticos. Foram feitas também alterações
relacionadas à idade mínima do paciente a ser submetido ao procedimento.
Antes, jovens de 16 a 18 anos poderiam fazer a cirurgia, desde que a
relação custo/benefício fosse bem analisada. Agora, além das regras
anteriores, devem ser atendidas especificações como a presença de um
pediatra na equipe."A cirurgia em menores de 16 anos só será
permitida em caráter experimental e dentro dos protocolos do sistema
CEP/Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa). Pacientes com mais
de 65 anos poderão fazer a bariátrica, desde que respeitadas as
condições gerais e após avaliação do risco/benefício", informou o CFM.A
resolução estabelece ainda que cirurgias bariátricas consideradas
experimentais deverão ser aprovadas na Comissão de Novos Procedimentos
do conselho. A medida visa a proteger pacientes de intervenções ainda
não reconhecidas cientificamente. O
texto, por fim, aperfeiçoou as descrições das vantagens e desvantagens
de cada tipo de cirurgia, o que pode servir de guia para que leigos
compreendam cada procedimento. O CFM cita, por exemplo, que a técnica da
banda gástrica ajustável só deve ser realizada em casos excepcionais,
já que a perda de peso é insuficiente a longo prazo. A cirurgia consiste
na colocação de uma prótese de silicone no estômago, que fica com a
forma de uma ampulheta.O IMC é calculado dividindo-se o peso do
paciente pela altura elevada ao quadrado. Desde 1991, segundo o
conselho, existe consenso internacional de que a cirurgia bariátrica tem
as seguintes indicações gerais: IMC maior ou igual a 40; IMC maior ou
igual a 35, quando houver estados mórbidos associados; falha no
tratamento clínico após dois anos; e obesidade grave instalada há mais
de cinco anos. As condições também estão presentes na resolução.
Agência Brasil
Como o seu estado de espírito influencia a sua saúde
Pesquisas mostram que cérebro está ligado ao sistema imunológico e sentimentos negativos podem tornar corpo mais vulnerável
Foto:
Gonza Rodrigues / Arte ZH
Paula Minozzo
Quando
a mente não consegue mais suportar, o corpo reage. E isso não é apenas
sabedoria popular. Antes um conceito estigmatizado pela comunidade
médica, o bem-estar emocional é cada vez mais compreendido como um fator
crucial para a prevenção e o tratamento de doenças. Nas
últimas décadas, avanços em pesquisas nas áreas da neuroanatomia e da
bioquímica permitiram que os médicos compreendessem melhor como o nosso
cérebro está ligado ao sistema imunológico e como o estresse e o acúmulo
de sentimentos negativos podem tornar a saúde mais vulnerável. Essas descobertas reforçam a ideia de que, para tratar doenças que apresentam sintomas físicos, não se pode ignorar as emoções. Uma das principais pesquisadoras da área, a americana Esther Sternberg
dedica-se desde os anos 1980 a comprovar como o sistema nervoso e os
hormônios nos tornam mais suscetíveis a doenças inflamatórias. A mesma
parte do cérebro que controla a reação ao estresse tem um importante
papel para tornar o organismo mais propenso a desenvolver enfermidades
como a artrite. As maneiras como a psique afeta o corpo ocorrem de
forma direta e indireta, como explica Moisés Evandro Bauer, do
Instituto de Pesquisas Biomédicas da PUCRS. A direta é comportamental:
os modos encontrados para lidar com o estresse e a depressão nem sempre
são saudáveis. Aumento do tabagismo, isolamento e falta de controle com a
alimentação são alguns exemplos que colaboram com o enfraquecimento do
organismo para lutar contra vilões como viroses e até mesmo o câncer. As
linhas indiretas envolvem alterações principalmente no hormônio ligado à
regulação imunológica, o cortisol, liberado em situações de estresse.
Em quantidade moderada, ele ajuda a combater inflamações e a manter a
pressão arterial. Em pacientes com estresse crônico, os níveis de
cortisol se elevam, causando alterações no sistema imune. Em alguns
casos, ocorre a imunossupressão, ou seja, o enfraquecimento da resposta
imune do organismo. Em outros, a atividade do sistema imunológico é
exacerbada, o que pode desencadear as chamadas doenças inflamatórias,
como as cardiovasculares, metabólicas e autoimunes. No Instituto
do Câncer Hospital Mãe de Deus, o psicólogo Marcelo Pereira Lemos
trabalha com pacientes que lutam contra a doença. Junto às sessões de
quimioterapia e radioterapia, o atendimento psicológico faz parte da
rotina. A partir do momento do diagnóstico, o bem-estar emocional passa a
ser um dos pilares para a recuperação. —Trabalhamos com os pontos
positivos de cada paciente. Potencializamos aquilo que é bom, seja uma
crença ou um sentimento, para encontrar medidas de enfrentamento da
doença. Tudo o que for melhor para ele e que tenha validação médica para
que o corpo responda de maneira mais eficaz ao tratamento, será feito. O
corpo e a mente funcionam juntos — diz Marcelo.
Quebra de tabu na medicina ocidental
Com
essa premissa, de que o corpo e a mente estão interligados, médicos e
pesquisadores comprovam que uma abordagem interdisciplinar para a
prevenção e cura das doenças, como o câncer, pode ser mais eficaz. Esse
conceito deu origem à medicina integrativa, considerada uma quebra de
tabu na medicina ocidental. A prática combina os métodos e
tratamentos intensivos às terapias e técnicas complementares. A
espiritualidade e o bem-estar psíquico do paciente passam a ser
contemplados nos cuidados durante o tratamento de doenças. —
Ninguém está dizendo que se deve deixar de tomar os antibióticos ou
qualquer outro medicamento, mas se os remédios para tratar a doença
forem tomados sob constante estresse, serão menos eficazes. Aderindo a
técnicas como meditação ou tai chi chuan, que aliviam e aquietam a
mente, e a práticas saudáveis como caminhar 30 minutos por dia, é
possível reverter os sinais do estresse crônico, que prejudicam a cura —
afirma Esther Sternberg, professora e diretora de pesquisa no centro de
medicina integrativa da Universidade do Arizona. Para
Esther, práticas como a meditação ajudam a modular a conexão entre o
cérebro e o sistema imunológico. Essa ligação foi uma das suas
descobertas mais impactantes para o campo da medicina. A reação
excessiva do cérebro ao estresse, segundo a especialista, atrapalha a
habilidade do corpo de cicatrizar e curar. — Estresse não causa
diretamente as doenças. O vírus da gripe causa a gripe e diversos
fatores causam o câncer, por exemplo. Mas essas descobertas científicas
foram importantes para entender como controlar o estresse pode ajudar na
redução à suscetibilidade para certas doenças — diz a pesquisadora.
Resposta biológica ao estresse
Segundo
o pesquisador Moisés Evandro Bauer, do Instituto de Pesquisas
Biomédicas da PUCRS, pacientes com transtornos psíquicos, como depressão
ou estresse crônico, desenvolvem mais doenças físicas e de cunho
inflamatório como diabetes, AVC e infarto agudo do miocárdio. Pesquisas
recentes mostram que pessoas com transtorno bipolar — uma doença
crônica que pode surgir ainda na adolescência — também tiveram respostas
de inflamação no organismo de forma exacerbada. Entre a euforia e a
depressão, a rotina de quem lida com a doença está sob estresse
constante. Os exames dos pacientes investigados mostraram que há
uma elevação de proteínas inflamatórias — as citocinas — no sangue.
Quando essas proteínas são encontradas em altos níveis, o corpo sinaliza
que há um processo inflamatório no organismo. A elevação das citocinas é
também encontrada em pacientes diagnosticados com câncer, doenças
reumáticas e cardiovasculares. Indo mais longe, pesquisadores
começam a investigar também a resposta biológica do organismo a eventos
causados ainda na infância. As cicatrizes psicológicas de traumas,
maus-tratos e negligência emocional não ficam apenas na memória. —
Essas pessoas, quando mais velhas, mesmo com um estado de saúde normal
aparente, manifestam alterações inflamatórias no sangue bem mais
exacerbadas em relação ao grupo controle, que não teve história de
traumas na infância — revela Bauer. Para o pesquisador, essas
comprovações devem mudar a forma como o médico avalia o paciente e
também o tratamento contínuo de doenças. — A divisão antiga que
tínhamos entre um quadro de doenças psicológicas e um quadro de doenças
mais clínicas, para mim, não existe mais. Doenças psíquicas desenvolvem
alterações biológicas, mas também as doenças que, antigamente, não
tinham ligação psiquiátrica, como as cardiovasculares, tidas apenas como
físicas ou orgânicas, têm comprovadamente uma ligação com fatores
psicológicos — finaliza. O conceito de medicina integrativa
busca, portanto, usar técnicas que tragam bem-estar e saúde mental para
ajudar a curar doenças. De acordo com Esther, se o estresse não for
combatido, trabalha-se contra o corpo e o sistema imunológico. — O
grande problema com o conceito de medicina do corpo e da mente é que há
uma pressão para que os pacientes encontrem soluções sozinhos. E, se
eles falham, passam a sentir-se mal, porque não conseguem tratar a si
mesmos. É preciso procurar ajuda e encontrar os hábitos e as técnicas
que funcionam para cada um e que são relevantes para a condição de saúde
atual.
Não é só "coisa da sua cabeça"
"Isso não é
nada, é tudo psicológico." Essa frase, para a psicóloga e professora da
Unisinos Andressa Bellé, é um reflexo de que a psique, como fator
desencadeante de doenças, ainda é subestimado pela população em geral. A
especialista em terapia cognitivo-comportamental explica que os
pensamentos se relacionam com as emoções, podendo desencadear o
estresse. Andressa menciona certas distorções cognitivas comuns,
como a chamada catastrofização, uma forma de interpretar e enxergar
situações do cotidiano como mais graves do que a realidade. Para
Andressa, pessoas que sofrem com isso têm a tendência de viverem sob
estado prolongado de ansiedade. — O que a gente pensa interfere no que a gente sente. Investir na saúde mental é uma forma de prevenção de doenças — afirma. As
doenças psicossomáticas são aquelas que a origem pode ser traçada até a
mente. Disfunções gastrointestinais, alergias, alterações na pressão
arterial: todas aparecem quando o organismo não têm mais a capacidade de
suportar os efeitos gerados pelo estresse contínuo. —
Muitas vezes, o paciente começa a tomar o medicamento, mas não vê
efetivamente uma melhora. São nesses casos que considera-se o fator
emocional e psicológico — diz.
Resolução
do Conselho Federal de Medicina também tornam mais rígidos critérios
para realização do procedimento em jovens entre 16 e 18 anos
Foto:
Tom Wang / Shutterstock
O
Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou, nesta quarta-feira, novas
regras para o tratamento de obesidade mórbida por meio de cirurgia
bariátrica. A partir de agora, pacientes com índice de massa corporal
(IMC) maior que 35 poderão passar pelo procedimento, desde que sejam
portadores de comorbidades como diabetes tipo 2 e apneia do sono, entre
outras. O
texto define 21 doenças associadas à obesidade, que ameaçam a vida do
paciente e que podem levar a uma indicação de cirurgia bariátrica,
incluindo também depressão, disfunção erétil, hérnias discais, asma
grave não controlada, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e
síndrome dos ovários policísticos. Foram feitas também alterações
relacionadas à idade mínima do paciente a ser submetido ao procedimento.
Antes, jovens de 16 a 18 anos poderiam fazer a cirurgia, desde que a
relação custo/benefício fosse bem analisada. Agora, além das regras
anteriores, devem ser atendidas especificações como a presença de um
pediatra na equipe."A cirurgia em menores de 16 anos só será
permitida em caráter experimental e dentro dos protocolos do sistema
CEP/Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa). Pacientes com mais
de 65 anos poderão fazer a bariátrica, desde que respeitadas as
condições gerais e após avaliação do risco/benefício", informou o CFM.A
resolução estabelece ainda que cirurgias bariátricas consideradas
experimentais deverão ser aprovadas na Comissão de Novos Procedimentos
do conselho. A medida visa a proteger pacientes de intervenções ainda
não reconhecidas cientificamente. O
texto, por fim, aperfeiçoou as descrições das vantagens e desvantagens
de cada tipo de cirurgia, o que pode servir de guia para que leigos
compreendam cada procedimento. O CFM cita, por exemplo, que a técnica da
banda gástrica ajustável só deve ser realizada em casos excepcionais,
já que a perda de peso é insuficiente a longo prazo. A cirurgia consiste
na colocação de uma prótese de silicone no estômago, que fica com a
forma de uma ampulheta.O IMC é calculado dividindo-se o peso do
paciente pela altura elevada ao quadrado. Desde 1991, segundo o
conselho, existe consenso internacional de que a cirurgia bariátrica tem
as seguintes indicações gerais: IMC maior ou igual a 40; IMC maior ou
igual a 35, quando houver estados mórbidos associados; falha no
tratamento clínico após dois anos; e obesidade grave instalada há mais
de cinco anos. As condições também estão presentes na resolução.
Os
homens com níveis de ácio úrico mais elevados no sangue poderiam estar
protegidos contra o mal de Parkinson, segundo um estudo publicado nesta
quarta-feira. Estas pessoas tinham cerca de 40% menos riscos de
desenvolver esta doença degenerativa incurável, que aqueles cujos níveis
de ácido úrico eram mais baixos, determinaram os pesquisadores que
analisaram três estudos, que envolveram mais de 90.000 participantes. Os trabalhos aparecem na versão online da revista médica Neurology, da Academia Norte-americana de Neurologia."Estes
resultados sugerem que o urato (ou ácido úrico) poderia proteger contra
o mal de Parkinson ou retardar sua progressão nos primeiros estágios",
explicou Xiang Gao, da universidade estatal da Pensilvânia e um dos
autores. "Estes estudos merecem uma maior investigação para
determinar se, ao elevar o nível de ácido úrico nas pessoas no início da
doença de Parkinson, seria possível frear sua progressão", afirmou. O
pesquisador considerou a hipótese potencialmente promissora dado que
podemos facilmente aumentar o nível deste ácido no sangue mediante um
custo baixo. Mas é necessário ser prudente, já que as taxas
excessivas de urato podem provocar a formação de cálculos renais e gota,
lembrou. Um total de 388 pessoas que desenvolveram Parkinson
após o início destes três estudos foram comparadas com outras 1.267
participantes que permaneceriam com boa saúde. Os homens que
tinham baixos níveis de urato registravam menos de 4,9 miligramas (mg)
por decilitro (dl) de sangue, enquanto os que tinham taxas mais elevadas
tinham uma relação de 6,3 a 9 mg/dl, explicaram os especialistas. Os
níveis normais são entre 3,5 e 7,2 mg/dl.Os pesquisadores não constataram uma relação similar nas mulheres, que são geralmente menos afetadas pela doença. Segundo
a Fundação para o Mal de Parkinson, até um milhão de pessoas sofrem com
a doença e cerca de 60.000 pessoas são diagnosticadas anualmente, mas
milhares de casos ficam sem diagnóstico. De 7 a 10 milhões de
pessoas no mundo sofrem de Parkinson, que se manifesta sobretudo entre
os 50 e 70 anos e causa a morte das células cerebrais que produzem
dopamina. js/faa/val/ll/mm / ZERO HORA
Ao
longo dos bilhões de anos de sua existência, a Terra já passou por
diversas eras. E, segundo especialistas, o impacto da atividade humana é
responsável por fazer com que hoje nós estejamos em uma nova era
geológica.
O
estudo liderado por cientistas da Universidade de Leicester, na
Inglaterra, indica que a Terra entrou em uma era geológica batizada como
Antropoceno. E isso não seria algo recente: o início desse período,
aponta o estudo, seria na metade do século passado.
Acontece
que, desta vez, a mudança — muito significativa para nosso planeta —
tem influência direta e decisiva do homem. O estudo mostra que a entrada
nesta era é marcada pelo consumo em massa de materiais como plásticos,
alumínio e por resquícios de testes nucleares em todo planeta.
Somado
a isso, ainda se destaca o impacto absurdo que a emissão de gases
poluentes causa na atmosfera terrestre. Destaque ainda para o fato de
que essa interferência humana é inevitável, claro, mas cresceu sem
precedentes nas últimas décadas, principalmente após o advento da
Revolução Industrial.
“O
ser humano sempre esteve afetando o meio ambiente, não é algo de hoje.
Mas recentemente se produziu uma propagação em larga escala de novos
materiais como alumínio, plásticos e concreto, o que interferiu de uma
maneira brutal no ecossistema terrestre”, explica Colin Water, professor
do Instituto Geológico Britânico.
Os
especialistas, agora, planejam dar prosseguimento às pesquisas para
comprovar de vez essa mudança de era. Feito isso, elaborarão uma lista
de recomendações para que as pessoas possam estar cientes das mudanças
que impactarão no cotidiano terrestre.
Um clássico da culinária
contemporânea, regular na dieta mediterrânea e nos dias atuais presente
em grande parte das cozinhas, o azeite extravirgem tem características únicas, que o tornam ideal para o nosso organismo.
Produzido a partir da azeitona e
usado como tempero, o fruto tem sua origem nas oliveiras. Além dos
benefícios para a saúde, o azeite adiciona à comida um sabor e aroma peculiares.
Mas o tipo extravirgem, o mais
recomendado, não é o único disponível no mercado. De acordo com o seu
processo de produção, também pode ser classificado em comum, virgem e
refinado. O que diferencia um do outro é o percentual de acidez. Quanto menor ela for, mais qualidade ele possui.
O consumo de azeite extravirgem
Ao ingerir azeite extravirgem, você
reduz do organismo o colesterol ruim, o chamado LDL, devido a sua grande
quantidade de gordura monoinsaturada. O líquido melhora ainda os níveis
de colesterol bom, o HDL, que é um protetor cardiovascular.
Ele diminui ainda o risco de infarto
ou acidente vascular cerebral (AVC), uma vez que o uso regular do
azeite de oliva reduz a formação de placas de ateroma nas paredes dos
vasos sanguíneos. Com potencial antioxidante, minimiza também a formação de radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento e por doenças degenerativas como o câncer.
“A dieta mediterrânea, baseada no consumo de azeite de oliva,
é vista como a mais saudável, pois já foi constatado que os povos
daquelas regiões têm uma vida com baixo nível de infarto e
câncer”, explica a nutricionista Alice Bayer Monteiro.
Como usar no preparo das refeições
Alice comenta que o ideal é não expor
o azeite ao calor, pois assim são conservadas todas as suas
propriedades funcionais. Porém, as gorduras monoinsaturas,
que compõem grande parte do azeite de oliva, são mais resistentes à
temperatura do que as gorduras poliinsaturas, como os óleos de milho e
linhaça.
A utilização de óleos em alimentos
refogados em água fervente (arroz, feijão e legumes) apresenta boa
resistência à oxidação. Porém, lembra ela, acima dos 80ºC as propriedades antioxidantes do azeite extravirgem são reduzidas.
É raro conseguir consumir algo que seja doce e ao mesmo tempo saudável.
Sendo assim, é possível que bebidas de baixa caloria, os populares
refrigerantes diet, sejam uma opção benéfica à saúde?
Nenhum especialista afirma que o consumo de refrigerante faz bem para a
saúde, já que uma garrafa de 500 ml pode conter cerca de 200 calorias.
Mas uma versão diet da mesma bebida pode ter apenas uma caloria.
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Seguindo uma lógica simples, portanto, trocar a bebida com açúcar pela versão dietética diminuiria o consumo de calorias.
No entanto, os 'refrigerantes diet' têm uma reputação polêmica.
Cresce entre os consumidores a preocupação sobre os efeitos de adoçantes presentes nessas bebidas para o corpo humano.
Já um grupo de cientista argumenta que são justamente eles que podem
levar ao ganho de peso, além de aumentar o risco de desenvolver diabetes
tipo 2.
"Muitos acreditam que (os refrigentes diet) sejam uma opção saudável
pois não são bebidas com açúcar, mas o que é muito importante que as
pessoas entendam é que não temos qualquer evidência científica disso",
afirma Susan Swithers, professora da Universidade de Purdue, nos Estados
Unidos.
Pesquisas
Uma pesquisa entre adultos americanos, publicada na revista científica
American Journal of Public Health
, revelou que 11% dos que estavam com o peso ideal bebiam refrigerante
de baixa caloria, 19% dos que estavam acima do peso consumiam bebidas
dietéticas e, entre os obesos, a parcela era de 22%.
Já um estudo na revista científica
Obesity
, que acompanhou 3,7 mil pessoas durante oito anos, mostrou que quem
consumia bebidas de baixa caloria com adoçantes engordou mais durante o
período.
Mas há um problema com os estudos já feitos sobre o tema: as relações
de causa e efeito são praticamente impossíveis de serem determinadas.
Além disso, cada vez mais cientistas se perguntam se as bebidas estão
causando ganho de peso ou se as pessoas obesas estão apelando para
refrigerantes dietéticos para tentar controlar o peso.
As experiências de Swithers, da Universidade de Purdue, em ratos
sugerem que as bebidas dietéticas alteram a forma com que o corpo lida
com o açúcar normal ─ o que pode acabar levando ao ganho de peso.
Isso porque, quando chega à língua, o açúcar emite um alerta ao corpo de que a comida está a caminho.
Com os adoçantes de zero caloria a mesma mensagem é enviada, mas nenhum alimento chega.
"Acreditamos que refrigerantes diet podem fazer mal à saúde porque
mudam a forma como o corpo lida com o açúcar que ingere", disse
Swithers.
A professora também cita outro problema: compensação. Segundo a
especialista, quando sabemos que estamos retirando calorias de uma parte
da dieta, tendemos a compensar essa carência comendo mais.
"É aquela velha lógica: tomei um refrigerante diet, por isso posso comer um biscoito", disse.
Polêmica
O aspartame é um dos adoçantes de baixa caloria mais conhecidos, mas também o mais polêmico.
Também conhecido como E951, é 200 vezes mais doce do que o açúcar e já
foi ligado a uma série de efeitos colaterais desde que foi introduzido
em alimentos na década de 1980.
Entre os supostos danos à saúde, estão alergias, nascimentos prematuros e câncer.
A Pepsi afirma que a falta de confiança dos consumidores neste adoçante
é o principal motivo de as pessoas estarem desistindo do refrigerante
diet nos EUA.
No entanto, o aspartame é descrito com frequência como um dos ingredientes mais testados do mundo.
Uma análise da Autoridade Europeia de Segurança Alimentar, feita em
2013, concluiu que "não há problemas de segurança" em relação ao
adoçante, incluindo para gestantes e crianças.
Bactéria
Cientistas do Instituto de Ciências Weizmann, em Israel, mostrou que
adoçantes de baixa caloria alteraram o equilibrio das bactérias nos
intestinos de ratos.
O corpo humano tem dez vezes mais bactérias, vírus e fungos do que células e este "microbioma" tem um impacto enorme na saúde.
O estudo, publicado na revista especializada
Nature
, mostrou que os adoçantes de baixa caloria alteraram o metabolismo de
animais e levaram a um aumento do nível de açúcar no sangue, um dos
primeiros sinais do desenvolvimento da diabetes tipo 2.
Sete voluntários humanos passaram sete dias ingerindo níveis altos de
adoçantes de baixa caloria. Os resultados obtidos com metade deles foi o
mesmo do que o obtido com os animais.
Peter Rogers, da Universidade de Bristol, na Grã-Bretanha, diz não estar convencido com as conclusões.
Segundo ele, a maioria das pesquisas com animais usou níveis de
adoçantes que "tinham pouca relação" com a maneira como são usados na
vida real.
E que também era "plausível" que os adoçantes "possam na verdade diminuir o desejo da pessoa por uma sobremesa doce".
Emagrecimento
Rogers fez parte de uma análise sobre adoçantes que incluiu pesquisadores financiados pela indústria alimentícia.
Os resultados, publicados na revista especializada
International Journal of Obesity
, mostrou que as pessoas emagreceram quando substituíram bebidas açucaradas por refrigerantes de baixa caloria.
O estudo mostrou que elas perderam cerca de 1,2 kg em média durante um
período que variou entre quatro e 40 meses, e, em sua maior parte, o
efeito foi parecido com o alcançado por pessoas que trocaram os
refrigerantes comuns pela água.
"Descobrimos de forma clara que consumir adoçantes de baixa caloria no
lugar do açúcar reduziu a ingestão calórica e o peso corporal",
acrescentou.
Segundo os pesquisadores, quem consumiu adoçantes acabou comendo mais
do que quem continuou tomando bebidas açucaradas mas, no geral, consumiu
menos calorias.
"Eles (os adoçantes) não vão fazer todo o trabalho para você, mas é uma
forma de ter o prazer de (consumir) algo doce sem o problema das
calorias em nossa socidade obesa", disse.
Água
Especialistas afirmam que, em um mundo ideal, a melhor alternativa seria beber água.
Um estudo publicado na revista especializada
Obesity
sugere, inclusive, que beber água meia hora antes das refeições ajuda na perda de peso.
Mas até uma crítica ferrenha dos adoçantes de baixa caloria como
Swithers argumenta que pode eles podem ser um elemento de "transição"
para quem precisa fazer dieta.
"Um refrigerante diet pode ser útil em sua dieta como (uma bebida de)
transição se você está tomando refrigerante comum todo dia e acha
difícil parar", disse.
Duas plantas comuns na caatinga – a cutia e a umburana – estão sendo
estudadas por um grupo de pesquisadores do Instituto Nacional do
Semiárido por terem compostos que funcionam como biopesticidas no
combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, do vírus Zika e
da chikungunya. Os testes mostraram que os compostos dessas plantas são
capazes de exterminar até 50% das larvas dos mosquitos, valor de
referência para que sejam classificados como eficazes.
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O coordenador da pesquisa, Alexandre Gomes, contou que desde 2011 um
grupo de pesquisadores do Núcleo de Bioprospecção e Conservação da
Caatinga vem estudando plantas desse bioma em busca de substâncias com
propriedades larvicidas contra o mosquito. “Já sabíamos que os compostos
aromáticos, ou terpenoides, reconhecidos a partir do cheiro forte de
certas plantas, são inseticidas. Se eu pegar a folha da pitanga e
amassar, por exemplo, vou sentir o cheiro da pitanga. O mesmo ocorre com
o cravo da índia. Essas plantas têm uma quantidade boa desses compostos
chamados terpenóides”, explicou. Os óleos essenciais da cutia e da
umburana também são obtidos por meio do sumo da folha.
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Os pesquisadores testaram os óleos essenciais de diversas plantas,
seguindo o modelo definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “A
gente pega um recipiente, no caso, um copo descartável, faz uma solução
do óleo essencial com água e, em cada copinho, coloca 50 ml de líquido e
10 larvas do mosquito. Após 24h, averiguamos quantas larvas morreram e
se o resultado foi satisfatório.”
Alexandre Gomes explicou que a grande vantagem de usar pesticidas
vegetais, orgânicos, é que essas substâncias são mais seletivas e agem
em pragas específicas. Os resultados dos testes mostraram que os óleos
matam mais de 50% das larvas, número de referência na biologia para
saber se um composto funciona. “Um produto é considerado eficaz quando
mata 50%”, ressaltou.
Testes
Agora, para que esses óleos essenciais possam se tornar produtos
comerciais, os pesquisadores estão investigando se só fazem mal aos
mosquitos. “Apesar de ser um produto natural, precisamos saber até que
dose podemos utilizar, até que ponto não fazem mal. Estamos em fase de
teste de toxicidade para saber se não causam danos a células humanas e a
outros organismos”, explicou. Segundo ele, os testes de toxicidade vão
permitir que saibam a dose exata. “Ainda no primeiro semestre teremos os
resultados”, acrescentou.
A expectativa do pesquisador é que no segundo semestre a equipe comece a
buscar parcerias com a iniciativa privada para que esses óleos possam
chegar ao mercado. “Infelizmente, no Brasil, o pesquisador não é
preparado para ser empreendedor. Esta é a grande limitação dos
pesquisadores: conseguir transformar a pesquisa em produtos. A gente só
vai conseguir fazer isso com a iniciativa privada.”
As plantas usadas foram coletadas no Parque Nacional do Catimbau, em
Pernambuco, e também podem ser encontradas em Sergipe e no Espírito
Santo.
Na
mitologia nórdica, Thor é o deus do trovão, um dos mais temidos. Ele
empunha um martelo e está associado aos trovões, às tempestades, à força
e à proteção da humanidade. Talvez por tal força de criação e
destruição, foi este o nome escolhido por cientistas do ‘Sandia National
Laboratoties’, nos EUA, para a última criação idealizada por eles: um
acelerador de partículas para estudar materiais em condições extremas e
reproduzir a pressão interna do nosso planeta.
O
chamado 'martelo de Thor’ tem capacidade de construir uma pressão
equivalente a 1 milhão de atmosferas e tem apenas 600 m² de espaço,
tamanho pequeno se comparado a tentativas anteriores do mesmo
experimento. No entanto não é seu tamanho e sim seu campo magnético o
responsável pela grandiosidade do equipamento.
Graças
a ele os efeitos de pressão sobre diversos materiais podem ser
analisados, levando como base as condições no centro da Terra. Além
disso, a tecnologia da nova invenção também funcionará de uma forma
extremamente efetiva, evitando qualquer tpo de perda de energia das suas
centenas de super capacitores.
O
‘martelo de Thor’ tem os mesmos conceitos por trás da “Máquina Z”,
porém com um quinto do tamanho físico, ao mesmo tempo ele também é 40
vezes mais eficiente. Ele pode atirar raios que possuem cerca de mil
vezes mais eletricidade do que um relâmpago, o suficiente para fazer até
mesmo o próprio deus Thor sentir medo de seu poder.
Quando
alguém vê outra pessoa numa conversação só, uma das primeiras coisas
que se pensa é se a pessoa tem algum problema mental. Os grandes
monólogos são característicos dos esquizofrênicos, que mantém a prática
por escutarem outras vozes em sua própria cabeça e quererem interromper
os acessos desta maneira.
No
entanto, há muita gente que fala sozinha enquanto caminha pela rua ou
na própria casa sem ter qualquer tipo de traço de distúrbios. Inclusive,
este pode ser um jeito bastante saudável de levar a vida segundo os
psicólogos americanos Daniel Swigley e Gary Lupya. Ambos demonstraram
que pessoas que têm “auto-conversações” são em geral mais inteligentes,
resolvidas e criativas que as demais.
Para
chegar a tal conclusão, eles estudaram um grupo de 20 pessoas as quais
pediram uma série de produtos do supermercado. Na primeira fase do
teste, eles não podiam repetir o nome do artigo que precisavam achar,
nem mesmo murmurar. Na segunda parte, o mesmo foi feito, no entanto eles
poderiam repetir os nomes para buscar as compras.
O
resultado foi impressionante e a maioria se deu bem melhor na segunda
fase do experimento, quando pode encontrar muito mais rápido o que
precisavam e sem esquecer nada! Além do fator da memória, habilidades de
organização dos pensamentos e aprendizagem também parecem ser melhor
nestes casos.
Saiba por que a estação mais quente do ano também é a mais feliz
As condições climáticas e atmosféricas do verão estimulam o organismo
Foto: Reprodução / CP
Férias na praia, churrasco na casa dos amigos e diversão na beira da
piscina são cenários bastante típicos de uma tarde de verão. Na estação,
há quem diga que os sorrisos se multiplicam e que um clima de alegria
toma conta do ambiente. De fato, a alta incidência da luz solar no
período estimula o funcionamento dos neurotransmissores, entre eles a
serotonina, dopamina, noradrenalina e endorfina, responsáveis por
trazerem bom humor, energia e promoverem a regulação do ciclo do sono.
O
funcionamento do humor acontece nas sinapses, zonas ativas de contato
entre neurônios cerebrais, por meio da troca dos neurotransmissores -
substâncias químicas responsáveis por enviar informações às células
nervosas e fazer a ligação entre elas. “Há uma estabilidade nesse
processo, mas o aumento ou a diminuição dos neurotransmissores vão
trazer mudanças no humor”, explica o diretor da Ciulla Clínica
Psiquiátrica de Porto Alegre e médico especialista na área Abelardo
Ciulla. Entretanto, ele argumenta que esse efeito varia nas pessoas,
porque há casos em que a produção desses elementos já é bastante alta,
então a luminosidade não vai ter uma influência tão grande.
O
psiquiatra Jackson Rodrigues conta que as condições climáticas e
atmosféricas do verão estimulam o organismo e influenciam no fato das
pessoas saírem mais e terem mais condições de se exercitarem. “Os
exercícios físicos melhoram a circulação cerebral e o funcionamento
neuronal, então nos encontramos em um ciclo de qualidade de vida, porque
uma coisa leva à outra”, elucida. Além disso, as atividades, aeróbicas
ou anaeróbicas, aumentam o nível de neurotransmissores, como a
noradrenalina e a dopamina, que produzem uma sensação de relaxamento e
bem-estar.
O consultor em desenvolvimento humano Rodrigo
Silveira trabalha com os princípios da medicina tradicional chinesa,
técnica terapêutica milenar que se baseia em conceitos energéticos e
naturais. Ele explica que os raios solares são responsáveis por produzir
entre 80% e 90% da vitamina D que o corpo necessita. “Sem luz solar, o
organismo tem dificuldades de sintetizar essa substância, que desempenha
um papel essencial no desenvolvimento dos ossos, e também na produção
de serotonina”, argumenta. A vitamina D também funciona com um
regularizador do sono ao liberar um hormônio que relaxa as células
nervosas.
A falta de exposição à luz solar e consequente redução
de vitamina D no organismo inibem a produção de cortisol, capaz de
gerar a sensação de prazer, calma e relaxamento. É nesse sentido que
surge a constatação de que as pessoas são mais felizes no verão: “pegar
um sol” torna-se um ato natural e quase involuntário, uma vez que a
incidência dos raios ultravioletas na estação é a maior em qualquer
época do ano. Por mais que uma pessoa fuja do sol, bastam dez minutos
sob a grande estrela para que os processos previamente citados
aconteçam. Assim, a uma hora a mais de sol por causa do horário de verão
traz benefícios que vão além da diminuição dos gastos de energia.
Luz artificial x luz solar
De
acordo com a mestre em Feng Shui Marilda Romero, ambientes como
residências, escolas e escritórios podem ter uma iluminação
ineficiente. Além disso, as luzes artificiais não reproduzem com
precisão as cores do sol.
Lâmpadas incandescentes emitem uma luz
predominantemente laranja-avermelhado, com ausência significativa dos
tons de alta frequência: verde, azul e violeta. Além disso, a iluminação
incandescente desperdiça em torno de 70 a 80% da energia elétrica em
forma de calor inútil. Já a luz fria, com a dominância do verde azulado
pode ser deficiente dos tons violetas e vermelho.
Marilda afirma
que a luz é considerada um sistema biodinâmico que afeta o sistema
endócrino e todos os sistemas biológicos. “Longos períodos distantes da
luz solar podem afetar indivíduos em sua criatividade, causar sonolência
pela manhã e dificuldades em conciliar o sono”, conclui.